quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A minha Francisca já é uma menina grande

Já consegues dizer melhor as palavras e tentas corrigir quando a palavra não sai bem à primeira, já consegues gozar connosco com expressões de crescida e sobretudo, já me abraças sem que to peça e não há nada neste mundo que tenha o “sabor” desse abraço. Não há viagens que me encham tanto a alma como a sensação de ser abraçada e acariciada por 80 cm de gente com sorriso maroto.

Ontem o “Gó” passou a chamar-se “Jorge”, a “Zi” passou a ser a “Xuzi”. O “obrigado” passou a ser uma palavra comum no teu vocabulário e o meu amor por ti continuou a crescer, a crescer, a crescer…

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Fim-de-semana em grande!

No sábado fomos dar um passeio pelo Alto Alentejo contigo. No carro aproveitaste para fazer as tuas sestas e durante o almoço e passeio estiveste sempre bem disposta a comunicar connosco. Provaste pela primeira vez porco preto com migas de espargos e como seria de esperar, adoraste a comida! Especialmente as migas. Depois fomos até Badajoz sentir aquele “calor” do sol de inverno espanhol e ficámos maravilhados com o brilho dos teus olhos a andar sozinha pelas praças de Badajoz. Estás cada vez mais bonita.

Ontem enquanto a mãe arrumava gavetas mostrava-te variados objetos e tu querias brincar com quase todos, quando me devolvias agradecia-te sempre e começaste a achar piada à palavra “Obrigada” e foi assim que nasceu o teu primeiro “Obrigada”.

A Zi (como chamas à Susi) é cada vez mais tua amiga, gostas de passear com ela, de brincar com ela e a par da Bárbara são as nossas amigas que também já fazem parte do teu leque de amigos. Esta tarde fomos até Alcochete tomar um copo e conversar e tu fizeste-nos companhia sempre com uma grande classe, sempre a exigir comida (claro) e  alguma atenção.   

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Tenho a certeza que não vou conseguir tirar uma foto ou vídeo que represente o que tu és com 18 meses. Queria tanto conseguir gravar na minha memória as tuas expressões, o teu jeito de mulherzinha a caminhar pela casa, “dona do seu nariz”, aquela tua maneira de brincares com canetas e papéis, de debitares números. O teu sorriso maroto. Não há nenhuma foto que consiga gravar o teu cheirinho ao acordar, nem nenhum vídeo que me mostre a suavidade do teu pezinho sapudo que eu tanto gosto de mordiscar. 

Será que a avó gostava assim de mim? Bolas!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Contar até sete!

O papá não dormiu em casa a noite passada, ficou no Porto a trabalhar. 
À 1:00 já tinha uma menina a pedir mimo na minha cama, a adormecer enquanto me fazia festinhas na cara. às 5:00 voltaste a acordar à procura do papá na cama. Deixei-te meio a choramingar na creche.

A tua evolução nas últimas duas semanas tem sido assustadora, todos os dias falas mais e melhor, tanto que quase que acredito que nos próximos meses já deverás falar corretamente e eu já nem me vou lembrar das tuas palavras. Ontem falavas de uma colega de infantário chamada Leonor, que nem é da tua sala. Depois e para espanto da avó contaste comigo até sete. Até sete! A soletrar cada sílaba corretamente. Espantoso. Mesmo...

Defendo, como sempre defendi uma infância livre de tensão escolar e de obrigações de aprender a ler e escrever, antes da primária. As crianças devem ser sobretudo crianças, e brincar, brincar muito! E os pais devem resistir à tentação de fabricar pequenos seres que debitam matéria para que todos os amigos vejam como são espertinhos. Prefiro que te conheçam a sorrir, a sorrir muito. A sorrir com os olhos. Do que te vejam a contar até 50 com 2 anos. 
Mas apesar de tudo isto que defendo, não posso deixar de me surpreender (e de ficar com orgulho) quando te ouço a dizer tão bem os números.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Hoje escrevo para mim. Para me lembrar daqui a uns anos que não há maior prazer do que te dar um abraço pela manhã e sentir o teu cheiro. Para me lembrar que o teu sorriso me enche tanto a alma que transborda de amor. Para me lembrar, doce Kiki, que em tantos momentos que brincamos juntas, desejo que o tempo pare.

Para me lembrar que tu és, sem dúvida, a melhor viagem que alguma vez irei fazer.


Te quiero un montón.

sábado, 1 de novembro de 2014

O dia em que descobrimos que sabias dizer “dois” e “tês”…. E “seis”… e “sété”

Já tinha reparado na semana anterior que cada vez que te perguntava quantos anos tinhas respondias “dô”, quase que em jeito de gozo. E quanto mais te perguntávamos isso mais gosto tinhas em afirmar que tinhas dois anos.
Resolvemos então filmar o momento.
E à pergunta «Quantos anos tens?», respondes “dô” a rir… em seguida esforçaste mais e dizes “doisss” (com ênfase no “is”), insistimos «não, não a Kiki tem “um”» e dizes “tês”. Começamos a rir, a rir muito e dizes “sem espinhas” “seiis”, quando já não conseguimos para de rir dizes com pronúncia castellana “sété”.

Até agora este é o melhor vídeo de sempre.

Kiki… 17 meses… a dizer, imagine-se... números!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

16 meses!!

E já passaram 16 meses de felicidade.
Entraste nas nossas vidas há um ano e 4 meses e já não sabemos estar sem ti. Sem os teus gritinhos para chamar a atenção, o teu “não” acompanhado daquela expressão adulta cheia de certezas, o teu sorriso malandro, os teus beijinhos e as tuas birras (sim, até as birras).


Fazem parte do teu léxico agora, palavras mais complexas:

  • Carteira - “teia”, há toda uma adoração pela minha carteira e pelo que está lá dentro, principalmente se forem cartões com fotografias, para me indicares quem está na foto, se eu, tu, o pai, ou um menino qualquer que está lá desenhado. 
  • Iogurte -“ guta”, a tua palavra favorita.
  • Mais - "má" sempre que o "guta" ou qualquer outro alimento acaba.
  • Chucha – “Tüta”
  • Fruta – algo entre “tuta”, “futa” (e sim… entre essa palavra também….)
  • Baloiço – “Babu” tentas dizer esta palavra todos os dias, na esperança que vamos a um parque infantil sempre que saímos do trabalho.
  • Titão – Avó Titão
  • Luís – “Uí”
  • Diogo – “Gogo”
  • Não está cá – Em vez dizeres “não há”, (coisa de bebé) preferes dizer “não tá cá”
  • Peixe – “peice” a tua comida favorita! Especialmente cozido! (quero saber por quanto tempo)
  • Colo - "Có"
  • Pipi
  • Chaves – “Cá”
  • “Pé” - Desenhos animados ou videoclips infantis que gostas de ver na tv. Mais explicações, aqui


- Já andas correctamente (e cada vez entortas menos o teu pé direito).

- Gostas de adormecer na cama da mãe para rebolares durante 30m antes de dormires e depois vais para a tua caminha e dormes até a mamã te acordar.

- Dás muitos beijinhos, especialmente enquanto estás deitada com a mamã à noite, antes de adormecer.

- Sempre que bates na mamã o pai explica-te que à mãe só se devem dar beijinhos e fazer festinhas e às vezes ele nem precisa de dizer nada. Bates na mãe ou tentas dar-me uma dentada (marota!) e em seguida antes que alguém se lembre de te repreender fazes-me festinhas e dás-me uns beijos maravilhosos.

- Já sabes chutar numa bola, mesmo que seja pequenina.

- Deixaste de gostar de sopa em casa (nem queres provar!), embora na creche comas tudo e mais alguma coisa sozinha sem qualquer tipo de reclamações.

- Continuas com uma aversão parva a tomar banho, aquilo começa muito bem mas depois é tipo cronómetro, passados dois ou três minutos levantas-te e queres sair sozinha da banheira.

-Continuas (penso que há 16 meses) a detestar trocar a fralda e trocar de roupa.

