Ao longo deste mês e meio que o pai está fora foram vários os objetivos que me propus enquanto tua mãe. Alguns sabia logo desde o inicio que seriam tão difíceis de concretizar que talvez não me esforcei o suficiente ou não dei importância. Outros, acho que foram superados. Existem ainda outros que são a médio prazo que já comecei a trabalhá-los mas sei que ainda vão durar algum tempo.
1) A questão da aparente regressão que tiveste (ver aqui) quando o pai se foi embora
Agora que já passou um mês parece-me que se tratou mesmo dum protesto à viagem do pai para longe. Nessa semana houve vários chichis na cama, mas depois optei por colocar uma fralda e quinze dias depois sem a teres sujado uma única vez, voltei a tirá-la e até agora não houve descuidos e já passou quase um mês
2) Ainda a questão da aparente regressão, mas no que respeita ao bacio (ver aqui)
A época do estarmos descansados todos os dias assim que acordamos porque vais logo ao teu bacio, já ficou para trás e não me parece que tão cedo possamos declarar vitória a essa guerra. No entanto, parece-me que a batalha da preocupação e da ansiedade foram ultrapassadas. A tua educadora e auxiliar avisam-me sempre que tratas do cócó na escola e eu tento ir controlando os dias que não fazes, sempre sem tocar muito no assunto ou sem mostrar qualquer tipo de preocupação. É claro que agora já o fazes em qualquer local, uma das últimas vezes foi no centro comercial. Mas felizmente em casa, já não é no bacio, é só na sanita. Portanto esse objetivo foi cumprido.
3) Pequeno-almoço na mesa da cozinha
Nas primeiras semanas sem o pai e até mesmo na época de natal tivemos o mau hábito de te dar o pequeno-almoço na sala e de te vestir enquanto vias tv. Para mim que estou sozinha é muito cómodo, porque fazes menos birras e estás distraída na sala a ver tv enquanto me preparo para sair de casa, mas não estava a gostar deste mau hábito. Na semana passada com muita calma ao fim-de-semana consegui mudá-lo e tiveste toda a semana a tomar o pequeno-almoço comigo na cozinha e a vestires-te no quarto e depois sim, foste ver tv ou mexer no tablet enquanto eu me despachava.
4) Dormir na tua cama
Podia ter caído na tentação durante estas ausências do pai em deitar-te na minha cama ao meu lado, mas foste todas as noites para a tua caminha. Ainda que praticamente em todas elas me chamaste durante a noite para ires para a minha cama. Não consigo obrigar-te a dormir uma noite inteira na tua cama e se calhar também não quero. A meio da noite vou buscar-te e nem chegamos a estar acordadas 1m, é só ouvir-te chamares o meu nome, agarrar em ti, por-te na minha cama e dormir. É prático, faz-me descansar e por isso não sei se estou preparada para grandes métodos.
5) Gostar de tomar banho
É um facto desde que deixaste de ser bebezinha começaste a odiar o banho. Por ti nunca é dia de tomar banho. Tentei mudar este aspeto com a ajuda da espuma e a missão foi superada! Ainda não pedes para tomar banho todos os dias ao chegar a casa, mas cada vez que falo no assunto, basta lembrar-te da espuma que ficas logo muito contente e aceitas tomar banho sem nos chatearmos.
6) Tolerar birras e ultrapassá-las - aprender a viver com elas
Depois de 2 ou 3 semanas infernais todas as manhãs, aprendi a gerir as birras de outra forma e se calhar tu também acabaste por crescer. Ou então, elas ficaram mais intensas com a partida do pai para o Peru, se bem que no Natal enquanto estávamos os 3 elas eram igualmente intensas.
Tento ser muito mais calma nessa altura e por em prática algumas dicas de Mindfulness que ando a ler. Tento abordar a questão de várias maneiras. Mas desengane-se quem achar que encontrei a fórmula da paz. Isto só está a resultar porque há um conjunto de fatores que o tornam mais fácil. Basta estarmos num dia com menos paciência que coincida com uma Francisca aborrecida com tudo e todos e sem qualquer tipo de vontade de me escutar e tudo vai por água abaixo, Por enquanto, nas últimas semanas houve paz.