terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Esta semana começaram os sorrisos “a pedido”.
Começaste a acordar e a sorrir para mim todos os dias, com o meu "olá, meu amor!", "olá bebé!" e estás a começar a gostar de estar acordada a interagir. 
Ainda que continues também a chorar todos os dias quando te fartas de estar acordada. Choras e dás gritos como a mana não fazia, mas ao mesmo tempo quando te conseguimos por a dormir durante o dia fazes sestas maiores que as da mana Francisca (ou então sou eu que não me recordo como era a mana nesta altura)

O final do dia continua a ser o momento mais complicado, mesmo quando acabas de mamar, arrotas, tens a fralda lavada há sempre qualquer outra coisa que te incomoda. Sejam as cólicas, seja o facto de estares cansada do dia, ou aborrecida. É comum chorares muito entre as 19h e as 21h.
Dormes mais de 7h de seguida durante a noite desde a semana passada! Yupi! E durante o dia há alturas em que mamas com o intervalo de 1h (ao final do dia).

Há momentos em que te pareces comigo quando tinha um mês, há outras alturas em que parece que tens a cara do pai André.

Tal como aconteceu com a mana Francisca há sempre muita gente a apostar que os teus olhos serão azuis e que a cor não vai mudar. Vamos ver… (nós achamos que não)


És muito comprida e tens crescido tanto que a roupa deixa de servir rapidamente.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Finais de dia caóticos...

Não, não são os ciúmes.

Basta ler os posts de há meses atrás para saber que não são os ciúmes. Se contribuem para as birras? Sim, acredito que sim. Tal como os 3 anos e meio. Tal como o convívio com crianças que têm 5 e 6 anos.
As temidas birras ainda não terminaram e sinceramente não encontro um fim à vista. Fazem parte da tua essência. Contigo não há um dia simples Francisca. Contigo não há uma pergunta que tenha resposta “sim”. Contigo tudo tem que ser negociado, falado, discutido. Além disso ainda és pequenina, muito pequenina e tantas vezes te tratamos como uma menina grande.

Se eu também tenho contribuído para as birras? Sim, e é isso que me custa muito.
Eu durmo poucas horas (durante a noite felizmente só acordo uma vez, mas chega a durar hora e meia às vezes), levanto-me às 7h e não descanso. Além disso a mana Carlota chora e berra ao longo do dia ou porque quer alguma coisa, ou só porque sim. E eu não consigo ter a mesma paciência que tinha ao longo da gravidez. Por isso, é comum ter pouca paciência para as tuas atitudes de menina engraçadinha (tão típica destas idades). Por isso, é comum disparatar à mínima coisa.

O final do dia é caótico: o pai está na fisioterapia, a Carlota está com a sua "angustia de final de dia" e tu estás com a pica no máximo a querer contar tudo o que fizeste na escola, os brinquedos que queres, as cambalhotas que já sabes dar, os inúmeros pedidos “Mãe, podes por o canal Panda?”, “Mãe , posso ver o Youtube?”, “Mãe preciso de ir fazer xixi/cocó”, “Mãe quero um iogurte! Não é desses!! É dos iogurtes de beber! Quero com palhinha! Não, mãe, a palhinha tem que ser azul da cor do vestido da Elsa”, “Mãe, posso dar-te festinhas enquanto dás maminha à mana”, “Mãe, podes acordar a Carlota? Quero que ela tenha os olhos abertos agora!


AHHHHHHH!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O quanto gosto de vocês ♥

Meu amor pequenino, estás connosco há 4 semanas e não consigo conter tanto amor dentro do peito. Por ti, pela tua mana grande e pelo pai.

Já não és aquela bebé que passa o tempo a dormir enrolada numa manta cor de rosa e que mal abre os olhinhos pequeninos, já menos rasgados. Quando amanhece começas a reclamar porque queres maminha e ao longo do dia, resmungas muito sempre que não estás a dormir, ou porque a fralda não está seca, ou porque queres comer, ou porque (não) queres dormir e fazes uma birrinha. Ainda assim, és um bebé descomplicado como a Francisca era. Sabes o que é o dia e a noite desde cedo.


Quando te tenho ao colo digo muitas vezes alto “Gosto tanto de ti bebé!” e lembro-me que fazia o mesmo com a Francisca. E quando a Francisca invade a minha cama à noite agarro-me a ela e dou-lhe muitos beijinhos e penso no mesmo, no quanto gosto dela.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Estamos os 4 na sala e a Francisca diz:
- Que bom! A família está toda junta!



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Carlota!!

