segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O fim das férias

Depois de uma semana a encher-te de beijos e abraços, vi-me obrigada a deixar-te esta manhã no infantário e regressar ao trabalho. Foi uma semana muito especial, foi o teu primeiro natal, o meu primeiro aniversário com a melhor de todas as prendas. Foram as tuas primeiras fotos com dois dentinhos à mostra e uma série de outros marcos no teu desenvolvimento que nos deixam cada vez mais apaixonados.

Estás há mais de uma semana com uma tosse que não nos deixa dormir, aos três! Não estamos certos se é por isso que agora queres dormir com a chucha e choras cada vez que ela cai. Confesso que não é fácil dormir 6 meses noites inteiras e depois andar a acordar de hora a hora. A solução que encontrámos nas nossas férias foi levar-te para a nossa cama a meio da noite e confesso Francisca, sabe tão bem! Apesar de não dormir bem, nunca dormi melhor (se é que me entendes).


Estás cada vez mais bonita. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O desmame

Já sabia que não ia lidar muito bem com esta nova fase e que ao mesmo tempo que sinto aquela ansiedade e felicidade por te dar uma sopa e/ou papa sinto quase que um vazio por deixar de te amamentar. É uma parvoíce, é certo, mas sinto-me assim.
Começámos este sábado com as papas e a adesão foi naturalmente boa, não fosses tu minha filha, e neta do teu avô Eduardo. Afinal também és muito gulosa e ficas muito contente quando estás a comer a papinha. A primeira papa que te demos foi  a Blédina de pêra e apesar de não gostares nada do fruto (Pêra – agoniaste-te por diversas vezes quando te tentámos dar pêra na semana passada) gostaste muito da papa.
Hoje a auxiliar confessou-me que comes melhor de dia para dia e que tem a certeza que vai ser uma linda menina a comer, coisa que eu sempre desejei.
Com o tempo filha, vais perceber que comer não é uma necessidade, é um prazer… espera só até provares um presunto numa barra espanhola.

Diz-se que nesta fase os alimentos introduzidos não são mais que a alimentação complementar e que o aleitamento materno continua a ser o alimento principal. Isto parece muito bonito, mas não é o que eu sinto… É quase como uma daquelas frases feitas de “boda molhada, boda abençoada” (ninguém tem grande prazer em casar à chuva). Começamos a dar os outros alimentos e a nossa maminha parece esquecida, ultrapassada e passada para 2.º plano. Não é bem aquilo que tu sentes Francisca, caso contrário não tinhas resolvido acordar nas últimas 4 noites por diversas vezes para mamar… (esta noite estava mesmo chateada contigo, cheguei a dizer-te “6 meses a dormir a noite toda para quê, para agora te lembrares que afinal queres comer de duas em duas horas!!!”, mas esta zanga passou no momento em que te peguei ao colo) O que eu sinto é que o desmame é como um cortar do cordão umbilical, o primeiríssimo sinal de independência da mamã.


Ao mesmo tempo que escrevo isto sinto-me ridícula.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Palrar

Começaste a pronunciar algo do tipo pápápápápá em tons de gritinhos… continuamos a achar que a primeira palavra é o “Olá” que já dizes há tanto tempo, especialmente ao acordar.

O primeiro "galo"

Só para que fique assinalado que esta manhã enquanto te vestíamos fizeste o teu primeiro “galinho” na cabeça.


Como não paras sossegada enquanto te estamos a vestir, em cima da tua cama, tombaste para a frente, pouco choraste e ao final do dia já não havia sinais do galo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

É uma vida muito estranha esta que levamos…

Temos cerca de um hora para brincar contigo durante a semana e ainda nem sequer começou a logística da preparação do jantar. Sinto que não é justo.
E ao fim-de-semana? Há que optar entre ter uma casa em pantanas com roupa para lavar ou dar-te toda a atenção que mereces. Não é justo, repito.

A educadora disse-me ontem que já comeste melhor a sopa e a fruta, ao que parece estás a habituar-te a estas novas sensações de comer com uma colher algo que não é bem o leitinho da mãe.


Adoro-te Kiki.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A consulta dos 6 meses

Hoje foi dia de consulta dos 6 meses.

Segundo a Dra. TT estás muito desenvolvida para a idade que tens, facto que nos deixou cheios de orgulho. Já desconfiávamos que eras uma bebé “muito à frente”, mas somos suspeitos a avaliar-te.
A pediatra referiu que já te aguentavas muito bem sentada, que eras uma bebé muito atenta e que já utilizavas muito bem as mãos. Para além disso disse à mãe que te deu uma óptima resistência ao amamentar-te em exclusivo durante 6 meses.
Falámos sobre a tua alimentação, porque agora (para além de todas as novidades presentes na entrada para o Berçário) existe todo um mundo de sensações e sabores com a introdução das sopas e papas. Já podes começar a comer papas lácteas sem glúten, quando dominares melhor a técnica de abrir a boca para a colher e engolir. Vamos experimentar no sábado, o que dizes?

Planos Alimentação semana 30/11/2013 – 06/12/2013
Sopa: Batata + Cenoura ou Abóbora
Fruta: Banana ou Pêra ou Maçã
Leitinho da mamã sempre que quiser


Hoje foi também o teu primeiro dia de escolinha mais a sério, dado que só saíste do Berçário às 16h30 para irmos à Pediatra. Tiveste a tua primeira festa de anos, do teu colega Henrique que fez um ano. O pai e a mãe estiveram contigo na festa a cantar os parabéns ao Henrique e portaste-te muito bem!

domingo, 1 de dezembro de 2013

6 meses!

O que dizer destes nossos primeiros 6 meses juntas, meu amor?

Nunca pensei que fosse tão verdade, esta história de existir um sentimento tão especial entre nós. És tão especial Kiki, não sei se é só aos nossos olhos (meus, do papá, dos avós e de alguns amigos), mas isso também não importa nada. Mas és especial. És a alegria da nossa casa, és muito marota e também já muito espertalhona. Orgulho-me de ti, quando me apercebo que já sabes brincar sozinha e que gostas de brincar, quando olhas para mim com um sorriso muito maroto à espera que eu faça palhaçadas (as usually), pela tua calma e boa disposição durante o dia.

Nestes 6 meses aprendeste a:
- Estares sentada sozinha a brincar com os teus bonecos, sem necessidade de ter alguém a apoiar-te e sem caíres para cima das almofadas.
- Responder com os teus olhos esbugalhados sempre que alguém chama “Kiki” ou “Francisca”.
- Olhar para as Joaninhas que estão afixadas no teu roupeiro quando perguntamos por ela, e com os teus dedos descolá-las até que caiam ou fiquem na tua mão (para as colocares na boca).
- Chorar por chorar, só para dizer que não queres, ou para reclamares porque te tirámos um brinquedo que gostas.
- Identificar o galo (cócórócó), o pinguim (o teu favorito), o leão, as joaninhas e o bebé que está desenhado no teu creme hidratante.
- Olhar muito atentamente para a televisão e ver o baby tv .
- Chorar para o avô de braços esticados porque queres que ele te dê “aquele” colinho.
- Fazer aquele gesto com os lábios para espalhar comida por todo lado (mas sem comida, felizmente)

E nós aprendemos muito.


E estamos muito apaixonados.

sábado, 30 de novembro de 2013

A sopa

A mamã contra todas as preguiças e vontade de brincar contigo esta manhã, levantou-se cedinho (ainda antes das 8h) começou a tratar de lavar a tua roupa, foi à praça comprar as melhores batatas e cenouras e começou a fazer a tua sopa ainda não eram 11h!

Depois de feita a sopa, fomos até à esplanada, como todos os sábados e regressámos por volta do meio-dia cheios de ansiedade de te dar a primeira sopa! E a primeira fruta!

