quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ainda a amamentação...

"Olá, eu sou a Joana, tenho 31 anos, a minha filha tem 2 anos e 2 meses e ainda mama"

Pior do que todas as polémicas relacionadas com a amamentação, daquelas que apontam o dedos às que não dão de mamar, das que apontam o dedo às loucas pró-amamentação... sobramos nós. Aquelas que não escolheram dar de mamar nem um dia, nem 2 anos, deixaram fluir as coisas naturalmente e aguardam o momento do desmame natural.

Desde que nasceste Francisca que logo aos 4 meses comecei a ouvir opiniões para te dar outros alimentos ou leite artificial, mesmo quando viam a minha convicção em dar-te de mamar até quereres e se possível em exclusivo até aos 6 meses. A introdução aos alimentos sólidos foi muito fácil, não... a amamentação em exclusivo não dificultou em nada. Mas as opiniões continuavam e apesar de estares cada vez mais gordinha era frequente a pergunta/afirmação: "Mas será que ainda tens leite Joana?"

Depois dos 6 meses, os olhares e opiniões de que o leite já não faz falta para nada aumentaram, depois de um ano de idade muito pior. E agora sempre que alguém sabe do que se passa, porque não é um tema que eu fale (até para evitar opiniões) os olhares e opiniões são mais cruéis. "Isso agora deve ser só brincadeira, ela já não deve beber leite nenhum" Sim, porque apesar de teres o quarto cheio de porquinhas Peppas, casas, carros, bonecos, legos, lápis, puzzles, cozinhas, alimentos de brincar e livros, tu coitadinha gostas é de brincar com a maminha da mãe. Não tenho paciência Francisca. 

Se é verdade que estás mais agarrada à mãe por causa de ainda mamares? É possível. 
Se é verdade que ainda não estiveste doente por causa destes 803 dias de amamentação? É possível.
Se é verdade que és uma menina muito segura e determinada por teres o meu aconchego acompanhado de uma maminha todos os dias quando acordas? É possível.
São teorias, meu amor.

O que defendo e irei sempre defender é que a mãe é que sabe. Não condeno (apesar de não entender) as mães que não amamentam por opção, não condeno as que o fazem apenas 4 meses e optam por fazer um desmame nessa altura, não condeno as opções das outras mães. 

"O quê ainda mama? Por esse andar quando entrar para a primária ainda vai mamar!"
"O quê ainda mama? Deve apenas usar a mama como chucha, tu já não deves ter leite"
Dá vontade de dar logo uma resposta torta ou sacar de uma mama (no meu caso de uma maminha... já que há muitos homens com mamas maiores que as da mãe) e mandar um esguicho de leite para a cara da pessoa. Arre! Não há paciência!


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O trambolhão*

* Outros títulos possíveis:
"O susto"
"A noite em que o coração da mãe ficou mais apertadinho do que umas leggings push-up"
"Ahhhh ser mãe também é isto..."

Esta noite, que aparentemente ia apenas ficar marcada pela vitória do nosso Sporting na sua 8ª Supertaça disputada, ficou também assinalada por um outro episódio...

Eram 2:38 quando ouvimos um enorme estrondo vindo do teu quarto seguido de um choro aflitivo, eu e o pai "voámos" até ao quarto, já com as lágrimas nos olhos, e à primeira vista tu não estavas no quarto, mas estavas... tinhas caído da cama pela cabeceira! Uma altura enorme (Dá para ver a altura da cabeceira da cama aqui) que me fez ficar com o maior aperto no coração de sempre. Aconchegamos-te e rapidamente verificámos que estava tudo bem, o teu corpo aparentemente não tinha qualquer marca e voltaste a dormir (desta vez na nossa cama) rapidamente com uma respiração descontraída, como se tivesses apenas mudado de lugar. O pai e a mãe passaram a noite  a tocar em todos os ossinhos do teu corpo, para verificar se estavas realmente bem. E eu estava tão enervada e chorava tanto enquanto pensava em duas coisas: 
a) que sorte tivemos em termos a "casinha" (nome que demos à tenda de circo que está no teu quarto) junto à cama, que fez com que a queda fosse amortecida.
b) é impossível não teres nenhuma mazela, devo ir ao hospital? Porque estás a dormir? Preciso de saber como estás Francisca? 

E nunca mais chegavam as 7h para nos levantarmos e depois do banho olharmos novamente para ti com toda a atenção do mundo.

As horas passaram e eu e o pai não dormíamos por nada. Estávamos colados a ti. E tu esta noite, contrariamente às outras em que dormes na nossa cama, estavas junto ao papá, como quem procura segurança.

Acho que tivemos mesmo sorte. Acordaste muito bem disposta sem qualquer mazela e sem te lembrares do que tinha acontecido esta noite. Contei-te o que se passou e hoje quando viste a avó apressaste-te a contar: "Avó caí em xima da cajinha."

Criei a tag "Sustos" no blogue, espero não a ter que usar mais vezes.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Não são horas de dormir

Ontem enquanto estava a puxar os estores para baixo começaste a barafustar (como sempre), porque achas que isso significa que acabou a brincadeira e vais dormir.
Desta vez disseste também muito zangada:
- Oh mamã não xão horas de domir!

Mas desde quando é que tu sabes ver as horas?