O dia do nascimento de um filho é verdadeiramente mágico.
É um facto que temos um ambiente de hospital, alguns estranhos a entrar e sair do quarto, um bloco operatório frio e os receios de que algo corra mal, mas ainda assim nada nos marca tanto quanto estes dias. E durante dias, meses e às vezes até anos revivemos aquele momento no pensamento com uma alegria gigante.
Desta vez entrei no hospital com a certeza que queria absorver todas as sensações, que queria guardar na memória todos aqueles momentos-polaroid da admiração de um filho quando nasce. E assim o fiz.
Lembro-me de todos os pormenores dos dias 7, 8, 9 e 10 de novembro. Lembro-me de me apaixonar perdidamente por ti na tua primeira hora de vida. Lembro-me de toda a lucidez que tive desde as 15h15. Minutos antes de entrar no bloco comentei com o pai que a anestesista Ana Rita tinha sido muito importante no nascimento da Francisca e que por isso apenas tinha decorado a sua cara e o seu nome. Bateram à porta e entrou a anestesista Ana Rita. Comentei com ela a curiosidade que tinha partilhado com o pai e disse que todas as suas palavras e gestos me tinham ficado na memória e que ela tinha sido muito importante no parto da Francisca. Nesse momento pensei que aquilo era um sinal que tudo iria correr bem. Segui todas as suas instruções, fui ouvindo cada uma das suas palavras relatando o que estavam a fazer por trás da cortina e houve um momento que mesmo estando a sentir-me mal (tinha a ver com a posição de barriga para cima e o peso que estavas a fazer sobre os meus orgãos) estava confiante que tudo estava bem. O pai André desta vez já pode assistir ao parto e apesar de estar atrás de mim, tenho a certeza que se emocionou quando ouviu pela primeira vez o teu choro. « Tem uma menina grande e gordinha 3,220 Kg» ouvi em seguida
E esse som fica-nos retido na memória para sempre, não duvido. Colocaram-te em cima do meu peito durante uns minutos e lembro-me da temperatura da tua pele sob a minha naquele sítio frio. Lembro-me da cor da tua pele e de sentir o teu cabelo enquanto chorava de alegria. Depois foste com o pai até ao recobro e eu fiquei à espera que os médicos tratassem das costuras e afins...
O tempo parecia não passar.
Finalmente cheguei ao pé de vocês. Lúcida. Calma. Feliz.
Naquele tempo que ficámos os três no recobro estiveste quase sempre a mamar e nós rendidos à tua beleza (e também com as mãos no telemóvel a enviar mensagens e fotos à família e amigos... pelo menos o pai). O efeito da anestesia estava quase a passar e os enfermeiros nunca mais nos levavam para o quarto. Estávamos com medo que não houvesse tempo para a Francisca te conhecer, porque as horas passavam e o fim do horário das visitas aproximava-se. Explicaram-nos depois que tinham aparecido uma série de emergências e por isso demoraram tanto a encaminhar-nos para o quarto.
Ias na maca junto a mim e entrámos com as enfermeiras no nosso quarto, enquanto o pai foi ao encontro dos avós e da mana Kika. Nesse bocadinho as lágrimas não paravam de sair e as enfermeiras perguntavam-me o porquê.
Estava ansiosa de ver a Francisca, estava ansiosa para ver aquele momento em que vocês as duas se conhecem. Queria muito saber como estava a minha menina grande.
E quando a mana entrou sorriu muito, muito, muito... 
Sorriu tanto que eu ainda consigo ver o sorriso dela.
Naquele momento senti que tinha perdido a minha filha única, mas tinha ganho dois grandes amores.
Os avós vieram com a Francisca e a avó Titão e todos te acharam uma bebé muito perfeitinha e bonita.
A Francisca fez-te muitas festas e deu-te muitos beijos.
Demos à mana uma prenda, uma barbie com bicicleta e dois cães, a tua prenda para ela!

A Francisca estava muito feliz!
Eu estava completa!

Bem-vinda meu pequenino grande amor!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Carta à minha filha grande

Francisca, Kikas, Kikanicas, Kikocas, docinho, meu amor, Kiki,

Durante estes 3 anos e meio fizeste-me sorrir e rir muito todos os dias. Durante este tempo fomos construindo um amor muito cúmplice, cheio de miminhos, cheio de brincadeiras. 
Viajámos a três por lugares maravilhosos, e tu e o pai estavam ao meu lado quando um dos meus grandes sonhos se realizou - a nossa primeira viagem aos USA. 

Não te vais lembrar de como foram estes três anos de filha única, nem das nossas rotinas (se calhar nem eu me vou lembrar de grande parte delas). Não te vais lembrar de como era a nossa vida quando éramos três. De chamares por mim ao acordar a perguntar: - Já é de dia mãe? Podes dar-me uns miminhos?

Não sei se vou continuar a adormecer-te ao meu lado ao mesmo tempo que recebo milhares de festinhas na cara (houve vezes que até me chateei contigo porque chegámos a passar mais de 60 minutos a trocar festinhas e tu sem dormir e eu sem posição com esta barriga, desculpa se fui impaciente enquanto recebia tanto mimo). Não sei se vou continuar a adormecer-te ao meu lado enquanto me agarras na mão e a conduzes para a tua barriga para que eu faça festinhas até adormeceres. Não sei o que vai mudar com o nascimento da mana. Sei com toda a certeza o que não vai mudar, o amor crescente e exponencial que sinto por ti a cada dia que passa e o orgulho que me enche a alma por ter a sorte de te ter na nossa vida. 

E tenho a certeza que o melhor presente que te posso oferecer nesta vida é o privilégio de teres uma mana, de nos ajudares a cuidar e a educar uma menina que te vai ter como exemplo na vida. 

Desculpa filha se eu falhar nos próximos tempos, a mãe não sabe o que é ter um coração a bater por duas meninas, a mãe não sabe como é gerir o tempo entre uma bebé recém-nascida e uma menina muito esperta e exigente.

Adoro-te minha Francisca

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

33 semanas + 5 dias

Daqui a dois dias completam-se 34 semanas de gravidez.