Não gostaste. 
Ou talvez não soubesses ainda comer. 
Não foi fácil dar-te a sopa sem que a mandasses quase toda para fora. e apesar de toda a minha calma, no momento, após esta primeira experiência confesso que é frustrante. Mas tenho noção que é normal e muita esperança que afinal gostes de comer sopa.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Primeiros dias de escola

Hoje é um dia triste para o avô. Quer dizer começou ontem…
Após cerca de 4 semanas, a mimar-te muito e a ensinar-te muitas coisas acabou o período de baby sitting com o avô. Ele já estava tão habituado a ti e gosta tanto de ti que se emocionou ao pensar que já não iria estar os dias inteiros contigo. Foram 4 semanas muito boas para ele e para ti. Sinto que, à semelhança do que aconteceu com a avó, vocês criaram uma ligação muito forte e muito importante. E sei que essa ligação irá continuar a fortalecer-se todos os dias. Sim filha, os avós continuam a ir visitar-te todos os dias!

Ontem foi a tua primeira experiência no Berçário. O papá levou-te à tua nova escolinhas eram 15h30 ficou lá um pouco contigo e uma hora depois fomos os dois buscar-te. Quando viste a mamã fizeste um enorme beicinho e começaste a chorar.


Hoje vieste almoçar com a mamã, o papá e os nossos colegas à Companhia das Lezírias e portaste-te muito bem, quer dizer…. Tivemos que te trocar dois bodies (com umas golas muito giras, por sinal), porque resolveste fazer cócó em ambos no espaço de 2 horas). Depois o papá deixou-te na creche e fomos buscar-te por volta das 17h. Parece que correu bem, hoje já não choraste quando me viste, mas também não estavas muito bem disposta.

Amanhã uma nova experiência - sopa!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

1.º dia no teu quarto sozinha / A Francisca já se senta!

Bebé,
Ontem foi um dia especial.

Colocámos a tua cama no teu quartinho e por isso foi a tua primeira noite sozinha numa divisão sem a mamã e o papá.

Mas não foi só por isso que foi especial, a mudança para o teu quarto acabou por ser uma consequência da tua evolução nesta semana (e sim… também tem a ver com o facto do teu quarto ser quente e o nosso ser muito frio e o Inverno está a chegar!!). Desde quarta-feira, 13 de Novembro, que consegues brincar sentada. Para nós é um marco muito importante, pareces mais autónoma. E aos nossos olhos estás tão crescida!

Não foi tão fácil adormecer-te como nas outras noites, normalmente é só colocar-te na cama depois do banho e esperar, mas ontem fizeste um grande (grande!) beicinho e começaste a choramingar com os olhos muito vermelhos. Eram 21h, peguei em ti para te adormecer e de pouco em pouco tempo voltavas a inspirar muito, a fazer beicinho e depois choramingar novamente. Creio que não reconheceste aquela temperatura nem o facto do quarto só cheirar a Francisca, não cheirava nem a papá, nem a mamã. Depois adormeceste e só acordaste depois das 6h.

Agora já pusemos uma manta no chão da sala com os teus brinquedos e umas almofadas para que não haja perigo caso não te aguentes bem sentada. Ontem tiveste o dia inteiro a rir, acho que também estavas muito feliz! Já reconheces mais palavras, acho até que reconheces as palavras “mamã” e “papá”. Começámos a fazer o gesto das palminhas e ris-te muito, apesar de não saberes fazer e na maioria das vezes nem sequer abrires as mãos. Gosto muito de ti Francisca. Muito mais do que gostava ontem.


PS: Continuo a acreditar que sabes dizer a palavra "Olá" desde os 2 meses, mas isto sou eu...

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pedir colinho

Ontem quando cheguei a casa estavas lá com o avô à minha espera e.... esticaste os braços para eu te pegar ao colo!!!!!! 

:D

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A reunião com a educadora

Agendámos hoje com aquela que será a tua educadora uma breve reunião para a conhecermos e para ela te conhecer. Antes da reunião disse ao pai que não podíamos ser facciosos, nem desatar a mostrar vídeos e fotografias tuas. Tentei  não dizer à educadora que tu eras a menina mais espetacular, tranquila e sorridente que existia, mas falhei... É impossível não falar bem de ti. Falámos da tua evolução ao longo deste último mês, que já reconhecias o leão, o galo de barcelos e a boneca Maria; falámos que já gostavas de estar tipo tartaruga com o pescoço muito para cima a mirar tudo o que se passa à volta; contámos-lhe que dás muitas gargalhadas e que és uma simpatia; e que não custa nada adormecer-te é só colocar-te na cama e dormes passado pouco tempo. Falámos da tua independência com orgulho
Simpatizei com a educadora que ainda não confirmei se se chama mesmo Jolly. Tenho a sensação que é mais nova que eu e que ainda não foi mãe, mas isto são as minhas primeiras impressões.
Estou a adorar que estejas a conviver com o avô, porque tenho a certeza que ele é uma das pessoas mais espetacular que vais conhecer na tua vida (senão a mais espetacular), mas ao mesmo tempo estou ansiosa de ver-te a iniciar esta nova vida de infantário. Já me lembrei que começas a "escola" aos 6 meses e que só passados mais de 20 anos é que te vais livrar dela...

Hoje não quiseste dormir com a mesma facilidade dos outros dias, não sei se é o avô que te tem dado colinho nas horas da sesta, se é simplesmente porque estás excitada de brincar connosco ao final do dia. Não dei muita importância a isso, antes das 22h já dormias.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

5 meses de ti! :D

Querida Kiki,

Hoje tal como nos outros dias adormeceste sozinha, tranquila na tua caminha por volta das 20h30/21h00. Há pouco fui espreitar-te e não resisti a sorrir.
Com 5 meses já tens o pescoço muito direito, já conheces 3 "bonecos" cá em casa: o galo de barcelos; o leão; e a boneca Maria. (perguntamos-te e olhas para eles)
Dás mais gargalhadas, daquelas que nos contagiam. Já gostas muito de estar de barriga para baixo e levantar o corpo com os bracinhos, especialmente para ver o leão no troca-fraldas.
Basta-me fingir que te vou pregar um susto para levar uma gargalhada tão estridente que a seguir ficas com soluços. Quando olho para ti a sorrir, devolves-me o sorriso. 
Já tenho a certeza que também gostas de mim.

Não consigo escrever mais, tal é a emoção que tenho de fazeres parte de mim.

domingo, 27 de outubro de 2013

Amor incondicional

Aquela história do amor incondicional, aqueles exageros todos à volta da palavra mãe, aquela situação de gritarmos ao mundo que o nosso filho é o mais lindo do mundo, confere. É TUDO verdade!
Ainda há pouco enquanto te dava a última maminha da noite estava a olhar para ti, completamente apaixonada e a pensar que vais crescer, num instante. E que ao mesmo tempo o teu crescimento me fascina e me dá medo por passar tão depressa. Quero aproveitar tudo! Cada segundo! Cada gritinho de alegria! Cada gargalhada!
És uma bebé fantástica! És minha! 
Estou................. apaixonada!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quarta-feira, 9 de Outubro, 8h00 – Saímos de casa e nem me fui despedir de ti ao quarto. A avó já estava lá em casa, pronta a tomar conta de ti.
Quando fechei a porta de casa senti umas lágrimas a dirigirem-se ao canto do olho, respirei fundo e no elevador fiz um esforço por não me emocionar. Quando pensava naquela situação nem sequer me sentia triste então porque havia de chorar. A meio do caminho, ao passar nos campos das Lezírias, perguntei ao pai: «Se ainda não chorei até agora, provavelmente já não vou chorar, não é?». E mal acabei de dizer isto emocionei-me a pensar na tua cara e deixei cair umas lágrimas. O primeiro dia de trabalho foi fácil, organizar e planear trabalho, afinal estar mais de 4 meses fora do trabalho faz com que não hajam assuntos pendentes de resolução e com que comecemos do zero e isso é tão bom num trabalho como o meu. É bom cair naquela ilusão de que “agora é que é, vou ser mais organizada que nunca”! 
Quando cheguei à casa da avó, ao final do dia, estavas a dormir e tivemos que esperar para te dar um abraço. Quando me viste não sorriste, nem choraste… acho até que viraste a cara! Não há dúvida que não estava à espera daquela recepção, mas ainda és tão pequenina!