-Fazes cócó no bacio todas as manhãs e ficas sozinha no teu quarto a tratar desse assunto e a brincar enquanto nos despachamos. Não te levantas enquanto eu não apareço com uma toalhita. Bravo!!

- Continuas muito apaixonada pelo teu avozinho e ele continua a portar-se muito mal porque te deixa fazer tudo, inclusive coisas como abrir gavetas ou mexer em objectos que não são para brincar.

- Preferes andar do que estar no carrinho ou ao colo e às vezes nem queres a nossa mão para te ajudarmos a andar.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Primeiros pré-molares

E lá passou mais uma noite daquelas difíceis, daquelas que julgo que muitos pais terão durante os primeiros meses de vida dos filhos, daquelas em que nós por falta de hábito julgamos serem noites horríveis e juramos não aguentar mais. 

Desta vez, apesar dos teus berros estridentes eu estava extremamente calma e tentava decifrar o teu choro (não era difícil, ou era uma horrível dor por causa dos dentes, ou era uma dor horrível por causa dos dentes). Tentei tudo para te acalmar, dormir agarrada a ti, dar-te um biberão de leite, conversar contigo, dar-te colinho de pé, ir para a sala às 5h ver os desenhos animados, dormir contigo no sofá, colocar-te um benuron, por bálsamo nas gengivas, mas desta vez nada resultou. Dormias cerca de 20m e acordavas incomodada. 
Dei por mim a pensar que antes de te ter já me tinha mentalizado para noites em branco, berros a meio da noite, discussões com o pai por nenhum acertar na razão do choro, mas que afinal não aconteceu nada disso. Nasceste e logo na primeira noite deixaste-nos dormir uma série de horas de seguida. Na primeira semana já devias fazer umas 8h seguidas sem me acordar. Nos últimos tempos, estas noites seguidas podem durar semanas, mas lá existe uma ou outra em que os malvados dentes resolvem incomodar-te e lá vens tu para o mimo da cama dos pais. Na última noite nem isso te valeu. Os 4 primeiros molares estão aí, e já só falta sair um cá para fora e receio que seja esse que te está a magoar.
Ontem, foi o baptizado do Guilherme. 

A tua primeira festa oficial, com direito a falta de paciência para estares parada a ouvir a missa, dormir no colo chique da mamã (que estava maquilhada como ainda não tinhas visto) e brincar com uma série de meninos desconhecidos, sempre com um enorme sorriso na cara, acompanhados de uma vista fantástica que só a praia do Rosário tem.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

"Pé"

Há uns meses “Pé” significava para nós os desenhos animados do Baby Tv - Hippa Hippa Hey-, mas cedo nos apercebemos que já não tinhas pachorra para aquilo e dizias sempre que não cada vez que passavam na tv. Mas... continuavas a pedir o "pé". 

Pensámos então que seria iPad porque apontavas para lá. Mas depois percebemos que qualquer plataforma (tv, iPhone, iPad) era “pé”.


Agora já percebemos o que significa…
PÉ – desenhos animados SÓ do Baby TV (não aceitas nenhum outro canal), ou videoclips infantis do Baby TV e também as canções do youtube (“canções da carochinha”, “jardim de infância” e por vezes do avô cantigas). 
Nem todos os videoclips são “Pé”, há canções que não servem para esse estatuto.


Os teus “pé” favoritos são as músicas com mais ritmo do Baby TV que têm alguma coreografia ou que falam de zonas do corpo, ou de animais que tu já conheces bem. Adoras “A loja do mestre André e o “Come a papa Joana” e quando ouves os primeiros acordes de uma destas músicas, dizes logo se é a música do papá ou da mamã… (chegaste a esta associação entre os nossos nomes e as músicas sozinha).

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os terríveis 15 meses

No final da semana passada tiveste novamente as tuas febres dos dentes e por isso fiquei contigo um dia em casa. Foi complicado... à medida que os meses passam, estes momentos em que estamos sós tornam-se mais difíceis porque gostas de testar todos os meus limites, de brincar com a minha paciência e de fingir que choras sempre que és contrariada. Agora que não estás aqui comigo tudo me parece mais simples e bonito, mas tenho noção que têm sido dias complicados e que nem sempre tenho a calma que gostaria de ter. 
Este fim-de-semana optámos por levar-te à festa de tarde, mas por pouco tempo. Não queres estar no colo, não queres estar no carrinho e queres caminhar sozinha (nada de dar a mãos aos pais). Quando te dizemos "não" gritas e quando tentamos, ao invés de te contrariar, mostrar-te outras opções (ainda) não ligas nenhuma e continuas com os teus gritinhos de revolta. 

Mas ao mesmo tempo tens o sorriso mais maroto e bonito que já conheci. Este sorriso faz com que todo o cansaço valha a pena. Vales tanto a pena, pirralhinha.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A primeira Festa da Moita (à séria)

No ano passado tinhas apenas 3 meses e foram poucas as vezes que fomos até à Festa nas horas de ponta. Lembro-me que demos alguns passeios durante o dia, a mamã ainda estava de Licença e tinha todo o tempo do mundo para passear contigo pela Moita engalanada.

Na sexta decidimos levar-te à abertura da Festa, sem qualquer tipo de receio dos foguetes, afinal como moiteira já deverias estar habituada aos morteiros que ditam a inauguração de 10 dias de festa. Reagiste bem a tudo... bem demais! Estavas muito contente e não querias parar um pouco sentada no teu carro. Querias andar a pé de mão dada connosco para todo o lado. Depois encontrámos a Luisinha e ainda ficaste mais feliz, luzes, balões, crianças, barulho e a prima Luísa, que mais poderias querer? 
Decidimos que irias dormir na casa dos avós (a muito custo confesso), uma situação win-win portanto. A mãe e o pai relembram as suas noitadas de festa e tu ficas com os teus avozinhos. Às vezes ainda tenho aquela parvoíce de pensar que gostas mais de estar com eles do que connosco, ridículo, eu sei.

No sábado fiquei a saber que dormiste até às 10h sem nunca teres chamado por mim, nem mesmo quando acordaste (!!). À noite fomos dar mais um passeio até à festa com outros bebés, o Francisco e o Guilherme, em idades bem mais fáceis que a tua, que só tinhas vontade de andar a pé tropeçando nas milhares de pessoas que andavam pelas ruas da Moita. Acabaste por adormecer nos meus braços quando estávamos já de regresso a casa.

Escusado será dizer que apesar de te teres deitado à mesma hora de sexta, no domingo acordaste às 7h30. Porquê, pergunto eu. Porque é que quando estás em casa e a mãe precisa de dormir acordas a chamar por mim a esta hora? À tarde voltámos à festa com a Bárbara e voltei ver aquele brilho nos teus olhos por andares a passear numa terra cheia de música e cor. Ainda consigo ouvir as tuas gargalhadas. 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

"Guta", "Ioguta", "Má"

Já há mais de duas semanas que a palavra de ordem é "Ioguta", ou "Guta" (Iogurte).

Habituaste-te a comer um iogurte quase todas as manhãs quando saímos de casa ou quando chegas ao final do dia e tens fome. E por esse motivo, gostas de me relembrar quando nos aproximamos da porta da rua que queres comer um e começas a gritar "Ioguta" ao mesmo tempo que danças e sorris que nem uma tontinha. 

Ontem surpreendeste-me porque quando terminaste o iogurte, em vez de desatares a chorar ou a fazer beicinho (sim, acontece frequentemente), disseste "Má" e sorriste e eu perguntei «Queres mais?» e tu começaste novamente a fazer a dança do "Guta".

Tenho que filmar, o ritual é o máximo :) 

Marota

A minha menina está uma crescida e uma marota.
É este comentário que faço quase todos os dias a quem me pergunta por ti.

Sinto que esta semana começaste a andar com mais segurança, tanta que por vezes até corres e quase cais pela casa. É comum deixar-te na sala a ver tv enquanto vou prepara o jantar e dar por ti passados uns minutos ao meu lado com um objeto na mão (normalmente comandos de tv ou uma moldura). Quando se trata de uma moldura com a tua fotografia, bates no peito e dizes "Titi" (Kiki). É impossível não "derretermos" com tanta doçura! Tens uma certa mania de me bateres na cara, que é coisa para me deixar desorientada a pensar «onde é que eu errei?!», mas de seguida como já te expliquei tantas vezes que não se deve bater e que devemos dar miminhos, fazes-me festinhas e começas a dar-me beijinhos e eu não aguento. Não aguento Francisca. É tão bom!