Não me tenho sentido muito bem, cada vez que chego a casa atinjo um nível de cansaço tão grande que só quero despir a roupa (felizmente o verão dos 30º teima em não ir embora) e esticar-me no sofá só a respirar fundo. Fico tão incomodada à noite, que chego a ir deitar-me pouco depois das 22h porque não tenho posição para estar no sofá.
Continuas a ser uma bebé muito mexida e apesar de reclamar muito, fico muito satisfeita que assim o seja porque continua a ser a minha garantia de que tudo está bem contigo.
Esta manhã mexeste-te tanto, que até os meus colegas conseguiram notar os teus movimentos bruscos por debaixo da minha blusa branca.
Não consigo dormir uma noite completa porque acabo sempre por acordar sem motivo, às vezes acho que é porque me sinto incomodada com a posição, noutras noites acho que és tu por exemplo que me acordas. Logo agora que a mana Francisca já está tão disciplinada com o sono que já nem chama a mãe de noite. Bendita escola!
Não sei se faltam 6 semanas para nasceres, mas se pudesse escolher gostava que faltassem entre 5 a 6 semanas. Chegou aquela altura da gravidez em que a ansiedade já tomou conta de mim e estou constantemente a pensar que te quero muito conhecer.

Até à semana passada tinha engordado exatamente 5kg. Só 5Kg! De costas nem dá para perceber que estou grávida porque as minhas pernas continuam magras e a cintura também não se alterou muito de lado. Apesar disso sinto-me grande. Sinto-me cansada. E não me sinto nada, nada bonita. Mas também não é coisa que me preocupe.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Carlota da mamã, tu não paras quieta um minuto! 

Desde que sinto os teus movimentos, que sempre foi uma loucura. Não sei se tem a ver com o facto de ter a placenta posterior, mas se eu achava que a mana Kikas não parava sossegada, o que dizer de ti? 

Neste último mês, tem sido um grande reboliço cada vez que estou aqui sentada a trabalhar. E à noite no sofá ou na cama, aí então com liberdade de movimentos é a verdadeira loucura.

Será que estás a dançar flamenco Charlotte?

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O antónimo de "sem querer"

Ainda são algumas as vezes em que trocas o sentido das palavras, tal como acontecia há um ano atrás com o fácil/difícil.

Agora acontece muito quando fazes algo sem querer, olhares para mim e dizeres calmamente:
- Desculpa mãe... foi de propósito.

Dá-me vontade de rir porque distorces completamente aquilo que queres dizer, mas a tua expressão revela o contrário ♥

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

"Não quero ir ao baile!"

Achei que já estavas a dormir. Estava deitada ao teu lado, na tua cama, há quase 30m e já te sentia a respirar profundamente. De repente disseste:

- Oh mãe, quando for grande não quero ir ao baile!
- Qual baile? Com o príncipe, como a Cinderela?
- Sim.
- Então e quem é o teu príncipe - provoquei eu.
- É o papá.
Sorri.
- O papá é o meu príncipe, quando fores grande hás-de conhecer o teu príncipe também. Vai ser o teu namorado.
- Mas eu não quero ir ao baile.
- Porquê?
- Porque eu não quero ficar sem a mãe e sem o pai.

Depois percebi que achas muita piada a estas histórias da Disney, mas que não queres ser princesa, porque as princesas normalmente são órfãs.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Perguntas Difíceis #1

Estávamos no teu quarto a conversar. E tu de repente perguntas-me:

- Mãe, onde é que eu estava quando tu eras pequenina?
- Quando eu era pequenina tu ainda não existias Francisca!
- Não existia?! Mas eu não existia porquê?
- Ainda não havia Francisca, a mamã era pequenina e ainda não conhecia o papá. Por isso não existias.
- Mas eu morri?
Sorri.
- Não, tontinha. A mana agora está na barriga, mas onde estava antes? Também ainda não existia não era? Como tu pediste muito a mana, a mãe e o pai fizeram a mana. Contigo foi igual.
- Mas.... Eu gostava de existir quando tu eras pequenina para brincar contigo.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pensamentos no Penico

São 07:40, estás no bacio.
A mãe está a arranjar-se no quarto e o pai a passar um polo verde a ferro e tu gritas:

- Mãaaaeeee quero um mano.... Paaaaaaiiii quero um mano!

Posso ficar um bocadinho doente? Só um bocadinho, posso?

O Daniel Tigre tem sido um bom educador-auxiliar, disso não tenho dúvidas.

Ainda nem tinhas 2 anos e meio e já trauteavas quando não conseguias fazer algo à primeira "Tentando, tu vais melhoraaaaaar!". Ou nas últimas semanas de escola, quando já não te apetecia mesmo ir para lá e te agarravas às nossas pernas, por vezes num momento mais racional contavas-me que o Daniel dizia sempre "Os adultos voltam seeeeempre".
Todos os episódios acabam com uma moral que vale a pena reter. 

Mas ontem à noite não foi bem assim...

- Mãe eu queria ficar doente!!
- Doente Francisca? Queres ir ao médico? Queres tomar xarope? (Aproveitamos sempre para te relembrar a tua fobia a xaropes, supositórios e afins)
- Mas a mãe do Daniel Tigre está doente e não tomou nenhum xarope nem supositório!
- Isso é porque a mãe do Daniel Tigre estava só um bocadinho doente. - tentei explicar
- Posso ficar um bocadinho doente? Só um bocadinho, posso?
- Francisca, mas porque queres ficar doente??
- Gostava de jantar no sofá.


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

As cores em Inglês

Estávamos os três à mesa e comecei a contar ao pai que no outro dia te tinha apanhado a falar inglês com as tuas bonecas, mas que estavas a dizer coisas sem nexo, misturando números com cores. Que ias dizendo: «One, two, three, yellow, pink, five...» e comentei:
- É que ela gosta mesmo de falar inglês e já sabe dizer o nome de algumas cores, é pena é que não perceba o significado dessas palavras. (Apenas sabe o dos números)
O pai como já sabe !o que a casa gasta", decidiu arriscar:
- Então e que cor é o "Yellow"?
- É amarelo - respondeste tu.
Eu rapidamente abri a boca de espanto.
- E verde como se diz?
- Green - disseste prontamente.
- E rosa? - perguntei eu, a achar que esta devia ser difícil.
- Pink!
E as lágrimas quase que me vieram aos olhos.