Nos outros dias que se seguiram reagiste quase da mesma forma, ainda que já comeces a sorrir quando nos vês ao final do dia e a avó diz que ficas triste e resmungona às 18h porque tens saudades minhas. Não sei se acredite nisso, acho que só me diz para que eu me sinta bem.
O fim-de-semana passado teve sem sombra de dúvida um outro sabor, passou depressa e tentei aproveitar-te ao máximo. Confesso que estou a gostar de regressar ao trabalho apesar de ao mesmo tempo querer abraçar-te a toda a hora, mas há tempo para tudo e nada tem o sabor daquele abracinho no final da tarde.
A questão da amamentação tem estado a correr muito bem até agora. Extraio o leite suficiente para beberes no dia seguinte e segundo me contaram tanto gostas do teu biberão quando eu não estou como gostas de mamar quando eu chego a casa. A mãe é que anda cansada com todo este ritmo! Ainda por cima agora é a grande cozinheira lá de casa com ajuda da nossa Bimby. Para além disso, eu e o pai assumimos o compromisso de sermos mais organizados na nossa casinha. Resumindo entre 5 extrações de leite por dia, 4 momentos de amamentação contigo, o teu banhinho, o jantar, lavar e estender roupa é difícil ter tempo para respirar.
Mas vale a pena Francisca... tu vales a pena.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Amanhã é o primeiro dia do resto das nossas vidas

Estou a menos de 10h de começar a trabalhar e de colocar a primeira mudança nesta nossa viagem, que parecia estar em ponto morto há mais de quatro meses. E que bem que nós estávamos assim Francisca. Acordávamos e brincávamos tanto! Íamos passear TODOS os dias! E dávamos muitos miminhos uma a outra. A partir de hoje (e nos próximos anos) apenas iremos ter os fins-de-semana, feriados e férias para usufruirmos uma da outra e isso... dói. Não estou a chorar, como pensava que iria estar. Apetece-me voltar ao ativo e voltar a ter alguma liberdade, mas... dói. Tenho vontade de voltar a pensar um pouco mais em mim e em preocupar-me com o meu aspeto físico, mas... dói.
Amanhã iniciam-se as três semanas que vais estar com a avó e sei que não podias estar melhor entregue. Estou curiosa com a minha postura amanhã. Todos dizem que se chora muito e eu (aparentemente) até estou bastante calma. 
Neste amor, tal como em todos os outros, não me sais da cabeça e estou sempre a pensar em ti.

Aleitamento materno em exclusivo

Diz a OMS que «as crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar-se nenhum outro alimento complementar ou bebida.»
Confesso que desde que nasceste que sempre me senti à vontade com o tema da amamentação. Acho que tivemos sorte Francisca. Colocaram-te ao meu peito na sala de recobro e agarraste-te muito bem ao meu peito, a ambos! Desde esse dia, e contrariamente à vontade das sras. enfermeiras, sempre mamaste quando quiseste e não quando te impus. E continuou a correr bem.
Ontem foi dia de pediatra e mal entrámos no gabinete da Dra. T. e ouvi logo o primeiro elogio, que parecias uma bebé de 6 meses, pela tua postura, altura e peso. Quando a médica te despiu ainda ficou mais espantada com os teus 6.600kg e os muitos refegos que tens nas perninhas e braços. Segundo a pediatra, devemos continuar com o aleitamento materno em exclusivo até o leite começar a escassear. Ou seja, vou ter muita força de vontade para extrair o leite diariamente 3 vezes no trabalho, à noite antes de me deitar e depois de mamares logo pela manhã para ver se consigo reunir os 600ml necessário. A tarefa parece-me bastante dificil, primeiro porque à excepção da madrugada nunca consigo tirar mais do que 60ml-100ml, depois porque o ambiente do trabalho em nada de assemelha ao do meu sofá e também porque os meus hábitos irão mudar bastante. Mas há que ter esperança!
Ainda assim pedi à médica que me indicasse já como seria o inicio das sopas e papas para estar preparada para a próxima fase.

Agora todos os dias te ris à gargalhada.... que prazer ouvir-te!!



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Há 4 meses que não chovia

Apercebi-me hoje que há pelo menos 4 meses que não chovia e poucos foram os dias em que não esteve um céu lindo, limpo e com o sol sempre a espreitar. E os meus dias também têm sido assim, soalheiros, na tua companhia. Se há quinze dias atrás já estava perdidamente apaixonada por ti, hoje ainda sinto um amor maior, talvez mais... louco!
Faltam menos de quinze dias (quinze dias!!!!) para regressar ao trabalho e deixar esta vida 24h/24h ao teu lado.
Sinto que o meu amor (louco) é correspondido e isso deixa-me feliz! Os sorrisos que me ofereces diariamente estão marcados na minha memória como a melhor fotografia que a minha mente alguma vez teve. E isso dá-me medo... tenho medo do momento em que me queira recordar de ti e não consiga sem recorrer a uma fotografia. Quero parar o tempo e acelerá-lo ao mesmo tempo para ver no que te irás tornar daqui a uns meses, anos. Sinto que te tenho aproveitado da melhor maneira. E assim vamos continuar a brincar o dia inteiro, a conversar (muito) e a dormir as sestas que até agora não dormimos porque o melhor momento do meu dia é quando estou ao teu lado na cama às 10h e os teus pés começam a bater na cama de felicidade por eu estar a falar para ti.
Continuas a dormir a noite completa e a adormecer sozinha, sem a nossa presença. Um dia irás adormecer com as nossas histórias, ou não, logo se vê. Acreditamos que os teus dentinhos estão quase a chegar porque já há mais de um mês que põe tudo na boca, mas nos últimos dias tens massajado as gengivas com tudo aquilo que pomos ao teu alcance, os teus brinquedos, o pato Patolas (do banho), os nossos dedos, etc.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Agarrar os pés

Hoje antes de irmos ao café ter com a avó Titão e o avô Bido e enquanto me vestia olhei para ti, já vestida (vestido branco renda oferecido pela titi Érica), e estavas agarrada aos teus pés. Já agarras os pés!! :D

sábado, 14 de setembro de 2013

A tua 1ª Febre (à séria)

Hoje quando acordei o plano era irmos para a esplanada "cheirar a festa", dar um passeio pela Marginal, almoçar na casa dos avós da prima Luisinha e de tarde mais festa! Mas assim que comecei a interagir contigo reparei que estavas diferente, muito bem disposta, mas diferente. Tossias (e não era para chamar a atenção como agora gostas tanto de fazer) e espirravas mais que o normal, comecei logo a desconfiar que tinhas febre. Bingo! Quando estávamos a preparar-te para sairmos medimos a febre e estavas com 37,9º. Ficámos por casa.
Esta é a 1ª febre "à séria" porque não vem em consequência de nenhuma vacina, nem sequer temos noção de qual a causa para estares assim. Parece-me uma espécie de constipação.

Estamos na Festa da Moita e como moiteira é estranho não estar na festa, é estranho não ter ido ontem à Tarde do Fogareiro (1ª falha nos últimos 5 anos, quando começou). Mas quando olho para ti a sorrir, ou até mesmo a dormir vale tudo a pena.

Vê lá se te pões boa patanisca!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A Gargalhada, as Mãos, o Amor...

Francisca, tenho estado ocupada a "viver-te" e já passou mais um mês.
Não cumpri aquilo a que me propus, contar-te a tua história enquanto os dias passam, enquanto descobres o mundo, enquanto te descobres.
Quase todos os dias penso em contar-te algo e deixo para o dia seguinte, e para o outro dia, e... nada!
Todos tinham razão quando me disseram que o tempo iria voar!