A loucura do baloiço continua, por ti era "babu" (como tu dizes) e parques infantis todos os dias!


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Obrigada

Estou novamente a atravessar a fase em que contesto tudo e todos. Em que me sinto só e ao mesmo tempo é assim que quero estar. Em que quero largar tudo e fugir contigo e com o pai numa auto caravana e viajar pelo mundo. Numa fase em que não gosto de mim quando me vejo ao espelho (estou há alguns dias a tentar tirar uma foto para o cartão de sócia do Sporting e sinto-me horrível em todas), não gosto desta barriga que resolveu aparecer quando tu já tinhas quase 1 ano e que parece que veio para ficar. Em que me sinto triste.

Acabei de comprar um novo iPhone e por esse motivo estive a fazer uma limpeza às fotos desde 2011 e nessas fotos vi muitos sorriso, muita alegria, viagens de sonho a Istambul, À minha Sevilla, uma roadtrip pelo sul de Itália, momentos de Singstar com amigos, o nascimento e primeiros 15 meses de uma fantástica bebé que me enche o coração de amor. E aí pensei... mas estás a queixar-te do quê? 

Obrigada vida.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ainda o Flamenco...

É rara a vez em que ao escutar uma música aflamencada ou ao ver uma vídeo da minha Maestra não me emociono. O flamenco dava-me um prazer imenso e apesar de não ter qualquer tipo de aptidão para praticá-lo (à excepção de decorar facilmente a questão dos ritmos e passos a dar) sentia-me verdadeiramente feliz a dançar. Sentia-me descomprimida e leve, muito leve. Gostava que um dia tivesses também este gosto, este ou outro que te fizesse sentir assim.
O pai defende que deveria retomar as aulas, eu acho que não tenho tempo suficiente para estar contigo quanto mais para dançar e isso deixa-me triste. E depois tenho aquela alma de tio patinhas que me leva a estar sempre a pensar em dinheiro, o que não ajudar. Hoje sonhei que ia comprar uma falda de ensayo nova (a minha já é tão velhinha) para retomar as aulas de flamenco, no fundo não sei se tenho coragem para mudar uma rotina que ainda nem sequer consegui criar.
Tomei a decisão de interromper o flamenco assim que soube que estava grávida, mas agora tenho pensado muito acerca do assunto e acho que é provável que o tenha interrompido para sempre e apesar de ser por ti que o faço, não me arrependo nunca de prescindir de umas horas de baile pelos teus sorrisos, até pelas tuas birras.


Acho que no fundo vais perceber um dia, Francisca, que todas as grandes paixões são assim… fazem-nos sempre sofrer um pouco de tão grandes que são. 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Quando comecei este blog, pensei em fazê-lo como se estivesse a comunicar contigo, sendo tu ainda um bebé pequeno. No entanto, às vezes dou por mim a falar-te de temas complexos, de coisas que tu ainda não entendes nem irás entender nos anos que se avizinham.

E depois há as coisas que eu nem quero que entendas, nem que conheças, mas preciso de transmitir-te o que sinto.

Tenho por norma o hábito de ser egoísta quando se trata de partilhar páginas de ajuda no Facebook ou quaisquer outras redes sociais. Não é que não me preocupe. Não é que seja indiferente. Sou egoísta e prefiro não saber o que se passa. Nunca achei justo que bebés ou crianças adoecessem, parece-me uma crueldade. A lei da vida não é essa. Não pode ser essa, caramba!

Ainda assim, e desde que fui mãe, sempre que notícias como a de ontem se cruzam comigo tenho tendência a ficar muito emocionada e o pensamento de que estás bem e és uma menina saudável torna-se numa imensurável gratidão pela vida. E ao mesmo tempo um medo gigante invade o coração da mãe, que fica muito apertadinho a desejar não ouvir falar mais na doença da moda (como eu lhe chamo).


Não te quero assustar meu amor, quero apenas que saibas que te amo tanto que me torno frágil.       

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Adormecer-te aos 15 meses

Meu amor maior,

Adotámos há cerca de um mês (talvez mais) uma nova tática para te adormecer.

Já há alguns meses que longe dos fundamentalismos dos métodos Estivill ou Ferber (me) te habituei a adormecer nos meus braços todas as noites. Nos meus ou nos braços do papá. Sem arrependimentos. No entanto, tendo em conta os 10kg que pesas, a ideia começou a não ser assim tão boa, até porque para estares ao colo sossegada convém que eu esteja em pé, e não comodamente sentada a ver a minha série favorita :)

Assim, houve um dia que me lembrei de te deitar na nossa cama e de me deitar ao teu lado até que adormecesses. Esta técnica tem corrido bem e não tenho palavras para explicar o prazer que sinto quando estamos as duas aninhadas. O único senão é que na maioria das vezes este momento dura uma hora e quando chego à sala já o pai está meio adormecido e eu já perdi a vontade de me dedicar aos meus hobbies ou até às tarefas domésticas. Ontem, talvez um pouco influenciada pela questão dos maus hábitos blá blá blá decidi colocar-te na tua cama, com uma pequena luz de presença, começaste a chorar tanto que até soluçavas, como se estivesses zangada comigo.

Que se lixe… afinal tens o resto da vida para dormir sem a mamã, porque não havemos de aproveitar agora estes nossos momentos e dar milhões de beijos uma à outra antes de adormecer. Sei que estes momentos contigo são únicos e que a vida é demasiado breve para nos arrependermos de passar tanto tempo sem fazer nada, quando o fazer nada se trata de mimar os nossos filhos.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Meu amor, há mais de dois dias que estás com febre... ora vai, ora vem, ora toma benuron... passam 6h/8h, ora toma brufen e esta tem sido a nossa vida... 
Pela primeira vez, a febre roubou-te o apetite. Não te apetece comer e nós não forçamos. Finalmente conseguimos adormecer-te e estamos com expetativas que acordes sem febre para ficarmos com o coração descansado. 
Tenho, outra vez, a certeza que são os dentes a chatear-te e nada de mais grave. Já na última vez os dentes fizeram a febre subir até aos 39,5º e não durou mais que 72h. Põe-te boa depressa, amanhã o papá faz anos!

domingo, 10 de agosto de 2014

Os primeiros passos sozinha

E foi ao dia oito, do mês oito que finalmente demos por ti a deslocares-te sozinha, cheia de coragem sem o auxílio das nossas mãos. 

Nos últimos dias tinhas ameaçado que estavas prestes a começar a andar e sexta-feira enquanto eu tratava do nosso cabaz de legumes biológicos o pai chamou-me e disse que já tinhas dado mais alguns passos sozinha, fui ver-te, abri os braços e vieste até mim sem ajuda. 

Depois ao final do dia a avó e o avô vieram assistir aos teus primeiros passos e consegui filmar-te a andar sem estares apoiada.

Estás a crescer tão depressa. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Filhos, essa dependência (boa)

No sábado fomos ao restaurante do costume almoçar com os avós, depois decidimos que irias ficar com eles à tarde para ires brincar com a prima Maria Luísa e para os animares.
Fomos para o sofá para o dolce fare niente e ainda não havia passado meia-hora e eu já estava cheia de saudades... até das birras. Como se estivesse sempre a desejar ter tempo para mim e para as minhas coisas, mas não me conseguisse concentrar ou ter vontade de as fazer quando tu não estás. Para piorar este sentimento filho-dependente o pai convidou-me para jantar a sós, em Lisboa. Aceitei sem hesitar. Desde que nasceste que foram muito poucos os momentos em que saímos só os dois, muito menos para jantar fora e é importante que eles continuem a existir. Fomos ao meu restaurante favorito e tu não me saías da cabeça, que parvoíce, que dependência... Quase que estava triste por estar sem ti. Pensei em ligar para a avó vinte vezes, mas liguei "apenas" duas. Não me queria tornar nisto, mas não consigo evitar.
Estava a ponderar fazer uma viagem sem ti no final do ano a uma capital europeia, agora já começo a ver esse projeto de uma forma mais preocupante. Há tantos pais que o fazem! E que fazem bem! 
Ainda por cima temos a sorte de estares tão bem com os avós como estás connosco, nem sequer sentes a nossa falta. Não há necessidade de estar/ser assim. 
Fomos buscar-te às 22h e assim que nos viste abanaste a cabeça e começaste a dizer que "não" e a abanar a cabeça, não querias sair da casa dos avós.

