Querida F.,
Começo agora a aprender a lidar com a ansiedade e a tentar
dominar o cérebro (é difícil hein?!).
Não há razão para estar assim TÃO ansiosa nem vamos ganhar
nada com isso, muito pelo contrário. Está na altura de pensar no seguinte:
a) Agora está mesmo quase, por muito que pense que
um mês são cerca de 30 dias. 30 dias o que é isso? Especialmente estando a
trabalhar e a resolver assuntos diariamente que dão tanto que pensar, o que é
isso?
b) A mala para a maternidade não está feita e
faltam ainda algumas coisas e por isso temos alguma margem para gerir esta reta
final de forma a reunir o que está em falta.
c) Há ainda muita coisa para arrumar e limpar em
casa e um mês são apenas (prevê-se) 4 fins de semana e com o sol tão bom para “esplanadar”
estamos a falar menos de meia dúzia de dias para deixar a casa impecável para
te receber.
d) A velha máxima do “já faltou mais”, é uma
verdade de La Palice, é certo, mas quando penso nisso sorrio.
O único medo que tenho presente é a tua saúde e bem-estar
durante e após o nascimento e nada mais me preocupa. Não tenho medo de sofrer,
não tenho medo de ter uma equipa de profissionais que não sejam simpáticos
comigo, apenas quero que nasças cheia de saúde e perfeitinha.
No início desta semana comparava esta ansiedade a uma
espécie de ansiedade antes de ir de férias (para o estrangeiro, leia-se), com a
diferença que antes de uma viagem sabemos qual o dia da viagem o que é bem mais
reconfortante do que estar a pensar nisto de faltar um mês, 3 semanas, 1 semana
ou 1 dia… e pensar que a pessoa X teve o
bebé às 36 semanas e a Y às 37 semanas e tentar encontrar esquemas para acelerar
o dia do parto. Não vale a pena, é deixar andar… e estar mesmo descontraída
pelos motivos que referi acima.
Em breve, muito breve filha, vamos mimar-nos dia e noite e só
de pensar nisso sou mesmo a pessoa mais feliz do mundo!
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