A gargalhada!

Tens agora quase 3 meses e meio, deste a tua primeira gargalhada no dia 30 de Agosto numa tarde. O pai tinha chegado há pouco do trabalho e tu estavas deitada em cima da nossa cama, estávamos a brincar. De repente comecei a cantar uma das músicas "brazuco-pimba" do momento... «Pipiripi Piri Piri Piri Piradinha!» e tu começas a dobrar o riso, continuo e tu não páras de rir! Chamo o pai e tu continuas. Foi lindo! Foi mágico! É assim que desejo que passes uma boa parte dos teus dias... a rir, como eu faço ainda hoje.


As mãos!

A primeira vez que te vimos a olhar para as mãos foi no dia 20 de Agosto, estávamos a almoçar na casa de férias de um colega nosso de trabalho. Estavas admirada a olhar para as tuas mãos. Depois disso tens vindo a olhar cada vez mais para elas. Há cerca de uma semana começaste a utilizar as tuas mãos para agarrar os bonecos que te colocamos sobre o peito e os levares à boca. Cada dia o fazes com maior perícia. 


Tem sido um prazer tão grande ver a tua evolução, namorar-te todos os dias! Já não consigo pensar que é exagero falar no quanto se ama um filho. Este amor cresce dia a dia, à medida que tu vais crescendo... E eu permaneço a mesma Joana, mas estou mais completa e tenho tanto amor para te dar. 



Meu amor, não tenhas pressa para crescer... vamos aproveitar estes dias antes da mãe ir trabalhar e vamos mimar-nos porque sem mimo não seremos tão felizes.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Prioridades

Estive agora a ver o vídeo da festa de final de ano da Escola de Flamenco que frequentava antes de engravidar e pela qual ainda me sinto vinculada apesar de não saber quando irei voltar, se irei voltar!! E invejei todas aquelas pessoas que ali estão a dançar. Queria estar ali!
E neste momento, que dois grandes amigos estão a fazer uma viagem de sonho, de aventura, a conhecer Singapura, Kuala Lumpur, Bali, o Cambodja!! Que vontade me dá de estar lá! 
E não tenho vergonha de o admitir, tenho o maior amor do mundo a adormecer neste momento nos meus braços (estou a escrever só com a mão direita) mas os meus sonhos e prazeres continuam tão à flor da pele como antes de nasceres. Espero que também tenhas um vasto leque de sonhos distintos e que sejas verdadeira contigo mesma (e com os outros). Tu és sem dúvida o meu maior sonho, o meu grande projeto, a minha melhor viagem, a mais desafiante das minhas aventuras, a minha alegría (palo do flamenco). Mas tenho o direito de ficar nostálgica e até triste por não dançar flamenco, ou por não estar a comunicar através da mímica com um desconhecido algures num país da Ásia.
No ano passado também não participei na festa de final de ano da Escola de Flamenco, coloquei a viagem ao sul de Itália em primeiro lugar. E este ano decidi colocar-te acima desses outros amores. Este ano e para toda a minha vida... És, felizmente, a minha prioridade! 

Ver-te dormir enche-me de felicidade! E o teu sorriso baby F. é o melhor momento do dia!


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A tua 1ª Febre

Ontem foi dia de vacinas.
Fomos as duas ao Centro de Saúde e às 10h já tinhas duas "picas" novas, uma em cada perna. A primeira a vacina que protege contra uma série de doenças (Hib, DTPa e VIP) e também uma segunda dose da vacina da Hepatite. Choraste muito menos do que há 15 dias quando foi a vacina da BCG, ainda assim o meu coração ficou pequenino, pequenino de te ouvir chorar.
A meio do dia tirei a febre e tinhas uma pontinha de febre 35,6º decidi esperar antes de te dar qualquer coisa, mas às 21h já tinhas a febre a aumentar e por isso pela primeira vez recorri aos famosos supositórios Benuron (algum dia tinha de ser). Não obstante estares com febre estiveste sempre bem disposta e esta noite apesar de acordares duas horas antes do normal dormiste até às 5h.
De manhã estavas novamente com febre e por isso não fomos dar a nossa voltinha até ao centro da Moita. Aguardo que fiques recuperada, uma febre de facto não é nada, mas não descanso enquanto não estiveres a 100%
Bolas... é incrível a tua boa disposição e sorrisos com febre filha!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Rotinas

O tempo tem passado tão, tão depressa... (Sinto que vou repetir esta primeira frase muitas vezes)
Gostava de contar mais coisas, mas tenho estado a vivê-las intensamente.
Sorris mais, comunicas mais, estás mais gordinha e comprida e adoro-te muito, muito mais. Ainda há pouco disse ao pai ao telefone que tenho saudades dele. Temos estado os 3 juntos mas é como se estivéssemos sempre os dois contigo e não um com o outro. Um dia vais perceber...
Hoje levaste duas vacinas e por isso tenho ainda mais vontade de te ter no meu colo e encher-te de beijinhos, estás mais vulnerável e eu também.
Criámos já algumas rotinas, o que me parece que é bastante bom e que todos os bebés gostam. Dormes por norma 8 horas todas as noites, acordamos os três ao mesmo tempo e enquanto o pai se despacha para trabalhar a mãe dá-te de mamar. Depois descansas mais 1h/2h e quando acordas preparamos a nossa saída à rua, damos um passeio pela Moita, na maioria dos dias vamos à praça comprar legumes e fruta e regressamos a casa. Apesar de fazeres muitas sestas durante o dia, passas cada vez mais tempo acordada a  brincar e a querer ouvir-me conversar contigo enquanto respondes à tua maneira. Depois à noite tento que adormeças por volta das 23h.
Não gosto de rotinas, mas desta estou a gostar e tenho pena que passe tão depressa e que em breve a tenhamos que alterar.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Adormecer sozinha

Há duas noites e após ter lido uma vez mais os conselhos do Brazelton, decidi que deveria deixar de te adormecer ao colo. Naquele momento apercebi-me que o grande problema que às vezes temos (nós pais) é o de sermos preguiçosos e egoístas, duma forma quase involuntária. É claro que é mais cómodo adormecer-te no meu colo enquanto vejo televisão na sala, ou no meu colo deitada na minha cama enquanto vou passando o dedo pelo iPhone para ler as novidades ou jogar uma partidinha de Candy Crush Saga ( o jogo que está agora na moda), tudo isso é mais cómodo, não dá tanto trabalho, nem interfere assim tanto na rotina que já tinha criado antes de nasceres.
Portanto, parei para pensar neste assunto, e apesar de já teres adormecido sozinha umas vezes (na espreguiçadeira e até no berço durante a manhã/tarde, decidi dar-te um colinho até estares calma e ainda com os olhos bem abertos coloquei-te no berço e estive a conversar contigo sobre o nosso dia, como se te tivesse a contar uma história. Depois a luz e música do bonequinho que coloquei ao teu lado também ajudaram, começaste a fechar os olhos e saí do quarto. Ainda voltei duas vezes porque me parecia que estavas a chorar, mas apenas resmungaste um pouco e acabaste por adormecer até às 7h.

Desde que nasceste que ainda não tivemos uma noite "daquelas", felizmente para ti a noite é para dormir e preferes mostrar o teu lado não-tão-tranquilo durante o dia quando estamos as duas.