Perdoa-me o desabafo Francisca.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

14 meses!

14 meses de muito amor, com algum mau feitio à mistura:

- Já dizes a palavra "Não" e ao mesmo tempo abanas a cabeça.
- Ainda não andas sozinha, mas já tens menos medo e às vezes arriscas-te e dás dois ou três passos sem apoio, está quase!!
- Sabes muito bem o que queres e o que não queres.
- Continuas a gostar muito de ver TV e o Hippa Hippa Hey continua a ser o teu programa favorito e mais algumas músicas que passam no Baby Tv que te fazem sempre dançar.
- Quando canto a "Machadinha", gostas de cantar o início "Ah, ah, ah"
- O avô continua a ser o teu grande amor, apesar de já partilhares os momentos de colinho com a avó também.
- Dizes "cócó" antes de o fazeres na fralda, o que nos permite colocar-te no bacio a tempo :) e a seguir fazes um gesto de "cheira mal". 
- Quando te pergunto "como faz o Sporting" respondes sempre com os braços no ar, como quem grita "Golo" (ensinar-te a palavra Sporting está nos meus objetivos de curto prazo, daqui a 9 meses ensino-te a palavra Campeões)
- Dizes perfeitamente (a maioria já há cerca de 2 meses):
  • Avô
  • Avó
  • Água
  • Mamã
  • Papá
  • Cão
  • Óó
  • Pão
  • Papa
  • Já está
  • Bébé
  • Cócó
  • Pópó
- E também te entendemos quando dizes:
  • Gato - "Gá"
  • Avó Conceição - "Avó Titi"
  • Kiki - "Titi"
  • Menina - "mnnnaaa" (e dobras a língua)
  • Vaca/Boi - "Muuuuuuuu"
  • Pato - deixou de ser "pá" e passou a "quá quá quá"
  • Sapato - "Pá"
  • Chucha - não consigo explicar o que dizes, mas nós entendemos-te
  • Rua - "Ua"
  • Mafalda - "Cá" 
  • Abelha - não consigo reproduzir o som que fazes em vez de "bzzzz"
  • Porco - fazes uma cara feia e um som estranho
  • Cavalo - fazes o som dos passos do cavalinho
  • Anda cá - "Ah cá"
  • Não há - "Ah" e gesticulas com as mãos para cima
  • Carro - "Cá"
  • Hipopótamos - "Hipa"
  • Leão - "ãaaaao"
  • Adeus - "adê" e fazes o gesto do "adeus"
- Consegues-me fazer sorrir SEMPRE, seja qual for o meu estado de espírito.
- Adoro-te

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O pai entrou agora no meu gabinete e olhando para a tua foto disse-me, com um olhar enternecedor: - Está tão bonita nessa foto!

Quando o pai diz estas coisas é como se me desse o melhor elogio do mundo, fico toda derretida.

Estamos quase de fim-de-semana Kiki. Yupi!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Que fantásticos 13 meses!
Adoro a tua alegria, a tua simpatia, (até) as tuas birras, adoro!

Este fim-de-semana fomos passear até à casa dos avós no Alentejo. Foi uma delícia ver-te a olhar para a natureza, a aprender novas palavras, a cheirar as flores, a mimares os avós.
Desde que nasceste que tens uma relação especial com o avô, tão especial ao ponto de preferires o colo dele a qualquer outra coisa. Nunca te zangas com ele e sempre lhe ofereces o melhor sorrido do mundo  de braços abertos. Por muito que a avó tente e que brinque contigo a tua preferência é sempre o avô. Este fim-de-semana reparámos que já repartes o teu amor pelos avós e que já é possível saíres do colo do avô para o colo da avó (para o meu colo ainda há alguma resistência.... sim 9 meses a gerar um ser com tanto amor para o colo do avô ser o predileto). Afinal a avó mostra-te as suas flores, as abelhas que por lá pousam, os cães e gatos dos vizinhos, a comida que te prepara, etc.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

O meu bebé começa a ser cada vez menos bebé, é o que sinto.

E ao mesmo tempo que tenho uma enorme curiosidade em perceber como serás tu como criança começo a ter saudades da minha bebé pequenina. Começo a ter saudades de te encher de beijos (sem ser a dormir, que para isso ainda vou tendo permissão eheheh).
Já dizes o dobro dos nomes de animais que dizias há menos de um mês atrás, claro que à tua maneira, dizendo a primeira sílaba com uma determinada expressão no rosto para que eu distinga que animal se trata… sim porque o grunhir do porco é quase igual ao zumbir duma abelha, não fosse a expressão de sobrolho franzido e eu não sabia que estavas a falar de um porco. Sinto que basta dizer-te as coisas uma ou duas vezes para decorares e isso continua a surpreender-me todos os dias.
Fico ainda mais surpresa quando dou por ti a gozares connosco e a rires-te com muita vontade quando aprontas alguma e viajo logo até ao célebre cliché “mas quem é que te ensinou isto??”

Ontem ao jantar o pai estava a dar-te bife de atum com puré de batata e ao fim de 3 ou 4 colheradas começaste a negar. Experimentei dar-te um pouco do meu bife e tirei uma lasca com as minha mãos e pus-te na boca, sorriste, saboreaste e olhaste para o papá com ar de gozo enquanto dizias “Bommmmm!”. Claro que te dei quase todo o meu bife e por cada vez que te dava um pouco brincavas novamente com o papá... "Bommmm!"

domingo, 22 de junho de 2014

Viajar de avião com um bebé de 12 meses

E que tal? Como é viajar com um bebé de 12 meses pela primeira vez de avião?

A viagem correu de uma forma quase, quase perfeita. É verdade que é mais chato estar na fila para deixar a bagagem com uma criança que não quer estar parada, mas como os avós foram connosco até ao aeroporto, distraíram-te enquanto nós estávamos na fila. 

Primeiro ponto: o carro que iremos transportar até ao avião tem de ir connosco até ao balcão do check-in para levar um daqueles autocolantes. Este facto parece óbvio, mas teve de ser o rapaz da easyJet a perguntar-nos se levávamos algum carrinho de bebé porque nós desconhecíamos este ponto e tu andavas a passear pelo Terminal 2 com o avô. 

Segundo ponto: consoante a hora da viagem é importante pensar bem na questão da alimentação. Como acreditei que fosses mamar quando descolássemos queria apenas dar-te uma refeição ligeira antes de entrarmos para o avião. Esqueci-me das regras ridículas de segurança do aeroporto e que carregar um bebé numa viagem pode revelar-se quase tão perigoso como carregar uma bomba. Como és uma bebé gulosa, pensei em transportar alguns boiões de comida e fruta para te dar no avião, caso fosse necessário. Eu que sou tão cuidadosa com estas regras absurdas e que até costumo por tudo num saquinho transparente e repetir a dosagem a quem me pergunta cem vezes, desta vez esqueci-me que um dos teus boiões (aquele que eu estava a guardar para o avião) tinha mais de 100ml. E antes de passarmos pelos seguranças fui perguntar a uma pessoa da companhia se no caso dos bebés não haviam regras especiais. Claro que não!! Bebés?! Esses presumíveis terroristas de cara fofinha, nem pensar!! Tive que te dar o boião antes de passarmos pela segurança, como seria de esperar não te preocupaste nada e até foi bom dado o "estrafego" que levámos depois dos seguranças.... Mamã tira as sandálias de cunha, papá descalça os ténis, tira a bebé do carro, coloca a bebé no carro, tira o cinto, põe cinto, apalpa a mãe, o pai e a filha e voilá! Finalmente podemos ir para Nice. 

