segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Tenho a certeza que não vou conseguir tirar uma foto ou vídeo que represente o que tu és com 18 meses. Queria tanto conseguir gravar na minha memória as tuas expressões, o teu jeito de mulherzinha a caminhar pela casa, “dona do seu nariz”, aquela tua maneira de brincares com canetas e papéis, de debitares números. O teu sorriso maroto. Não há nenhuma foto que consiga gravar o teu cheirinho ao acordar, nem nenhum vídeo que me mostre a suavidade do teu pezinho sapudo que eu tanto gosto de mordiscar. 

Será que a avó gostava assim de mim? Bolas!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Contar até sete!

O papá não dormiu em casa a noite passada, ficou no Porto a trabalhar. 
À 1:00 já tinha uma menina a pedir mimo na minha cama, a adormecer enquanto me fazia festinhas na cara. às 5:00 voltaste a acordar à procura do papá na cama. Deixei-te meio a choramingar na creche.

A tua evolução nas últimas duas semanas tem sido assustadora, todos os dias falas mais e melhor, tanto que quase que acredito que nos próximos meses já deverás falar corretamente e eu já nem me vou lembrar das tuas palavras. Ontem falavas de uma colega de infantário chamada Leonor, que nem é da tua sala. Depois e para espanto da avó contaste comigo até sete. Até sete! A soletrar cada sílaba corretamente. Espantoso. Mesmo...

Defendo, como sempre defendi uma infância livre de tensão escolar e de obrigações de aprender a ler e escrever, antes da primária. As crianças devem ser sobretudo crianças, e brincar, brincar muito! E os pais devem resistir à tentação de fabricar pequenos seres que debitam matéria para que todos os amigos vejam como são espertinhos. Prefiro que te conheçam a sorrir, a sorrir muito. A sorrir com os olhos. Do que te vejam a contar até 50 com 2 anos. 
Mas apesar de tudo isto que defendo, não posso deixar de me surpreender (e de ficar com orgulho) quando te ouço a dizer tão bem os números.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Hoje escrevo para mim. Para me lembrar daqui a uns anos que não há maior prazer do que te dar um abraço pela manhã e sentir o teu cheiro. Para me lembrar que o teu sorriso me enche tanto a alma que transborda de amor. Para me lembrar, doce Kiki, que em tantos momentos que brincamos juntas, desejo que o tempo pare.

Para me lembrar que tu és, sem dúvida, a melhor viagem que alguma vez irei fazer.


Te quiero un montón.

sábado, 1 de novembro de 2014

O dia em que descobrimos que sabias dizer “dois” e “tês”…. E “seis”… e “sété”

Já tinha reparado na semana anterior que cada vez que te perguntava quantos anos tinhas respondias “dô”, quase que em jeito de gozo. E quanto mais te perguntávamos isso mais gosto tinhas em afirmar que tinhas dois anos.
Resolvemos então filmar o momento.
E à pergunta «Quantos anos tens?», respondes “dô” a rir… em seguida esforçaste mais e dizes “doisss” (com ênfase no “is”), insistimos «não, não a Kiki tem “um”» e dizes “tês”. Começamos a rir, a rir muito e dizes “sem espinhas” “seiis”, quando já não conseguimos para de rir dizes com pronúncia castellana “sété”.

Até agora este é o melhor vídeo de sempre.

Kiki… 17 meses… a dizer, imagine-se... números!