Já passaram 15 dias desde a última vez que escrevi. Tenho estado demasiado (quer dizer, nunca é demasiado) ocupada a olhar para ti, a "aproveitar-te". Os dias, tal como todos me alertaram nos últimos tempos, têm passado a uma velocidade alucinante.
Os teus sorrisos começaram na semana que fizeste 1 mês, mas agora são muito maiores, expressivos e basta-me olhar-te nos olhos para que o faças, nem preciso falar. Esse momento é mesmo mágico.
Costumo pensar muitas vezes que dou tantos mimos quanto recebo, nesta fase, cada vez que sorris é como se me desses um abraço apertado e quando me olhas nos olhos é como se recebesse um beijo teu. Estou completamente apaixonada por ti. 
Com 6 semanas começaste a comunicar comigo através de sons, vogais... "ô" e "ah" são as que consegues dizer e por vezes consigo que me ofereças um "agu".
Este amor cresce exponencialmente e não sei onde vai parar...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Smile! :D

Conhecer-te a pouco e pouco, diariamente, tem sido o meu passatempo favorito. O dia em que o teu sorriso deixou de ser um reflexo e passou a ser propositado, o dia em que o teu choro parou quando eu ou o pai te agarrámos, todos esses momentos especiais que vão marcando o nosso dia a dia.
Começaste a sorrir como resposta às nossas brincadeiras a semana passada, quando completaste um mês :D

Nem sempre é fácil conseguir responder às tuas "mensagens"... há dias em que não te entendo, a fralda está limpa, estás de barriga cheia, brinco contigo e mesmo assim o teu choro e/ou rabugice não param. Por incrível que pareça, sempre que há visitas, ou durante o fim-de-semana em que tenho a ajuda do pai e avós portas-te melhor. Por exemplo esta sexta fomos a um aniversário surpresa e portaste-te muito bem, dormiste uma bela soneca de tarde e depois dormiste na casa do aniversariante até irmos para casa já bem de noite e no fim-de-semana as tuas sestas foram de mais de 4h! Já durante a semana, quando estamos só as duas é rara a sesta que ultrapassa a hora e meia. Às vezes não te compreendo!
No sábado fizeste a primeira sesta de barriga para baixo porque dormiste na casa dos avós. Ao que parece na década de 80 os bebés deviam dormir de barriga para baixo, agora é "proibido"! Consta que aumenta a probabilidade de Síndrome de morte súbita do lactente... credo! Só o nome assusta! Fui agora pesquisar sobre o asssunto e não há dúvida a SPP - Sociedade Portuguesa de Pediatria diz-nos em caps lock " O seu filho deve dormir sempre de costas!" agora que voltei a colocar-te na minha cama de barriga para baixo quase que me sinto culpada e apetece-me acordar-te e trocar de posição. Apenas o fiz porque dormiste muito bem nesta posição e tenho receio que isto seja mais um daqueles fundamentalismos tipo amamentar de 2 em 2 horas e acordar o bebé para comer, coisa que não faço desde o dia que nasceste, mas sobre a questão da amamentação falaremos noutro post. Por enquanto vou ali espreitar como dormes que estes artigos médicos deixam-me preocupada, para a semana tenho que tirar esta dúvida a limpo com a pediatra.

Já te disse que me derreto toda com o teu sorriso? Já calculavas, eu sei.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Estou a olhar para ti e não me canso de dizer: "És tão linda filha"

Estás cada vez mais gordinha, maior, mais expressiva, mais fofa! É impossível não ficar completamente lamechas com alguém como tu a meu lado a toda a hora.

Estou encantada com esta experiência.... Bolas... és tão linda!


segunda-feira, 24 de junho de 2013

With or without you

Esta é a 2ª semana que estamos as duas sozinhas e já me sinto mais à vontade, mais independente... apesar da independência às vezes apenas durar uns minutos :)
Se na quarta-feira passada me parecia muito difícil cuidar de ti (embora continues a ser uma menina muito tranquila), hoje já estou a lidar bem melhor com a situação e já consegui dispor de alguns minutos para escrever, ler, arrumar a casa, etc. Está a ser mais fácil identificar o teu choro à medida que os dias passam e existem dias que apenas choramingas para comer, o que me enche de orgulho... estou a conseguir!

O que sinto ultimamente quando te consigo adormecer, ou adormeces sozinha (isto sim, uma vitória ainda maior) é de que tenho de aproveitar para fazer "tudo": comer, ler blogues, ler livros, ver tv, esticar-me no sofá, escrever, etc. 
Incrível, é a sensação de que passados 15m de adormeceres, já eu tenho saudades de te ter acordada, esperneando, com esses grandes olhos azuis?!?! Ser mãe é isto, certo?

sábado, 22 de junho de 2013

Não é fácil, nem difícil (antes pelo contrário)

Hoje foi o dia em que senti a minha auto-confiança a ir abaixo. Não estava à espera, confesso...
É o segundo dia sozinha contigo e ainda nem tinha passado meio dia e eu já estava a pensar «será que estou a fazer alguma coisa de errado?», «será que a bebé não gosta de mim?» (esta última é ridícula, eu sei, mas confesso que pensei nisso). Se durante os primeiros 15 dias choravas apenas para comer e tinhas sempre aquele olhar tranquilo, nos últimos dias as coisas mudaram. Depois de ultrapassado o fantasma das cólicas que chegou no último fim-de-semana, há momentos agora em que sei que não tens cólicas, não tens fome (aparentemente, ou tendo em conta a última "refeição"), tens a fralda limpa, não tens frio, tens colinho.... Porque choras Francisca?! Ontem senti esta dificuldade e hoje apesar de estar melhor continuo cheia de dúvidas. É díficil sermos pessoas confiantes quando estamos com um recém-nascido. Quando chegamos ao final do dia a pensar que já sabemos fazer isto ou aquilo,ou já entendemos determinada situação, eis que surge uma nova dúvida, um novo receio, uma nova situação voltamos à estaca zero. Às vezes chegamos a ter as mesmas dúvidas que tivemos há um dia, dois dias, ou há uma semana atrás.
(estás a acordar, parece-me que o texto vai ficar a meio)
(não, afinal era uma ameaça)
Ontem consegui comer um prato de sopa já passavam das 15h30, que foi um momento em que dormiste por 10m. Hoje tens dormido mais (vitória!!) mas também pouco consegui fazer, aqueci o almoço 3 vezes e quando consegui, comi parte dele contigo ao colo.

Temos ainda tanto a aprender uma com a outra, vou dar o meu melhor I promise!



quinta-feira, 20 de junho de 2013

Já há uns dias que desconfiávamos que já conseguias fixar os nossos rostos (meu e do pai) e tentávamos testar-te no troca fraldas andando para um lado e para o outro para ver se nos seguias e hoje confirmámos que já o consegues fazer muito bem :)
Os avós estiveram cá em casa esta noite (desde que nasceste ainda não falharam um dia) e estavas a olhar para mim, depois o avô Eduardo falou contigo e olhaste para ele e logo de seguida quando a avó Eulália falou contigo fixaste o rosto dela. Cada dia é uma descoberta!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

FRANCISCA!

A nossa FRANCISCA já cá está! Cheia de saúde! Linda, como eu nunca tinha visto um bebé! 
Estou apaixonada! Estamos apaixonados!

Já passaram 13 dias desde o teu nascimento e por isso tudo o que vou relembrar são as memórias que ficaram do dia 31 e dos dias do nosso internamento no hospital. Dizem que a mãe tem boa memória, mas o certo é que tenho a certeza que me esqueci de uma série de pormenores do dia do teu nascimento, consequência das anestesias e da famosa oxitocina que nos ajuda a esquecer algumas das coisas menos boas.