Terceiro ponto: o lugar no avião. Quando soubemos que a easyJet nos tinha colocado nos últimos lugares no avião ficámos logo aborrecidos  tratamos de falar com a nossa cunha para alterarmos o lugar. Ao chegar ao avião e apercebermo-nos que o lugar é super tranquilo, que afinal (também) dá para ver o céu e a paisagem pela janela e que na maioria das vezes até saímos pela porta da parte de trás do avião, aquele lugar que abominávamos antes de ter filhos passou a ser o melhor lugar no avião. Ao ponto de irmos falar com a hospedeira e dizer-lhe que não era necessário trocar de lugar.

Quarto ponto: Se os bebés ainda mamarem, é de todo recomendável que o façam quando o avião descola e quando aterra por causa da pressão nos ouvidos. É claro que tu, que nunca tinhas negado maminha a nenhuma hora do dia, resolveste negar quando nos avisaram que íamos descolar. Insisti, insisti e depois desisti. Coloquei-te a chucha na boa para que o efeito da pressão nos teus ouvidos fosse o menor possível. Adormeceste logo em seguida, ainda estávamos a descolar. 

Quinto ponto: Se todos os sites que consultámos, Accu Weather e outras apps dizem que está a chover no destino, normalmente... está mesmo a chover no destino. Apesar do sorriso de turista apaixonada, foi impossível disfarçar a tristeza que senti quando vi a Côte D'Azur parecia uma Côte Gris, dado que com o céu negro e a chuva o mar estava feio, cinzento.

Chegámos uma hora depois do combinado à casa do Jeremie e da Arielle, uma casa simples num condomínio privado a um quarteirão da costa de Cagnes-sur-Mer. Fomos às compras ao marché Casino e enfiámo-nos em casa que chovia a potes.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A primeira (grande) viagem

Há cerca de um mês atrás já estava mais do que decidido e sem hipóteses de recurso que as férias seriam algures na costa espanhola, talvez na Andaluzia... ainda com alguma chance de conseguir negociar com o pai a zona de Alicante (que é mais longe, mas que não dominamos tão bem). Feitas as contas e depois daquela conversa de avós de que temos a vida pela frente e não precisamos de gozar já tudo, que devemos pensar em ti e escolher uma casa em frente à praia, que as férias de andar de mochilas às costas para trás e para frente já terminaram... adormeci a pensar no absurdo que é fazer umas férias contigo que não são bem aquilo que eu queria, ainda que fossem no país em que me sinto em casa e onde sou tão, tão feliz!

Quando acordei disse ao papá «e se fossemos até ao sul de França de avião e alugássemos um carro para conhecer aquela zona? É verdade que combinámos pensar numas férias deste género para o ano, mas sabemos lá como vai ser o próximo ano. Agora temos saúde, nós e os nossos, temos dinheiro, temos disposição... é agora que devemos ir». O pai aceitou a sugestão e decidimos focar as nossas pesquisas em apartamentos perto de Nice. 

Se o que mais gosto de fazer na vida é conhecer outras culturas e viajar de "mochila às costas" porque não partilhar este amor contigo? 
Partilhar "já" este amor contigo? Sim, para que nos vejas felizes, porque ainda que nos baste estar contigo para estar felizes, a viajar ficamos completos. Se depois temos que ajustar ou não a viagem, fazendo trajetos mais curtos, escolhendo restaurantes mais tradicionais, optando pelas ruas mais seguras, isso fica para decidirmos depois os "três". Por agora há que planear a viagem, os sítios que gostaríamos conhecer. O trajeto, esse decidimos no momento tal como fazíamos antes de nasceres. Vais perceber um dia Francisca, que viajar assim sem caminhos definidos é algo mágico e que mesmo quando as coisas não correm tão bem há uma história para contar aos amigos e umas gargalhadas quando recordamos o que nos aconteceu.

(Esta semana já estamos de férias e tens tido alguns episódios de febre, acreditamos que dos dentes. Não duvido que os ares mediterrâneos te vão fazer bem. Está quase meu amor.)


segunda-feira, 2 de junho de 2014

1 ANO de ti

… e uma paixão que parece que cresce a cada dia. Um ano de gratidão por tudo o que a vida me ofereceu, pela saúde dos que estão comigo, pela tua perfeição, pelos sorrisos que nos dás.

Um ano de um amor que parece infinito. 

A tua festa correu exactamente da forma como tinha planeado, à excepção das fotografias que deveriam ter sido muito mais. (Tinha planeado tirar-te uma foto com todos os convidados, vê lá do que te safaste!)
Estava tudo disposto da forma que tinha pensado e tu estavas com uma energia e simpatia contagiantes. Estavas igual a ti própria, no teu espaço, a brincar com todos os novos brinquedos e com os bebés que vieram festejar connosco. Éramos 32 adultos e 9 crianças.
Recebeste tantas prendas e creio que ainda só viste metade delas. Desde o cavalinho que ofereceu a titi Érica, ao carro que ofereceu a Susi, ao jogo de cubos que ofereceu a Babá, à casinha para colocar formas que ofereceu o Nuno Duarte, ao baldinho de praia da Madalena e às outras (muitas) prendas que neste momento se encontram espalhadas no chão do teu quarto… só coisas giras que trazem mais cor e alegria à nossa casa.

De um momento para o outro passaste a querer estar mais tempo de pé, a querer andar de um lado para o outro, a movimentares-te sozinha em pé agarrada às coisas. Quase como se fosse preciso fazer um ano para começares a andar. Mudaste tanto nos últimos dois dias… tanto! Sinto que vais começar a andar dentro de pouco, quando ainda na semana passada me parecia que ia demorar meses. Dizes “já tá” inúmeras vezes, gostas muito de carros, adoras animais e livros, adoras dançar ao som de qualquer música.

És feliz e eu sou feliz por isso.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Os preparativos do 1.º aniversário

O tema começou por ser os desenhos animados "Hippa Hippa Hey".
Com o desenrolar da decoração, comecei a pensar que o tema não iria obrigar a que tudo tivesse um hipopótamo rosa e que bastaria um ou dois apontamentos do teu boneco favorito para fazer sentido.
Optei por escolher cores e embora não morra de amores pelo rosa, o rosa e o branco foram as cores vencedoras. Escolhi misturar padrões, bolinhas aqui, flores ali, mas tudo muito clean, muito branquinho. O bolo será uma surpresa, falei no tema da festa e pedi que o fizessem da forma que achassem mais bonito. Estou curiosa.

A mesa da sala inicialmente era para estar encostada à parede junto ao espelho, mas o candeeiro deixaria de fazer sentido e na hora dos "Parabéns" estaríamos de costas para os nossos amigos. Optámos por deixar a mesa no mesmo sítio e tentar ainda assim uma decoração simétrica, mas com os pratos menos elevados.

Vou apenas cozinhar uns cupcakes com cobertura de mascarpone e morangos e fazer umas gelatinas e uma espécie de doce por camadas que ainda não percebi se resulta, hoje tenho que o testar. Os cupcakes testei há 15 dias e para quem não tem jeito nenhum para a culinária, não ficaram maus. Valha-me a Bimby para estas tarefas!

A lembrança será um colorido moinho de vento que espero que os teus amigos apreciem. Mostrei-te ontem um em funcionamento e achaste muita piada. Estou a tentar que aprendas a soprar com o moinho de vento para também soprares a vela, mas não acredito que o faças até domingo.

Estás a cada dia que passa mais esperta, mais engraçada e mais tudo!

Junho! Aniversário e Férias!

Por esta altura na minha cabeça só existem dois assuntos: férias e o teu aniversário. Provavelmente uma mãe normal estaria 100% focada na festa do 1.º aniversário. 

