O papá não dormiu em casa a noite passada, ficou no Porto a trabalhar.
À 1:00 já tinha uma menina a pedir mimo na minha cama, a adormecer enquanto me fazia festinhas na cara. às 5:00 voltaste a acordar à procura do papá na cama. Deixei-te meio a choramingar na creche.
A tua evolução nas últimas duas semanas tem sido assustadora, todos os dias falas mais e melhor, tanto que quase que acredito que nos próximos meses já deverás falar corretamente e eu já nem me vou lembrar das tuas palavras. Ontem falavas de uma colega de infantário chamada Leonor, que nem é da tua sala. Depois e para espanto da avó contaste comigo até sete. Até sete! A soletrar cada sílaba corretamente. Espantoso. Mesmo...
Defendo, como sempre defendi uma infância livre de tensão escolar e de obrigações de aprender a ler e escrever, antes da primária. As crianças devem ser sobretudo crianças, e brincar, brincar muito! E os pais devem resistir à tentação de fabricar pequenos seres que debitam matéria para que todos os amigos vejam como são espertinhos. Prefiro que te conheçam a sorrir, a sorrir muito. A sorrir com os olhos. Do que te vejam a contar até 50 com 2 anos.
Mas apesar de tudo isto que defendo, não posso deixar de me surpreender (e de ficar com orgulho) quando te ouço a dizer tão bem os números.