O internamento e parto:
Eram 9h quando chegámos ao Hospital de Vila Franca de Xira, tal como tínhamos combinado com a médica, fiz um CTG, fui observada pela médica e aparentemente tudo estava na mesma, ou seja, as nossas caminhadas não tinham tido grande efeito. O colo do útero estava mole, mas continuava muito "alto". De acordo com o previsto fui internada em seguida, o pai foi connosco para o bloco de partos. Não sabia que tudo se iria desenrolar ali, pensava que primeiro ia para um quarto e só quando entrasse em trabalho de parto efetivo seguiria para um bloco de partos. No bloco estava tudo pronto para receber-te, ao meu lado estava uma pequenina caminha com uma espécie de máquinas e com tudo o que irias precisar, a tua primeira roupinhas, uma fralda, etc.
Assim que me deitei na cama tomei um comprimido que se devia desfazer na minha bochecha, eram umas 11h30. Penso que as contrações mais seguidas e intensas começaram na hora seguinte. Estavamos a acompanhar o batimento do teu coração ao mesmo tempo que monitorizávamos as contrações. Quando as dores se intensificaram levei a tão afamada Epidural, que segundo me explicaram afinal era uma Anestesia Sequencial, isto é, uma combinação de anestesia Raquidiana, seguida de uma Epidural horas mais tarde. Deste modo, sentia-me bastante bem e praticamente não notava que tinha contrações a não ser pela observação no monitor. 
Pelas 18h ainda tudo estava numa fase muito verde e apesar das contrações muito frequentes o seu ritmo era bastante irregular. Apercebi-me que pelo andar da carruagem a médica iria embora e tu só nascerias no dia a seguir, com alguma sorte nas primeiras horas do dia 1.
No Hospital estavam os avós, a tia Érica e o tio Jorge e a madrinha Susi e já desesperavam por noticias nossas. O papá de vez em quando saía e ia falar com eles para lhes transmitir as (poucas) notícias que tinha. 
Às 23h e já no terceiro turno de enfermeiros, auxiliares, médicos e estagiários e depois de alguns toques feitos por diferentes pessoas, o enfermeiro diz-me que estou oficialmente em trabalho de parto e pede-me que tome um duche de água muito quente com incidência no abdómen. Lembro-me das dores das contrações serem bastante fortes durante o duche, o pai estava naquele momento com os avós e quando entrou no quarto contei-lhe que finalmente tinha entrado em trabalho de parto. Voltei a ser observada pelo enfermeiro que me disse que já estava com 6 dedos e meio de dilatação (antes do duche estava com 4) e que iria chamar a anestesista para eu levar a Epidural, as dores não estavam fáceis mas aguentavam-se. A anestesista nesta altura já era das poucas pessoas que eu estimava, pela forma como falava comigo e me transmitia calma, não é que os restantes enfermeiros fosse frios e insensíveis. Quando a anestesista entrou  na sala começaram a falar e a olhar para o monitor cada vez que eu tinha uma contração. Comecei a ficar muito nervosa e com as lágrimas nos olhos, como se me estivesse a aperceber que tu não estavas bem. O enfermeiro chamou então a médica que estava de serviço, que entrou no bloco sem cumprimentar ninguém e me foi fazer o toque sem sequer olhar para a minha cara. Não sei se era o cansaço, as dores ou a a preocupação mas as lágrimas estavam quase a escorrer e eu estava cada vez mais nervosa, apercebi-me que estava mesmo qualquer coisa de errada com o CTG, os teus batimentos cardíacos era muito fracos cada vez que eu tinha uma contração (desciam para menos de 90bpm), o enfermeiro disse-me: "Vamos ter que ir dar uma volta. Vai fazer cesariana", olhei para o pai que tinha os olhos em lágrimas mas que fez o possível para sorrir e me dar força e acho que comecei a chorar e só parei às 2h e pouco quando te estava a amamentar no recobro, era 1h.
O parto foi "fácil", estava anestesiada e não sentia nada abaixo do peito. Durante a cirurgia a anestesista esteve sempre junto a mim, a limpar-me as lágrimas e depois de me dizerem "Já está! Já nasceu e é mesmo uma menina" ela pediu para que me mostrassem a menina e disse-me para eu lhe dar um beijinho. Foi o primeiro de muitos beijos que te dei e pensei exatamente naquilo que a avó me tinha dito: «Quando a vires, vais pensar que era exatamente aquilo que tu querias". E eu não podia ter melhor. Não me preocupei em olhar para os dedos das mãos ou pés, fixei-me na tua cara enquanto chorava muito e apaixonei-me.
Ainda estava a ser operada quando comecei a perguntar se o pai já sabia da notícia, disseram-me que sim. Quando me levaram para o recobro vi o pai a pegar-te e senti-me muito feliz.
No recobro perguntaram-me se queria amamentar, respondi que queria muito. Tive a sorte de tu também o quereres. E ali estávamos nós os três. A partir daquele momento passámos a ser "mesmo" nós os três. 

Foram 4 noites e 5 dias no hospital. Nesses dias recebemos algumas visitas de família e amigos, nesses dias pensei que iria demorar semanas até voltar a andar, nesses dias chorei muito, mas esses foram os primeiros dias ao teu lado. Eu e o pai sabíamos que a nossa aventura estava prestes a começar e que assim que chegássemos a casa tudo iria ser ainda melhor. Chegámos a casa na terça-feira, dia 4 de Junho, depois de termos feito uma paragem na casa dos bisavós.

Passaram 13 dias e ainda não consigo colocar em palavras as emoções que estou a sentir e o que representas para mim. Provavelmente nunca o conseguirei fazer. 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A véspera

Estou a escrever hoje, dia 30, mas só conto publicar depois de ser "efetivamente" mãe. Hoje é a tão temida véspera... temida porque nos últimos tempos me habituei a pensar que o dia de hoje iria ser mais complicado que amanhã. É tempo de descansar e relaxar, tentar dormir uma boa sesta, ver tv, chorar se apetecer, pensar (o mínimo possível) e sonhar muito com coisas boas. Por um lado apetece-me ir para o teu quarto dobrar a roupa fazer novamente a mala e verificar se está tudo no sítio, por outro sinto que devia mesmo tentar dormir. Há cerca de 3 noites que não durmo praticamente nada. A alergia no corpo é tão grande que dou por mim durante a noite a pensar que é o fim do mundo, que vou fugir para as urgências de um qualquer hospital porque já não tenho capacidade de aguentar tanta comichão. Quando acordo e tomo um bom duche com sabão de aveia ganho uma outra noção da realidade e agradeço os meses de paz que tive nesta gravidez desvalorizando a noite de (pouco) sono que acabei de ter. Porém hoje preocupa-me que não esteja descansada o suficiente para aguentar as emoções de amanhã.

Ontem dei por mim a ter medo do parto. Pela primeira vez desde que estou grávida. Tentei ainda disfarçar e traduzir esse medo em algo como "tenho receio apenas no que toca à tua saúde", mas não, era mesmo medo. Decidi ler sobre o assunto, de facto é comum o ser humano ter medo do desconhecido. E este medo pode ser ultrapassado facilmente se pensar que:
a) medo do desconhecido - não há nada como ler pela trigésima vez como funciona um parto normal e uma cesariana para interiorizar os vários passos.
b) medo de ser pessimista em relação à tua saúde e bem-estar - se as ecografias e todos os outros testes revelaram que estavas bem, se és uma bebé que se mexe regularmente e se até agora não tive qualquer problema, há uma probabilidade muito reduzida que não nasças cheia de saúde.
c) medo da dor - é óbvio que quanto mais medo tiver, ou quanto mais pensar nisso menos resistência irei ter à dor. Logo, se estou sempre a defender que é inútil sofrer por antecipação, não tenho que ter medo de dor nenhuma. Quando mais otimista e bem disposta estiver, mais fácil será, menos dor provavelmente irei sentir.
d) medo da afamada epidural - o meu médico, no qual eu deposito 100% de confiança nem sequer pondera que não se utilize este tipo de anestesia, para ele o parto não tem que ter dor. Para mim também não. Mas a questão da paralisação das sensações de uma determinada parte do corpo faz-me muita "espécie". Incomoda-me tudo aquilo que poderá trazer sequelas na coluna... o que me leva à alínea anterior... e vale a pena pensar nisso hoje? Vale pelo menos a pena conhecer melhor esta anestesia para estar bem informada quando amanhã me falarem dela. Amanhã entrego-me aos médicos, façam de mim o que quiserem para que nós as duas estejamos bem.

Hoje estou/sinto-me calma. Carente. Nostálgica. Grata.

Que corra tudo bem connosco e que nasças quando tiveres que nascer, mas cheia de saúde, tu e eu! Obrigada pela força que já me consegues transmitir.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Será o meu último domingo grávida?