Caramba... estou sempre a criticar os momentos que passas "agarrada" ao YouTube, mas é incrível como conseguiste aprender as cores a ver vídeos e eu que pareço estar sempre atenta nem fazia ideia que as sabias.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Férias? E então para onde vamos?

Para casa Kikas.... para casa.

Já há uns dias que te explicámos que os planos para as próximas semanas são: férias com o avô Eduardo, férias com os pais, férias apenas com o pai, escola nova e festa da Moita. Como já tinhas passado uma semana de férias com o avô pensei que te tivesses apercebido que as nossas férias seriam semelhantes: casa, televisão, café, praia, parques, passeio, centros comerciais, etc. Mas afinal parece que não era bem isto que querias.

Vinhas a subir a nossa rua com a avó Lalinha e começaste a chamar por mim, abri a janela e assim que me viste perguntaste:
- Já estamos de férias mamã??
- Já filha, já estamos.
- Já estás a fazer as malas com o pai?
- Malas? Que malas? Não estamos a fazer as malas. Mas para onde é que queres ir?
- Quero ir passear!!

Começas cedo Francisca, começas cedo.
Mea culpa.

domingo, 21 de agosto de 2016

A nossa C.

Depois de algumas semanas na indecisão entre ter uma Carlota ou uma Maria Eduarda, eis que finalmente tomámos uma decisão.
Como é óbvio a espertalhona da mana Francisca ajudou a que a decisão fosse finalmente tomada.
- Mãe, a mana pode ser Carlota?
- Pode Francisca, pode ser Carlota.
Olhaste para o pai, olhas para mim e disseste:
- Então já decidimos?!
- Já. - não tivemos outro remédio.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Não sei se vou chegar a tirar uma daquelas fotos "artísticas" de ti a dares-me um beijinho ou um abraço na barriga, mas gostaria que ficasse registado que o fazes todos os dias.

Já há muitos meses que a mana é uma menina muito desejada por ti e que te ouve a falar para ela todos os dias e é comum ouvirmos-te a dizer: "Gosto tanto da minha maninha". E ainda não a conheces... e ainda não a conhecemos.

Ris à gargalhada quando pões a mão na minha barriga e a mana dá uns belos pontapés.

Às vezes falas baixinho para a minha barriga e dizes "Meu amor".

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Os primeiros planos da Francisca para a mana

Ainda não sabemos se serás a Maria Eduarda ou a Carlota, mas há assuntos que já há muito estão bem definidos na cabeça da tua mana Francisca.
  • Vais gostar muito de ver o Baby TV, especialmente o "Henrique - O Gato Comilão".
  • Vais gostar muito do Frozen, mas não podes ser a Elsa, porque a Francisca é sempre a Elsa.
  • No Carnaval tens que te mascarar de Ana do Frozen, como diz a Francisca "assim um vestido pequenino da Ana, porque a mana é muito pequenina."
  • Podes adormecer com o ursinho KikoNiko, que o doudou vai continuar a ser essencial para a Francisca adormecer.
  • Quando chorares, a Francisca vai-te por a chucha na boca e dar-te colinho "mas tem de ser sentada, não é mãe? Porque eu ainda sou pequenina e é preciso ter cuidado com o pescoço da mana".

domingo, 14 de agosto de 2016

O sentido de humor da Francisca #1

No domingo fomos até à Festa do Rosário e combinámos encontrar-nos com a Telma para andares de carrossel com o Francisco.
Sempre que passava um carro perguntavas se era o carro do Francisco:
- Mãe aquele é o carro do Chico?
- Do Chico?? Do Francisco... Quem te disse que ele era Chico? Se ele é Chico, tu és a Chica.

O Francisco chegou e depois quando íamos pela festa fora, perguntaste:
- Mãe, vou posso ir andar de carrossel com o Fran?


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Objetivo: Dormir na tua cama "all night long"

Este objetivo já falado aqui, tornou-se a minha máxima prioridade.
Esqueci-me forçadamente da questão do retirar da chucha para adormecer e estou focada neste objetivo há cerca de um mês.

Esta meta é mais complexa do que parece, porque queremos deixar o assunto "bem arrumado", isto é:
1) Adormeceres sempre na tua cama - não é na sala, não é no meu colo, não é na cama dos pais;
2) Adormeceres depois de um ritual diário: xixi, lavar dentes e ler história (este último ponto, por vezes ainda pode ser trocado por um ou dois episódios do Daniel Tigre);
3) Sempre que acordares durante a noite, podemos ir ao teu encontro, mas não deves em caso algum ir para a nossa cama (pelo menos até este objetivo estar cimentado).

E os mais complicados, mais a médio prazo:

4) Adormeceres sozinha;
5) Chamares um de nós e não apenas a MÃE;
6) Depois de nos chamares e de acedermos ao teu pedido (água, xixi, festinhas de mimo) deves ser capaz de adormecer novamente sozinha.

Antes de teres ido passar uma semana com os avós ao Alentejo/Algarve já tinha começado a trabalhar neste ponto, aliás no ponto 1) e felizmente deixaste de dizer que não gostavas da tua cama, ou de insistires em ser adormecida na nossa cama ou no sofá, ainda tentaste nas primeiras vezes, mas depois de um pouco de choraminguice lá te deitaste na cama comigo ao teu lado para te mostrar que não era assim tão mau e que a mamã estava mesmo ali.
Ainda me tentaste enganar que tinhas medo de lobos e de mascarados, hoje em dia à distância sei que essa história dos medos era mais para me dares a volta.
No fim-de-semana que te deixámos no Alentejo insististe em dormir toda a noite no meio de nós e pensei que já tínhamos estragado tudo... mas não!
Regressaste das férias na sexta, dia 22 de julho e depois de algum choro de mimo convenci-te a adormecer na tua cama e habituei-me diariamente a ler-te histórias da Disney, que fizeram parte da minha infância. 