Junho já era o melhor mês do ano por ser um mês, por norma, de férias e agora é sem dúvida o mês em que tudo acontece! Quando cresceres tenho a certeza que vais partilhar comigo deste gosto. De outros gostos não sei, mas o prazer de viajar não tenho dúvidas que o terás. E por muitas prendas que te possa oferecer acredita meu amor que esta (viagem) será uma das melhores e que irás recordar sempre, porque aprendemos sempre que viajamos, porque sorrimos sempre que viajamos, porque tiramos fotos divertidas para recordar mais tarde, porque saímos da rotina e ouvimos sons diferentes, sentimos aromas diferentes, provamos comidas diferentes e fortalecemos os nossos laços como família. 

Um dia meu amor, vais entender que és e sempre serás a minha melhor viagem.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Hoje foi dia de provar novos sabores... uma sopinha de grão com nabiça feita pela mamã e um pêssego (careca) partido aos pedacinhos.
Se gostaste? Ainda estou para descobrir qual o alimento que tu não gostas! Gulosa!!

Os animais - parte II

Hoje quando te fomos buscar ao infantário estavas a lanchar sentada numa mesa redonda, com o teu colega Luís e a educadora Susana. Não quiseste, como nas outras vezes, "correr para os nossos braços porque ainda havia pão na mesa e digamos que existindo comida, até os pais ficam para segundo plano.
Depois estivemos um pouco a falar com a educadora que nos contou que era a primeira a identificar os animais na sala, cada vez que se aponta para um desenho e que percebias muito bem o que elas diziam, por exemplo no fim da sesta, quando te pedem para guardares a chucha vês a caixinha que tem a tua foto e guardas lá a chucha. Um orgulho meu amor!

Soubemos também que o teu gosto por livros não se resume aos livros cá de casa ou aos que estão espalhados pelo carro. Parece que no infantário quando todos os meninos estão no centro da sala a brincar com bonecos tu estás num cantinho sozinha fascinada a ver livros.

Hoje já fazias também o som do porco e o miar do gato e estás cada vez mais encantada com um livro de animais da quinta que já tem 30 anos! (o livro que era da mamã) Neste momento imitas um porco, uma vaca, um boi, uma ovelha, uma galinha, um cavalo, um gato e dizes a palavra "cum" (cão).

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Aniversário

Neste momento a minha definição de aniversário é a doce recordação do que aconteceu no espaço do ano. Neste caso, o teu aniversário, é sobretudo uma recordação de tudo o que aconteceu entre o momento que entrei no Hospital de Vila Franca e quando chegámos finalmente a casa.

Passado um ano, já sinto que tudo foi bom (e foi), que não houve dores, lágrimas e que passava por tudo outra vez 100 vezes. Não é fácil tocar neste assunto sem deixar cair uma lágrima de emoção. E acho incrível esta sensação que de facto aquele dia foi mágico e que foi sem dúvida o início de um novo capitulo na minha vida. 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Ai vem meia-dúzia de dentes!

E passámos de dois dentes para quatro há cerca de uma semana e entretanto o 5.º já nasceu e parece que vêm mais dois dentes a caminho, ou seja, não tens passado muito bem com esta chatice dos dentes. 
Depois de umas semanas a dormir a noite toda seguida esta noite foste dormir para a nossa cama e choraste por diversas vezes, não havia benuron ou bálsamo dos dentes que te calassem. Hoje foi preciso um colinho do pai de pé para te deixares dormir com alguma paz, ainda assim acordaste aflita dos dentes. 

Estou a ver que no teu aniversário já vais ter os dentinhos todos à mostra :D

sábado, 10 de maio de 2014

"Cum"!

Hoje fomos jantar à casa dos tios Érica e Jorge e ficaste muito contente por causa do cão e não paravas de dizer “cum” (como se dissesses “para dentro”), mas cada vez que o Shadow se aproximava de ti começavas a choramingar de medo.


Ao almoço fomos ao restaurante do costume com a Susi que ficou a aperceber-se do quão gulosa tu és. Sinceramente acho que se não virmos não acreditamos…. És capaz de comer um pratão de sopa, um pratão de peixe e legumes, fruta e continuares a pedir papa como se estivesses cheia de fome. Ao longo do almoço e apesar de estares completamente cheia estiveste sempre a observar os cestos de pão e tudo aquilo que comíamos e estavas sempre a pedir comida, quando não ta dávamos – birra!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Já ficas em pé mais vezes por mais tempo, já o fazes com uma grande naturalidade.
Já dizes “mémé”, “cão” (“cum”) e identificas muitos objetos em casa. Apontas para o teu peito quando perguntamos “onde está a Francisca?” e tocas na cabeça cada vez que perguntamos onde está a cabeça. Aliás… gostas tanto desta história do “onde está a cabeça” que por vezes olhas para nós e apontas para a cabeça.


Outra coisa muito gira… cada vez que acordas fazes uma gracinha. Por exemplo, ontem acordaste e ainda com os olhos semi-cerrados apontaste para o pé e disseste “pé”. Há outros dias que ainda te estás a espreguiçar e começas a bater palminhas, outros em que acordas e começas a tocar na cabeça.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A festa do Dia da Mãe

Ontem fui às 17:30 à festinha do dia da mãe.
A primeira actividade foi brincar com uma tal de “massa mágica” que depois nos contaram que não era nada mais que farinha Maisena e água. Esta massa ficava rija quando despejada numa superfície e líquida nas nossas mãos. Enquanto todos os meninos brincavam com a massa com as mães tu limitavas-te a olhar para mim a mexer na massa e a resmungar, não te apetecia sujar as mãos. E das poucas vezes que mexeste na massa provaste um pouco.
Depois fomos desenhar numa folha de papel gigante e pediram-me para escrever o que é ser mãe. Passou-me pela cabeça escrever aquilo que as outras mães escreveram, falar da partilha de amor, da aprendizagem, disso tudo… mas limitei-me a escrever que para mim “ser mãe era uma surpresa boa todos os dias”. Tudo o resto parece-me óbvio. Ser mãe é sem dúvida o melhor e mais importante papel que desempenho.


O lanchinho para as mães era composto por bolo, folhados de queijo (amassados pelos bebés), sandes de manteiga e fiambre e sumos. Decidi que era dia de festa e deixei-te provar tudo à excepção do folhado. Penso que não vale a pena dizer que gostaste de tudo.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Saudades

Hoje tenho saudades tuas Francisca. Normalmente não se manifestam tanto como hoje. 

Acabei de ir ver algumas fotos tuas para sorrir e lembrar-me de como és bonita e rabina.

Tenho saudades de quando começas a dançar sozinha ou a bater palminhas e me olhas nos olhos com um sorriso enorme, como se me dissesses que és muito feliz.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

11 meses!

Chegámos aos 11 meses.
Cada vez mais apaixonados. Os três.

A maior conquista, para mim, é o facto de conseguires comunicar connosco já em muitas situações. Quer seja para pedir água, papa, maminha…. Ou para apontares com o teu dedinho indicador para onde queres ir. Dizes a palavra “mamã” todos os dias, alguns dias repetes a palavra umas 20 vezes, que alegria!

domingo, 20 de abril de 2014

A (falsa) varicela

Esta semana foi dedicada às "falsas" doenças... valha-nos o infantário e o seu alarmismo.

Na segunda-feira ligaram-me depois de almoço a informar-me que tinhas ficado subitamente com febre e que estavas murchinha... Tinhas passado a noite na cama dos pais por causa dos dentinhos e por isso não estranhei que tivesses com febre por causa dos dentes. O pai ficou a trabalhar e eu fui buscar-te às 15:30, as educadoras falaram que podia ser uma bronquiolite ou algo do género e eu confesso que desvalorizei um pouco porque acreditava que os culpados eram os dentes.
Durante o dia a Ana Rita veio visitar-nos e tu voltaste a ter febre antes de adormeceres. Decidi tirar o dia seguinte para ficar contigo em casa, curiosamente dormiste a noite toda na tua caminha e acordaste bem disposta, a 100%.