No domingo quando me sentei no sofá ao fim da noite pensei... será este o meu último domingo sem ti nos meus braços? Tudo indica que sim. Não que tenha grande significado, o domingo, mas começo agora a pensar na proximidade do parto e na minha rotina semanal alterada pela tua chegada. Decidi deixar de trabalhar nesta última semana de gravidez e não me arrependo. Quinze dias ou três semanas se calhar teria sido demasiado e provavelmente iria fartar-me de estar em casa, mas estes 4 dias que antecedem a próxima sexta-feira, fazem-me falta. Quero arrumar o nosso "ninho", quero por as séries em dia, quero preparar-me para te receber sem aquela dose de ansiedade que tenho tido nas últimas semanas. Estou muito calma esta semana, talvez até calma demais. Mentalizei-me que será sexta e não antes, não me sinto cansada, não me sinto inchada e tenho menos contrações do que tinha quando estava a trabalhar. Hoje não estás particularmente agitada, mas quando estamos em casa costumas mexer-te muito especialmente quando estou sentada no sofá.
A alergia que tinha nos braços rapidamente se alastrou para as mãos, para os tornozelos e ontem para as pernas, nádegas (really?!) e até na barriga. Esteticamente não é nada bonito estas plaquetas vermelhas e um pouco inchadas, mas o pior é a insuportável comichão que tenho especialmente durante a noite e que não me deixa dormir. Penso que está relacionada com o final da gravidez e decidi aceitar esta alergias "encharcando-me" em doses industriais do famoso creme nívea da lata azul.
Tenho feito caminhadas todas as manhãs que rondam os 3km e ainda assim, sinto a barriga cá em cima. Concluo que devem existir muitos truques que ajudam a acelerar o trabalho de parto, mas para isso é preciso que a natureza assim o queira despoletar. 
O que me importa mesmo, é que estejas bem (ponto)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Último dia de trabalho


Passaram já 38 semanas e 5 dias de ansiedades, noites bem dormidas, algumas contracções de Braxton-Hicks (ultimamente muitas), alguma falta de paciência e neura, medos e muitos sonhos.
Hoje é um dia de muita ansiedade e algum mau feitio…
Estou a mentalizar-me que hoje é o meu último dia de trabalho dos próximos meses e talvez por isso estou aborrecida, talvez até triste. Parece que vou deixar o trabalho da forma como desejei, com os principais assuntos tratados, com outros bem encaminhados e acima de tudo com a "pasta" bem passada. Isso deixa-me relativamente descansada para os próximos meses. Mas há toda uma sensação estranha a invadir-me o corpo. Há a questão do deixar o meu trabalho para outra pessoa, que se assemelha a uma espécie de egoísmo. Há também a questão da aproximação da data do parto e tudo aquilo que está associado a essa data. Para ajudar tenho uma "simpática" alergia nos braços que me faz ter uma comichão insuportável ao longo de todo o dia, mas que ainda assim dada a santa gravidez que tenho tido, estando ou não ligado a isso, não é nada. Se há dias em que as dores que tenho (perfeitamente suportáveis) me fazem parecer que o dia está muito próximo, há dias como o de hoje em que me parece que o parto não irá ocorrer antes do final da próxima semana - poucas contrações, dores ausentes, etc. 
Se até hoje a ideia de ficar em casa o resto do tempo me fazia querer que iria entrar num processo de neura por estar apenas "à espera", agora parece que agradeço ter uns dias para mim, para o meu silêncio, para fazer as minhas caminhadas, para estar apenas contigo.

domingo, 19 de maio de 2013

39ª semana here we go...

Semanas completas? 38
Ansiedade? Muita, mas sob controlo...

Os meus pensamentos fluem desde que acordo a 200km/h e caminham todos na tua direção, ainda assim não me consigo exprimir como gostaria e talvez por essa razão não tenho estado tão presente como gostaria. Não imagino a tua cara, não penso no parto, mas ao mesmo tempo estou muito atenta a todo e qualquer sinal de início de trabalho de parto. Tal como eu desconfiava todo este processo ainda está muito verdinho, confirmou-me a Dra. P. na passada sexta-feira quando me observou. Sinto-me culpada e ingrata quando desejo tanto que te antecipes às 40 semanas, quando me queixo porque já não sei o que vestir ou porque já demonstro uma enorme falta de paciência para esperar, até porque tens sido uma bebé impecável, és saudável, mexes-te muito (o que me tranquiliza tanto!), deixas-me dormir e juntas criámos uma barriga proporcional ao meu tamanho, enfim, tudo o que uma pré-mamã pode desejar.
Desde sexta-feira passada (depois da consulta) que os sintomas são ligeiramente diferentes, provavelmente porque se aproxima o final da gestação. As contrações são mais, ainda que indolores.
Vontade de ir trabalhar amanhã? Nenhuma! Confesso que continuo a trabalhar porque preciso de ter o meu cérebro ocupado com outros assuntos que não sejam contrações, trabalho de parto, rolhão mucoso, cesariana, epidural e parto normal. Preciso de me concentrar noutros assuntos. Todavia, preferia ir trabalhar aqui em casa, isolada, sem ter que responder pela 100ª vez que estou de "n" semanas, sem ter que ouvir o "Está quase, hein?!" (que ouço desde o final de Dezembro), sem ter que ouvir palpites e melhor sem ter que escolher uma roupa que me faça sentir bem. 
21/04/2013 - 34 semanas

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Habemus data!

Na sexta-feira passada fiz a primeira consulta com o famoso CTG no Hospital de Vila Franca de Xira e conversei um pouco com a médica que à partida irá estar connosco no dia em que decidires nascer. Uma das coisas que falámos foi qual seria a data, sim essa mesmo, a data do teu nascimento caso decidas viver aqui no T0 por mais de 39/40 semanas, “para que dia combinamos Dra.??” -a pergunta parece estúpida, mas precisava de um deadline para me acalmar e hoje, passados 3 dias da consulta, sinto-me mesmo menos ansiosa relativamente ao parto porque sei que o mais tardar irás estar nos meus braços no dia 31 de Maio.
Durante o CTG ouvi o teu coração quase sempre entre as 125 e as 150bpm durante uns 30m J No Hospital assisti de perto ao dia “D” de um casal que ia ter uma Beatriz, vi todos os passos que deram ouvi as conversas e reparei em como estava calma a mãe horas antes de se deitar na marquesa para o início do trabalho de parto. Ao que parece foram à consulta das 39s + uns dias e a médica disse para irem dar uma caminhada de duas horas, que daquele dia não passava. Imaginei-me então na véspera do dia 31 a orientar tudo à minha volta e a tentar controlar a ansiedade do dia seguinte, como é que vou dormir de 30 para 31? Vale a pena ir trabalhar no dia 29 e 30 de Maio? Basicamente, querida Francisca, o que a mãe gostaria que acontecesse é que te antecipasses para que fosse tudo inesperado e sem grandes preparações… o que me dizes? Hein? 
36 semanas

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Instinto de nidificação / Nesting Instinct / Instinto del nido

(assim em espanhol que é muito mais giro e a mamã gosta)
«El instinto del nido es, ni más ni menos, la necesidad que aparece en la madre de preparar el nido en el que las crías vivirán antes de su nacimiento. En los humanos sucede algo parecido. Unos días antes del parto, la mujer empieza a sentir que sus fuerzas físicas se multiplican y aparece la necesidad imperiosa de tenerlo todo preparado. Dicho vulgarmente: a punto de parir y te da por hacerlo todo.
Algunas mujeres dedican esas energías a dejar la casa más o menos lista, los bártulos preparados y la ropa ordenada. Otras en cambio sienten la necesidad de ir un poco más allá y no es extraño ver a algunas madres haciendo el fondo de los armarios de la cocina, rascando entre las baldosas o sacando brillo a los cristales de todo el piso....»

