quinta-feira, 12 de junho de 2014

A primeira (grande) viagem

Há cerca de um mês atrás já estava mais do que decidido e sem hipóteses de recurso que as férias seriam algures na costa espanhola, talvez na Andaluzia... ainda com alguma chance de conseguir negociar com o pai a zona de Alicante (que é mais longe, mas que não dominamos tão bem). Feitas as contas e depois daquela conversa de avós de que temos a vida pela frente e não precisamos de gozar já tudo, que devemos pensar em ti e escolher uma casa em frente à praia, que as férias de andar de mochilas às costas para trás e para frente já terminaram... adormeci a pensar no absurdo que é fazer umas férias contigo que não são bem aquilo que eu queria, ainda que fossem no país em que me sinto em casa e onde sou tão, tão feliz!

Quando acordei disse ao papá «e se fossemos até ao sul de França de avião e alugássemos um carro para conhecer aquela zona? É verdade que combinámos pensar numas férias deste género para o ano, mas sabemos lá como vai ser o próximo ano. Agora temos saúde, nós e os nossos, temos dinheiro, temos disposição... é agora que devemos ir». O pai aceitou a sugestão e decidimos focar as nossas pesquisas em apartamentos perto de Nice. 

Se o que mais gosto de fazer na vida é conhecer outras culturas e viajar de "mochila às costas" porque não partilhar este amor contigo? 
Partilhar "já" este amor contigo? Sim, para que nos vejas felizes, porque ainda que nos baste estar contigo para estar felizes, a viajar ficamos completos. Se depois temos que ajustar ou não a viagem, fazendo trajetos mais curtos, escolhendo restaurantes mais tradicionais, optando pelas ruas mais seguras, isso fica para decidirmos depois os "três". Por agora há que planear a viagem, os sítios que gostaríamos conhecer. O trajeto, esse decidimos no momento tal como fazíamos antes de nasceres. Vais perceber um dia Francisca, que viajar assim sem caminhos definidos é algo mágico e que mesmo quando as coisas não correm tão bem há uma história para contar aos amigos e umas gargalhadas quando recordamos o que nos aconteceu.

(Esta semana já estamos de férias e tens tido alguns episódios de febre, acreditamos que dos dentes. Não duvido que os ares mediterrâneos te vão fazer bem. Está quase meu amor.)


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