No dia seguinte com a certeza que já estavas recuperada fomos os 3 a caminho da escola. Antes de chegar à tua escolinha reparei que tinhas uma borbulha com líquido na mão e alertei a educadora de que podias ter varicela, já que tu e a Mafalda eram as únicas que se tinham escapado à varicela na turma. Disseram-me que tu eras a única e que a Mafalda já tinha ido para casa na segunda-feira com varicela e por isso não restavam grandes dúvidas. Já calculei que ia estar no trabalho apenas por umas horas.
À hora de almoço já tinha falado com o Berçário e já sabia que tinhas mais algumas borbulhas (poucas) e que estavas muito calma, sem vontade de brincar e que tinhas feito uma grande sesta.
Estranhei chegar ao pé de ti e tu não teres muitas borbulhas, os colegas da mãe diziam que por esta altura já devias ter muitas borbulhas especialmente no tronco e na cabeça. Levei o resto do dia a "googlar" «varicela com poucas borbulhas e sem febre» e outros tipos de "varicelas atípicas". A meio da noite quando fui ter contigo para dar mamimha reparei que não tinhas novas borbulhas... estranho. No dia seguinte pela manhã já tinhas as pernas cheias de pintinhas rosas que tardaram a evoluir para borbulhas (aliás não chegaram a evoluir). Tudo isto e a pediatra sem atender as minhas chamadas e sem responder à minha sms. Vida de mãe não é fácil... A avó chegou cedo (quinta-feira de Páscoa) e tu estavas praticamente na mesma, mas cheia de borbulhas no rabinho, umas 4 ou 5 na cara e as pernas às pintinhas. Finalmente conseguimos falar com o consultório da pediatra e fomos os 3 para Lisboa. A pediatra disse que não tinhas nada, quanto muito tinhas umas borbulhas de alergia a algo, talvez o calor. Naquela altura senti-me frustrada porque a médica mal te viu, mas nos ouviu, mal nos ligou. Hoje já a alguns dias de distância do sucedido e depois de saber que nada evoluiu e que estás a 100% sei que a médica tinha razão, não tinhas nada, talvez sejas imune à "bicheza" da varicela.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A birra que se transformou num canto das sereias

Há quinze dias atrás sempre que começavas a fazer uma birra dava-me vontade de rir do teu choro e dizia em tom de gozo: “ai, ai quem fez mal à minha bebé que está a sofrer tanto”, pois bem… este cenário mudou. Agora qualquer choro de birra é acompanhado de um “mamã, mamã” e isto faz toda a diferença. Digamos que estas palavras entram na minha mente como um canto das sereias para os marinheiros d’Os Lusíadas e vejo-me obrigada a dar-te logo colinho seguido de um “quer colinho o meu amor? Quer? A mamã dá colinho à menina”.


O poder que tens com apenas 10 meses assusta-me caramba…

terça-feira, 8 de abril de 2014

Ninguém disse que era fácil

Confesso que não aguento esta pressão de não conseguir ser tudo ao mesmo tempo! Tento pelo menos ser mãe (e isso aparentemente é suficiente). Não é fácil chegar a casa às 19h e terminar todas as tarefas “obrigatórias” antes das 22h30. Às vezes chego até a pensar que é impossível!  Naquele intervalo de 3-4 horas tenho que brincar contigo, fazer o jantar, dar-te banho, vestir-te o pijama, dar-te o jantar, orientar a roupa estendida/por estender e adormecer-te. 
Normalmente eu e o pai começamos a jantar depois das 22h, sendo que a hora normal fixa-se actualmente nas 22h30. Depois é claro, todos os meus hobbies deixam de fazer sentido quando o único objectivo do meu corpo é dormir… Ninguém disse que ia ser fácil!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Mamã

Sempre ouvi dizer que a primeira vez que escutamos a palavra mamã é um momento mágico, daqueles que nunca se esquecem. Não sei exatamente quando foi a primeira vez que disseste "mamã", creio que em Sevilla já te tinha ouvido a dizer, mas parecia sempre que não era intencional ou que movias os lábios mas nem sempre o som saía. Ontem chamaste-me "mamã" com ganas. Chamaste-me mesmo "MAMÃ" e eu olhei para ti babada, com um sorriso que eu julgo só existir há poucos meses, um daqueles sorrisos com a alma, com um brilho especial nos olhos.
Tens me deixado cheia de orgulho. Quer seja porque danças sempre que há algo parecido com música, pode ser um anuncio de televisão ou um só acorde de uma música e é ver-te a abanar a anca de sorriso nos lábios e por vezes acompanhado de um bater palminhas. Quer seja porque agora quando te deixamos já te sentas numa mesa sozinha com os teus coleguinhas e há dois atrás quando te fomos buscar estavas com os meninos mais velhos "a conversar" sentada à mesa. Quer seja porque és muito tontinha e às vezes começas às gargalhadas a olhar para nós e não resistimos a rir também às gargalhadas.

Na semana passada trouxe para casa uma folha com os teus bonecos favoritos ("Hippa Hippa Hey"... porque o "Billy e Bam Bam" já passou à história) e agora estás sempre à procura dessa imagem ao mesmo tempo que dizes "Hippa Hippa".

quarta-feira, 26 de março de 2014

Regressámos hoje ao trabalho. Assim que chegaste ao infantário, contrariamente ao que eu pensava, ficaste muito feliz e já nem quiseste saber de nós. Começo a acreditar que nestes dias de férias quem recebeu mais mimo fui eu e que eu é que estou a “sofrer” com o facto de não estarmos o dia inteiro juntas. O sorriso que nos ofereces todas as manhãs é cada vez mais delicioso e não há nada que me dê mais tranquilidade do que te ter nos meus braço calmamente a dormir.

Ontem ensinei-te a dizer a palavra “pé” e a apontares/olhares para o pé sempre que te pergunto onde está o pé. Aprendes tudo com uma facilidade incrível.


Tirando a noite em que chegámos de Sevilla as noites anteriores têm sido um pouco chatas para mim e para o pai, acordas de 2h em 2h para te darmos um colinho e colocarmos a pomada nas gengivas, malditos dentes que não querem sair.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Sevilla!

Finalmente chegou o dia em que fomos os 3 a Sevilla. Àquela que é a cidade na qual a mãe se sente em casa, se sente feliz, se sente preenchida. 
Sevilla brindou-nos com aquele sol ainda tímido mas que já nos permite andar de manga curta (que saudades) e com aquela azafama na rua das lojas, aquele ruído nas bodegas, aquela cheiro a presunto e manchego do “Morales”, aquele odor a churros com chocolate proveniente de cada café de esquina… e tu gostaste. Gostaste de Sevilla porque a cidade te trouxe a liberdade de passeares connosco de manhã à noite no teu carrinho, alternando com momentos saborosos de colinho. Gostaste de Sevilla porque te dávamos aqueles petiscos que normalmente não comes (bledines de fruta e bolacha). Para mim foi óptimo porque aprendi a descomplicar. Há duas semanas atrás era impensável comprar comida preparada, chegámos a ponderar ficar só em apartamentos porque o microondas, o congelador e o fogão eram essenciais. No fim, não precisámos de nada disso, resolvi simplificar e agir mais como uma mãe experiente… afinal 3 dias de comida preparada também não te vão prejudicar e férias… são férias!
Felizmente tirámos a fotografia que tantas vezes ambicionei tirar, na ponte D. Isabel II (“Puente de Triana”), cumprindo uma tradição que espero que perdure. Pensei logo que na próxima vez já vais estar de mão dada comigo em pé, com um sorriso malandreco e de chapéu na cabeça. Imaginei-me velhinha a tirar uma foto contigo na ponte…


Acho-te muito mais espertalhona, queres dizer mais coisas e moves-te no chão com um à vontade que num ápice vais da sala à cozinha. Hoje, pela primeira vez, quiseste-te por de pé e quando te agarrei pelos braços parecia que querias caminhar, foi emocionante!

sábado, 8 de março de 2014

Segue os teus sonhos

Hoje é dia da mulher e podia ter preparado este texto para ti por esse motivo. Não o fiz.
O que te digo hoje, penso quase todos os dias quando olho para ti.