Não sei se é disto que se trata, ou se estou a passar por uma fase de energia atípica mas o que é facto é que só me apetece arrumar a casa e fazer muitas, muitas coisas (talvez trabalhar, fechos do mês, resolução de berbicachos aqui nos escritório e esse tipo de coisas não me apeteçam tanto…)
Este sábado decidi (finalmente) retirar toda a roupa do armário do quarto, aspirar o roupeiro, lavá-lo e em seguida arrumar apenas a roupa que visto, colocando aquela que ainda deverá estar apertada nos próximos tempos nas prateleiras mais acima.  Assim, no nosso quarto apenas falta lavar as paredes nos locais que têm pequenas manchas de bolor com lixívia e está pronto para receber o teu berço.
(respiro fundo…. Barriga dura…. Contração….uff… já passou)
Hoje estou cheia de vontade de limpar os armários da cozinha e reorganizar os espaços da dispensa para colocar os esterilizadores, biberons e outras coisas tuas. Por outro lado, torna-se mesmo necessário fazer a mala, não quer dizer que ande já na bagagem do carro, mas pelo menos que não sobre trabalho para o pai, caso decidas entretanto nascer. Para dizer a verdade filha, não me preocupa que a mala não esteja feita, aborrece-me o facto de depois ter que ouvir o pai a repetir que sou sempre a mesma coisa, que deixo tudo para a última, que agora não sabe o que colocar na mala, bla bla bla.
Tendo em conta que não sou uma mocinha muito dada a tarefas de casa, nem gosto muito de as fazer, nem tenho um jeito inato para as mesmas, acho mesmo que algo mudou. Até poder que um dia quando leias isto não me reconheças nestas palavras, porque na altura já poderei ser uma exímia dona de casa, super organizada, toda fã da Bimby e de revistas de culinária e daquelas que revira os olhos ao mínimo detalhe fora do lugar... sinceramente não me acredito muito nisto, mas nunca se sabe. Gosto da minha desorganização, gosto de ser despassarada (apercebi-me agora que nunca tinha escrito esta palavra na vida) e repito muy a menudo que a casa é para se viver, não é um museu para receber visitas.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

O domínio da ansiedade

Querida F.,
Começo agora a aprender a lidar com a ansiedade e a tentar dominar o cérebro (é difícil hein?!).
Não há razão para estar assim TÃO ansiosa nem vamos ganhar nada com isso, muito pelo contrário. Está na altura de pensar no seguinte:
  a) Agora está mesmo quase, por muito que pense que um mês são cerca de 30 dias. 30 dias o que é isso? Especialmente estando a trabalhar e a resolver assuntos diariamente que dão tanto que pensar, o que é isso?
  b) A mala para a maternidade não está feita e faltam ainda algumas coisas e por isso temos alguma margem para gerir esta reta final de forma a reunir o que está em falta.
  c) Há ainda muita coisa para arrumar e limpar em casa e um mês são apenas (prevê-se) 4 fins de semana e com o sol tão bom para “esplanadar” estamos a falar menos de meia dúzia de dias para deixar a casa impecável para te receber.
  d) A velha máxima do “já faltou mais”, é uma verdade de La Palice, é certo, mas quando penso nisso sorrio.
O único medo que tenho presente é a tua saúde e bem-estar durante e após o nascimento e nada mais me preocupa. Não tenho medo de sofrer, não tenho medo de ter uma equipa de profissionais que não sejam simpáticos comigo, apenas quero que nasças cheia de saúde e perfeitinha.
No início desta semana comparava esta ansiedade a uma espécie de ansiedade antes de ir de férias (para o estrangeiro, leia-se), com a diferença que antes de uma viagem sabemos qual o dia da viagem o que é bem mais reconfortante do que estar a pensar nisto de faltar um mês, 3 semanas, 1 semana ou 1 dia…  e pensar que a pessoa X teve o bebé às 36 semanas e a Y às 37 semanas e tentar encontrar esquemas para acelerar o dia do parto. Não vale a pena, é deixar andar… e estar mesmo descontraída pelos motivos que referi acima.
Em breve, muito breve filha, vamos mimar-nos dia e noite e só de pensar nisso sou mesmo a pessoa mais feliz do mundo!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Fim das Férias - regresso ao trabalho

Estou agora com mais de 35 semanas e após uma semana de férias em que não fiz praticamente nada, até me soube bem regressar ao trabalho.
Os pontapés agora já não ligeiras pataítas e por isso apetece-me soltar um grito aqui no trabalho como tenho feito em casa nos últimos dias. Há cerca de 3 ou 4 dias descobriste os maravilhosos lado esquerdo e direito da minha barriga e divertes-te a assustar-me com os teus movimentos bruscos. Imagino-te uma menina ativa e malandreca e por isso, na maior parte das vezes, a seguir a um valente pontapé faço um grande sorriso.
Estou encantada com os 30 segundos do DVD da última ecografia em que consigo ver a tua cara e apetece-me mostrar ao mundo inteiro!
Ainda estou com uma espécie de neura, digamos que é uma espécie de “estou bem onde não estou” que está de certeza relacionada com a ansiedade de te conhecer nos meus braços.

terça-feira, 23 de abril de 2013

A neura continua...

(vamos lá ver como vou conseguir expor estas emoções, que isto nem para encontrar as palavras certas está fácil...)
 
Tal como calculava, não é fácil estar de férias sem poder "estar de férias". É tudo muito bonito essa história do "vai dar passeios pela praia, aproveita este sol lindo", "aproveita bem estes dias para descansar porque daqui a um mês não vais ter um minuto de descanso", são tudo bons conselhos que até eu própria tento dar a mim mesma. Ontem o dia foi passado em Lisboa entre médicos e centro comercial, hoje fomos conhecer o Hospital de Vila Franca de Xira e depois de um maravilhoso bife com vista para o Tejo e Padrão dos Descobrimentos fomos ver a exposição da Joana Vasconcelos ao Palácio da Ajuda. É claro que quando cheguei a casa estava num estado de low battery, sem qualquer tipo de energias e com uma dor forte no peito, deitei-me no sofá, liguei a tv e parecia não haver nenhuma série, filme ou documentário que me interessasse. Era quase como estar doente sem estar doente, assim ver televisão nem tem piada. A dormir passa-se o mesmo, a cama durante as férias não é tão agradável como quando vamos trabalhar, durante as duas últimas noites não dormi nada de jeito, levo a noite inteira a sonhar e a pensar em ti. (provavelmente é normal)
Vamos voltar ao Hospital de VFX na próxima sexta para uma consulta com a médica que irá fazer o parto, gostei muito do Hospital e é ótimo saber que abriu no passado dia 3 de Abril e que por isso é muito moderno e tem (aparentemente) muitas condições.
Continuo com a mesma neura e apetece-me queixar-me por tudo e por nada, quando tenho razão e quando não tenho.

Mas isto passa...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

E lá deu a esperada cambalhota!

E assim, com 34 semanas cumpridas decidiste estar no sítio correto, na posição correta para que tudo possa ser natural!
Foi uma alegria saber que estava tudo bem contigo, ver a tua cara, saber que já estavas na posição correta OIEA - Occípito-Ilíaca Esquerda Anterior - as coisas que se aprendem nestes dias...
Falámos com o Dr. F. que nos recomendou o novo Hospital de Vila Franca de Xira e por isso à partida será lá que irás nascer, vamos amanhã conhecer o Hospital e a médica que irá fazer o parto, o que me deixar mais descansada.
 
Houve apenas uma questão que nos deixou preocupados, ao que parece houve um aumento de líquido amniótico e é importante saber se me devo ou não preocupar. Foi-me aconselhado repouso e felizmente esta semana estou de férias. Vou tentar perceber amanhã durante a conversa/consulta com a nova médica as consequências do líquido amniótico aumentado e o que devo fazer nas próximas semanas. Falta pouco, mas parece-me muito... desculpa esta ansiedade.