Já passaram 14 noites e não voltaste à nossa cama, nem para adormecer, nem para aquele mimo matinal de sábado e domingo, nem sequer quando tiveste febre há dois dias. Nesta fase ainda não posso ceder, para que as coisas fiquem claras.

Apesar do cansaço de me levantar 3 ou 4 vezes durante a noite por ficar ao teu lado a adormecer-te, às vezes com períodos de sono na tua cama de uma ou duas horas que uma grávida não é de ferro, estou orgulhosa deste percurso!

terça-feira, 26 de julho de 2016

Hoje nasceu a Luísa

Hoje nasceu a Luísa.
Talvez porque estiveste tantas vezes com a Ana Rita e a sua barriga nos últimos tempos, tiveste uma reação tão bonita à notícia.
- Sabes Francisca, hoje nasceu a Luisinha!
- Nasceu? - e ficaste logo com aquele brilho nos olhos e sorriso gigante.
- Tenho aqui uma foto para te mostrar.


Quanto te mostrei a foto, disseste  de forma querida e genuína:

- Oh mãe é tão bonitaaaaa! Gosto muito da Luisinha!


♥ É desta forma que me mostras que a Ana Rita não é só uma grande amiga da mãe, também é tua amiga e também tu gostas muito dela.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

"Mas depois eu acalmei"

Mais uma birra esta manhã, com direito a gritaria, corpo no chão a rebolar, sistemas nervosos do pai e da mãe (e teu) num estado de crítico, paciência em níveis bastante reduzidos, 40m de atraso.
Pediste-me que te pintasse as unhas quando íamos a sair de casa. Mas não pediste a conversar… deste uma ordem aos gritos e por muito boa vontade que a mãe tivesse, depois da forma como falaste e da birra que se estava a aproximar não pude ceder o que levou a que ficasses ainda mais aborrecida. Paciência.
No carro foste calma, mas na escola quando te entregámos à Jholly começaste a portar-te mal como como nunca tinhas feito. Só me querias a mim, dar-me beijinhos e festinhas. E berravas e contorcias-te no chão com a Jholly.
Soube ao final do dia que a tua foto tinha estado na folha com o :( na tua sala pela primeira vez, porque te portas sempre de forma exemplar na escola.

À noite quis falar sobre o assunto:
- Então Francisca, soube que a Jholly ficou triste contigo na escola.
- Sim mamã, eu não queria ir para a escola e queria dar-te beijinhos e festinhas e comecei a dizer “não quero”, “não quero” e a bater na Jholly.
- Mas já sabes que as mãos não são para bater e que o fizeste é muito feio, não sabes? A Jholly gosta tanto de ti...
- Depois entrei na sala e a Margarida perguntou-me se eu estava a chorar porque queria a minha mamã e eu olhei pó lado e virei a cara. Não queria falar com ela. Nem quis comer tostas…. 
Parou uns segundos, olhou para mim e disse:
Mas depois eu acalmei.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

- Mãe podes ligar à mãe da Margarida e da Clara para elas virem brincar cá a casa, podes?
- Oh Francisca, as tuas amigas vivem perto da tua escola e é muito longe da nossa casa. É por isso que vais para uma escola nova, aqui na Moita. Assim todos os teus amigos vivem aqui perto e podem encontrar-se ao fim-de-semana para brincar.
- E depois posso ir com os meus amigos ao Fidalgos* sozinhos, não é mãe?


*Pastelaria tradicional da Moita onde vamos regularmente.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

POR-TU-GAL

Filhas,

Quando se aperceberem do meu gosto estranho pelo futebol, já não me vão conhecer com a mesma loucura que tinha há menos de dez anos atrás. Ainda assim vão achar-me louca. Ainda assim, não vão perceber porque é que grito para a televisão, porque espero que não sofram por algo tão estúpido como o futebol. Nunca fui uma grande adepta da Seleção Nacional. Talvez porque não sou muito nacionalista. Sou uma cidadã do mundo... Mas como vibro com este desporto, é fácil ver-me nos campeonatos europeus (ou mundiais) a sofrer por Portugal e a cantar o hino com lágrimas nos olhos. É fácil ver-me em pé nos últimos 20m de um jogo de Portugal numa fase final já completamente enervada e afónica. 
Ontem foi uma noite especial, que espero recordar sempre! E tu estiveste presente Francisca, sem perceber muito bem o que se passava, a gritar de braços esticados "Portugal, Portugal!"! Tu também estiveste presente, bebé, com os teus pontapés e reações a todos os meus estados de nervos/ansiedade/felicidade. Portugal é campeão europeu! Quando nada, nem ninguém acreditava, Portugal mostrou-se forte, coeso e eficaz. E vencemos! Porque a sorte na nossa vida muitas das vezes surge assim, depois de decidirmos enfrentar sem medos os nossos obstáculos, depois de acreditarmos em nós, depois de trabalharmos focados no resultado.
Ontem sentámo-nos no sofá com fé. Estávamos os três, quer dizer, os quatro. Vimos com mais atenção a 2ª parte, porque tentámos passar uma grande parte do jogo na cozinha, porque achávamos que dava sorte... estão a ver o que vos dizia... o futebol às vezes leva-nos a ser supersticiosos, mesmo quando não somos.
Perto dos 90m já não conseguíamos parar quietos e tu Francisca, estavas a ver os teus vídeos no tablet, já com a promessa que era só mais um vídeo antes de ir dormir. E na segunda parte do prolongamento, aos 109m o golo apareceu. E o pai e a mãe já não paravam, andavam de um lado para o outro e dissemos-te:

- Filha, vamos à rua.
E tu ensonada perguntaste:
- Hoje?
- Sim, filha... hoje... isto se calhar só acontece uma vez na vida!
- Mas, agora?
- Sim, vamos vestir-nos.