Sempre que puderes, e sempre que eu e o pai te possamos apoiar, vai atrás do que tu queres, mas do que tu queres mesmo. Dos teus sonhos mais fortes e que te parecem menos prováveis de realizar. Daqueles sonhos que sabes que à partida nós iremos franzir os sobrolhos e que os "outros" te irão olhar de lado. Segue aquele caminho que te faz sorrir com os olhos e te completa. Se eu não apoiar inicialmente, convence-me. Diz-me porque o queres, diz-me o quanto tu queres. E sempre que concretizares um sonho, pensa logo noutro, e noutro, e noutro.... imagina logo um leque de oportunidades que gostarias de ter e luta por elas. Ser feliz é isso Francisca, é lutarmos pelos nossos sonhos junto daqueles que amamos.

Sou feliz porque te tenho a ti e ao pai, sou feliz porque existe música, preenche-me o fado e o flamenco. Sou feliz pelas viagens que fiz, pelas que farei e por todas aquelas que sonho fazer e nunca irei conseguir.

Mas...

Todos os dias penso que devia ter viajado muito mais, conhecido mais pessoas, lido mais livros, aprendido mais. Mas não o fiz... não sei porquê. 
Todos os dias quero ter tempo para fazer "x" e "y", mas acabo por fazer "z" que é igualmente importante e parece que não basta. Todos os dias penso "E se..." e não duvido que se tivesse seguido outras opções profissionais iria deparar-me com outras frustrações. 
É isso que nos faz viver, querer sempre mais, melhor, diferente.  

Por isso Francisca, do fundo do coração, hoje que te adoro muito,muito mais que ontem te peço: Sorri! Faz as tuas opções! Sonha muito! Luta pelos teus sonhos! Volta a sonhar! Sorri!


Em relação ao que disse ontem.... a tua educadora tinha razão.

Hoje quando pensava que ainda dormias, passei pelo teu quarto e estavas sentada à espera que eu fosse ter contigo. Ok... já te levantas sozinha.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Chegou o sol!

Hoje foi o primeiro dia de sol do ano! Aquele dia quente, de primavera, após uma imensidão de dias feios, com chuva e frio. 

Chegámos ao infantário e a tua educadora contou-nos que hoje tinham ido um pouco para a rua e que tu ficaste logo muito feliz. Quando lhe falámos que agora gostas muito de livros e que sempre que eu chego à última página choras, contou-nos que quando te lêem uma história na creche e a mesma acaba tens a mesma reação. Contou-nos que já te levantas muito bem na cama... "Como?" "Levantar?" Mas... Mas... tu aqui em casa quando estás deitada não te consegues levantar, a não ser que estejas no chão. É um fenómeno estranho mas quando estás deitada de costas na tua cama, não consegues sair dessa posiçao e por isso ainda é o único sítio onde te consegiumos deixar por uns minutos com a certeza que não vais "inventar".

Agora que a Primavera está quase a chegar vamos voltar a Sevilla, na última vez ainda estavas na minha barriga. Agora que o sol regressou vamos "esplanadar" muito, vamos passear muito.




sábado, 1 de março de 2014

9 meses!

Que grande mudança Kiki!

Já gatinhas :) ainda que não percorras a casa toda, já consegues gatinhar até aos objetos que mais gostas. Gostas de estar empoleirada na cama a sorrir e a dizer "dádádá papapapa diguidiguidigui", ou a ameçar atirar o creme Halibut ou um sapato para o chão. 
Quando estás a brincar no chão procuras sempre ir para debaixo de alguma coisa, de uma cadeira, de uma mesa, ou até mesmo do sofá!

Estás cada vez mais marota! E às vezes penso que só não dizes "mamã" porque não queres dizer. Ris-te com um olhar malandro sempre que estás ao colo do avô e a avó te diz "olha que a avó chora".

Adoras comer! Tudo! Chegas a mostrar desagrado nalguns pratos, mas ainda assim abres a boca para comer mais e mais. E choras sempre que acaba, porque acaba. Já comes (em parte graças ao infantário), um segundo prato mais sólido, como por exemplo carne e massa ou arroz, ou peixe com legumes. Chegas a comer a sopa, o segundo prato e a fruta e a chorar... lá está... porque acabou! Experimentaste hoje comer gema de ovo pela primeira vez. Já comeste sopa de quase todos os legumes mais "normais", pescada, linguado, frango, peru e borrego. Já provaste manga e adoraste aquele sabor docinho.

Em casa, desde que começaste a diversificar a alimentação nunca fizeste cócó na fralda, só no bacio. Não entendo esse fenómeno, mas acho-lhe piada.

Dizes "papá" e papa. E (à tua maneira) dizes "sapato", "bola", "pato" e "avô" - esta última quase só a mexer os lábios encher as bochechas de ar e soprar "a....fô".

Descobri, agora que já começaste a jantar, que quando acordas às 2h ou 3h não tens fome... queres a maminha só para estarmos as duas. E eu gosto! Mesmo quando apareço resmungona e ensonada ao pé de ti, gosto muito.

Dizes adeus para toda a gente! E para tudo! Chegas a dizer adeus a um livro quando vais dormir!

Gostas cada vez mais de livros, do "Billy e Bam Bam" (baby tv), das músicas do baby tv. Adoras a prima Luísa e todas as meninas que têm a idade dela. Veneras o avô e sempre que ele aparece ninguém tem hipóteses de conseguir dar-te colinho, nem chamar a tua atenção.

9 meses de muito amor!



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Adeus

E quando ontem eu achava que estavas a surpreender-nos com uma novidade diariamente eis que hoje após alguma dor de dentes antes de dormir, os avós chegaram aqui a casa (sim Francisca, continuam a vir cá todos os dias ver-te) e tu começaste a fazer "adeus". Depois de alguma insistência todos os dias hoje a avó estava a mostrar-te a história de um ursinho no BabyTv que dizia adeus à mamã enquanto andava de bicicleta e tu começaste também a fazer adeus... E nós entusiasmados pedíamos-te que repetisses e tu repetias, "adeus mamã", "adeus papá" "adeus avós"!! E nós sorriamos os quatro, com um brilho nos olhos.

Antes de ir embora os avós disseram-te adeus e devolveste o gesto.

Tão bom*

O desmame - Parte II

Ao longo destes quase 18 meses a minha vida tenho "googlado" as coisas mais absurdas! O mais engraçado é verificar que já houve mais alguém, por vezes até muita gente com as mesmas dúvidas (parvas).
Se na altura em que te tinha na barriga as pesquisas passavam por sintomas, ou por curiosidade acerca do que se estaria a passar naquela fase da gravidez, desde que nasceste tenho tido muitas dúvidas que normalmente guardo só para mim. Ao inicio existiam menos dúvidas e tentava utilizar mais o meu instinto, com o passar do tempo e com o regresso ao trabalho comecei a questionar tudo, a temer (parvamente) ficar sem leite quando já te dei em exclusivo durante 6 meses e quando tive a coragem de extrair leite no trabalho dos 4,5meses até aos 7 meses. «E se não te der as 4 vezes leite hoje, será que amanhã tenho menos»... «mas.... tu agora mamas só 2m!? Será que comeste alguma coisa» Creio que a maioria das minhas "googlices" dos últimos tempos andaram à volta do tema desmame. 
Passei por esta crise quando fizeste 7 meses e comecei a convencer-me que era o princípio do fim e estou novamente a passar por ela. Ontem dei por mim a fazer a seguinte busca (rídicula, I know) "bebé 9 meses rejeita mama", tudo porque quando agora resolves despertar à noite, à 00h ou à 01h, não queres mamar e por vezes apenas trincas (sim, trincas OUCH) o mamilo e quando te coloco a chucha na boa adormeces, como quem só quer um aconchego. Isto já a conteceu umas três vezes e foi suficiente para ir com esta paranóia para a cama. Felizmente o ritmo de trabalho e o cansaço que alegremente nos dás, faz com que eu não possa pensar muito nisto quando chego à cama e é só fechar os olhos e zero insónias.Tal como das outras vezes em que entrei numa espécie de pânico com a questão do desmame, desta vez pensei "Tem calma, mesmo que fosse o fim já foi tão bom..."

Agora que terminei este desabafo, já o acho parvo e apetece-me apagá-lo... mas vou deixá-lo para que vejas que a mamã também tem medos e que nem sempre tem aquele sorriso na cara que tu conheces.