Esperámos pelo apito final, abrimos as janelas para ouvir o som da vitória, trocámos de roupa e fomos para a rua festejar!

Espero que tenham sempre as duas muitos motivos para festejar na vida, pelo futebol e por muitas outras coisas.


quarta-feira, 6 de julho de 2016

M e n i n a !

Chegou finalmente o dia da ecografia!


Finalmente íamos saber se és um menino ou uma menina. E tal como na ecografia da mana Francisca, toda aquela ansiedade de se saber o sexo do bebé foi absorvida pela vontade de te ver no ecrã e saber que tudo está bem e no sítio correto, que o coração e restantes órgãos estão bem, que as medidas estão normais, etc.

O diálogo do Dr. Relvas foi igual àquele que tivemos há 3 anos e meio: 
- Já sabem o que é? Querem saber? 
E quando ouvimos “é uma menina” sorrimos e rimos. Mais uma menina. Tal como a Francisca desejava! 

Voltem os coeiros, os babygrows amorosos de golinha, os laços minúsculos, as touquinhas. Estimem-se os laços grandes, os vestidos e túnicas, os sapatos da mana…. os Nenucos e as Barbies. 

Venha o próximo desafio… a escolha do nome! 

PS: Tudo estava dentro da normalidade na ecografia e tu bebé estavas a chuchar no dedo. Quando contei à mana Francisca que eras uma menina ela ficou muito, muito feliz! Chegou à escola e contou a toda a gente: «vou ter uma mana!»

terça-feira, 5 de julho de 2016

São 19:48.
Cheguei há pouco a casa, tenho um bebé a pontapear-me a barriga e decidi deitar-me no sofá por 5m e após 3 birras "daquelas". Uma para sair da escola, outra para implicar com a avó e outra porque não admites que eu possa estar triste contigo e me obrigues a dar-te milhares de beijos e a ir brincar contigo depois de tudo isto.
Estou de rastos. Não tenho energia.
Nem tive tempo de terminar este desabafo nas notas do telemóvel, vens a correr de lágrimas escorridas no rosto a chamar por mim. Abraças-me no sofá, fazes-me festinhas e o bebé dá ainda mais pontapés. Ponho a tua mão na minha barriga e quase que tenho a certeza que os estás a sentir porque os pontapés são muito fortes.
Já tenho mais energia.
Mas continuo de rastos...

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Birras

Quando parece que já sabemos “tutear” as birras, aparece sempre uma que nos leva as forças todas. Foi assim num dia da semana passada, repetiu-se hoje. 

Elas surgem quando menos esperamos e por vezes não conseguimos detetar qual foi o reagente que deu origem a tamanha explosão. Se há alturas que um abrir de olhos e fazer cara de má é suficiente, há outras em que nem uma palmada consegue controlar. Se há momentos em que um miminho grande e um “Vamos respirar fundo e contar até dez” resultam na perfeição, há outros em que o resultado dessa estratégia se traduz num processo de raiva ainda maior. No fundo a solução passa sempre por desdramatizar e pensar que existem coisas piores e que as birras (felizmente) são passageiras, ainda que existam horas que parecem dias.

O motivo hoje não duvido que fosse o sono que tinhas, mas traduziu-se em:
- Mãe quero levar aquela camisola rosa de capuz!! Quero!! – enquanto as lágrimas escorriam pela cara. 
Importa referir que querias uma camisola de pelo polar e além de ser verão estão cerca de 40 graus durante o dia. 

Traduziu-se na birra matinal mais famosa: 
- Mãaaeeeee não tiras o pijamaaaaa! Vai-te vestir!! Vai-te vestir! Para brincar comigo! – e toca de aparecer com as mãozinhas no ar pronta a bater na mãe. 

Traduziu-se no já célebre:
- Não quero o pai!

E traduziu-se ainda no facto de não quereres calçar nada a não ser os sapatos novos que comprámos ontem para levares ao batizado do Francisco.

E é difícil de negociar, é difícil de te mostrar que o castigo que te vou dar esta noite pode ser alargado para uma semana… afinal que noção tens tu, do que significa uma semana? Ou melhor que noção tens tu das consequências da tua birra esta noite. O que te interessa sempre é o momento a curto prazo. O que tu queres agora. OS castigos não tem efeitos antes de os darmos, mas sim nos momentos ou dias que se seguem.
Quando te acalmas, entendes quase sempre que passaste dos limites, “cresces uns anos” e falas connosco de outra forma, muitas vezes a tentar explicar o que aconteceu. Hoje pediste que o pai te desse colo até à escola e disseste sem falar à bebé: “Sabes pai, eu só queria levar estes sapatos porque são brilhantes e eu tenho mesmo que mostrar à Margarida”.

Teni

Apresento-vos o Teni:























Este Ken era meu, ofereceu-me o tio Manel. Gostas muito de brincar com ele no banho e apesar de falares corretamente, o Ken foi sempre o "Teni" e até nós já nem hesitamos em chamá-lo dessa forma.




segunda-feira, 27 de junho de 2016

Baby girl? Baby boy?

É escusado, não te queres revelar até ao dia oficial da ecografia morfológica. Já estou a começar a ficar preocupada que sejas teimoso(a) como a tua mana. Ontem fomos experimentar a experiência gratuita de uma eco 4d no Fórum Montijo, que afinal não era mais do que aquilo que já vemos/temos habitualmente quando visitamos a Clínica do Dr. Relvas. Apesar da curta duração e de não termos conseguido que te colocasses numa posição favorável para descobrirmos se és um menino ou uma menina, é sempre bom apreciar os teus movimentos, a forma como levaste a mãe à boca e de como nos parecia que estavas a chuchar no dedo. Não estavas agitado, como muitas vezes estás, mas estavas ativo.

Os pontapés que começaram a ser sentidos com mais intensidade há umas semanas atrás, agora são muito maiores e várias vezes por dia. E hoje pela primeira vez levei um daqueles pontapés (ou socos) bem grandes… e pensar que ainda só tens umas 300g e uns 25 cm.
Tenho passado bem, desde que os sacanas dos enjoos se foram embora, mas este “bem” nem se assemelha à primeira gravidez. Normalmente sinto-me cansada e não consigo fazer grandes esforços sem ter que me ir sentar ou deitar. Não me recordo como foi na altura com a Francisca, mas desde muito cedo que sinto contrações diariamente, na maior parte dos dias apenas uma ou duas. Noutros dias sinto mais contrações, mas todas elas em alturas diferentes do dia, o que me levam a crer que é apenas o corpo a preparar-se para o que aí vem. A natureza é fantástica e o corpo humano é mesmo mágico!

terça-feira, 14 de junho de 2016

Rapazolas (ou rapariguinha) estou feliz da vida por te poder sentir todos os dias finalmente e de saborear aqueles mini-pontapés. Estava mesmo ansiosa para que começasse esta fase. Na primeira gravidez creio que foi o momento em que senti que estava realmente grávida. Agora confesso que me sinto grávida todos os dias... tudo aquilo que eu não sentia há 3 anos e meio atrás, sinto agora: contrações, cansaço absurdo, sono, incómodo com o calor, hormonas aos saltos, falta de vontade de comer alguns alimentos (e até doces... Chocolates, imagine-se!!). Já sabia que não ia ter uma gravidez igual à primeira. O essencial é que em termos de saúde para mim e para ti, seja exatamente idêntica à gravidez da Kikinha. 

As pessoas comentam que desta vez é um rapaz. Quer dizer, existem dois grupos de pessoas: as que comentam que deve ser um menino só porque era giro; e um outro grupo que comenta que deve ser um rapaz porque a barriga agora tem formato XPTO e na da Francisca tinha um formato diferente (eu não me lembro como era a barriga, mas há quem tenha uma memória de elefante), ou porque a minha cara agora tem manchas, ou porque dantes eu era mais doces, agora é mais salgados. E eu não tenho pachorra para aturar estes comentários, nem adivinhações do teu sexo. Sacanas das hormonas que só me dão vontade de mandar toda a gente dar uma volta quando vem à baila as teorias do aspeto da mãe ou das tabelas chinesas para adivinhar o sexo do bebé. Também há pessoas “simpáticas” a acharem a minha cara mais feia, pelo que pode ser uma rapariga a “roubar a beleza à mãe.

Ainda falta quase um mês para saber. A Francisca chama-te mano, desde que sabe da tua existência, mas no último mês já diz que quer uma menina em vez de um menino. No fundo ela não tem qualquer preferência… ela quer um bebé, um(a) mano(a). Não há nenhum dia em que ela não tente falar contigo ou dar-te beijinhos através da barriga. Como mãe, não posso pedir uma imagem mais bonita que essa.
Rapazolas (ou rapariguinha) estou feliz da vida por te poder sentir todos os dias finalmente e de saborear aqueles mini-pontapés. Estava mesmo ansiosa para que começasse esta fase. Na primeira gravidez creio que foi o momento em que senti que estava realmente grávida. Agora confesso que me sinto grávida todos os dias... tudo aquilo que eu não sentia há 3 anos e meio atrás, sinto agora: contrações, cansaço absurdo, sono, incómodo com o calor, hormonas aos saltos, falta de vontade de comer alguns alimentos (e até doces... Chocolates, imagine-se!!). Já sabia que não ia ter uma gravidez igual à primeira. O essencial é que em termos de saúde para mim e para ti, seja exatamente idêntica à gravidez da Kikinha.


As pessoas comentam que desta vez é um rapaz. Quer dizer, existem dois grupos de pessoas: as que comentam que deve ser um menino só porque era giro; e um outro grupo que comenta que deve ser um rapaz porque a barriga agora tem formato XPTO e na da Francisca tinha um formato diferente (eu não me lembro como era a barriga, mas há quem tenha uma memória de elefante), ou porque a minha cara agora tem manchas, ou porque dantes eu era mais doces, agora é mais salgados. E eu não tenho pachorra para aturar estes comentários, nem adivinhações do teu sexo. Sacanas das hormonas que só me dão vontade de mandar toda a gente dar uma volta quando vem à baila as teorias do aspeto da mãe ou das tabelas chinesas para adivinhar o sexo do bebé. 
Também há pessoas “simpáticas” a acharem a minha cara mais feia, pelo que pode ser uma rapariga a “roubar a beleza à mãe.

Ainda falta quase um mês para saber. A Francisca chama-te mano, desde que sabe da tua existência, mas no último mês já diz que quer uma menina em vez de um menino. No fundo ela não tem qualquer preferência… ela quer um bebé, um(a) mano(a). Não há nenhum dia em que ela não tente falar contigo ou dar-te beijinhos através da barriga. Como mãe, não posso pedir uma imagem mais bonita que essa.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cristório

Hoje enquanto comentaste que tinhas saudades do avô, disseste-me que também tinhas muitas saudades de estar com ele no "cristório" (leia-se "escritório".

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O momento em que soubeste da novidade

Ontem foi o dia da 1ª ecografia d@ man@.

Apesar disso não decidimos que seria o dia que te iríamos contar a novidade. Ficaste com a avó durante o dia e não foste à escola e brincaste muito! Foste à biblioteca, à praça, ao parque e foste buscar a prima Luísa à escola. A avó disse-te que talvez tivéssemos uma surpresa para ti.
No final da noite quando nos preparávamos para ir para casa, o tema da surpresa voltou e sem saber como começaste a falar do mano, como falas quase todos os dias mesmo sem desconfiar que já está na minha barriga. De repente os teus olhos começam a brilhar, fazes um sorriso enorme e perguntaste-me:
- O pai já pôs o mano na barriga, mãe? Já?
E quando eu disse sim, tu começaste a rir muito, a sorrir muito, a abraçar a minha barriga e a dar muitos beijinhos. Ficaste tão feliz! Estás tão feliz!


Hoje de manhã quando te preparavas para a 1ª birra matinal (é verdade, elas ainda existem e teimam em não ir embora) o pai recordou-te que ias ter um mano e voltaste a colocar aquele sorriso maravilhoso na cara e a birra foi-se embora.

A 2ª gravidez!

Olá bebé,

Desta vez não me vou dirigir para ti como um menino, ainda me parece estranho quando leio os primeiros posts do blogue e verifico que tratei sempre a Francisca como um menino, porque tinha a certeza que era um menino. Desta vez não me arrisco. Ainda assim, agora é que acho mesmo que és um menino, mas não contes a ninguém.

Dizem que não há uma gravidez igual a outra, mas é inevitável estabelecer comparações entre a tua gravidez e a da mana Francisca. 
- Enjoos? O dobro ou o triplo dos que tive! Ainda assim sem recurso a medicamentos, que a mãe é forte! Começaram na 6ª semana e não na 8ª como foi na primeira vez, mas estou cheia de esperança que também desapareçam antes. São mais intensos e até à semana passada apareciam ao longo do dia e não só no período da manhã.
- Tamanho da barriga? Às 8 semanas já parecia uma barriga de 12 semanas, mesmo assim ainda consigo disfarçar.
- Hormonas? Confesso que estão um bocadinho tontinhas... na gravidez da Francisca tirando os enjoos matinais sentia-me exatamente na mesma. Sem qualquer outro sintoma. Desta vez, quando fiz o teste já tinha o peito com uma sensibilidade assustadora, um mau feitio de fugir e tudo o que "vem nos livros"
Até há pouco tempo sentia-me "doente" quase todos os dias, especialmente ao acordar e ao anoitecer. Agora acho que os sintomas estão a melhorar.

Conhecemos-te ontem bebé. E da mesma forma que olhámos para a Francisca às 12 semanas, olhámos para aquele ecrã com um sorriso na cara, enquanto te observávamos com quase 10 semanas a movimentares as tuas pernocas e bracinhos. É incrível como é que a tecnologia melhorou em 3 anos! Estava à espera de ver uma mancha no ecrã e de ouvir um coração acelerado e acabámos por ter uma imagem nítida de ti, apesar do teu corpo ainda não estar bem formado. 

Regressamos à ecografia na primeira semana de maio e estamos ansiosos que chegue esse dia.

Esta é a VOSSA história

Hoje começo da mesma forma que há 3 anos e meio atrás comecei, quando entrei no blogger decidida a falar para ti. Quando pensei nesta página como um baú de recordações que serviria de prenda para ti quando crescesses e de prenda para mim, para recordar os momentos tão bons que tivemos juntos e todos aqueles que ainda vamos ter.

Mas hoje... dirijo-me aos dois. A ti e a(o) man@. Esta continua a ser a tua história, mas vamos adicionar-lhe uma segunda parte, a parte que completa a nossa vida a quatro. Esta é a nossa história. Esta é a VOSSA história.

domingo, 3 de abril de 2016

O pai não é uma princesa

O pai trauteia a música do Frozen para te agradar e tu nos teus modos bruscos, franzes as sobrancelhas olhas para o pai e dizes:
- Xiu pai, não cantas!
- Porquê? - perguntou o pai.
- Porque tu não és nenhuma princesa!

Depois de nos rirmos, o pai decidiu colocar a tiara na cabeça, não estou certa que lhe tenhas achado muita graça...

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Objetivos enquanto "mãe solteira"

Ao longo deste mês e meio que o pai está fora foram vários os objetivos que me propus enquanto tua mãe. Alguns sabia logo desde o inicio que seriam tão difíceis de concretizar que talvez não me esforcei o suficiente ou não dei importância. Outros, acho que foram superados. Existem ainda outros que são a médio prazo que já comecei a trabalhá-los mas sei que ainda vão durar algum tempo.

1) A questão da aparente regressão que tiveste (ver aqui) quando o pai se foi embora
Agora que já passou um mês parece-me que se tratou mesmo dum protesto à viagem do pai para longe. Nessa semana houve vários chichis na cama, mas depois optei por colocar uma fralda e quinze dias depois sem a teres sujado uma única vez, voltei a tirá-la e até agora não houve descuidos e já passou quase um mês

2) Ainda a questão da aparente regressão, mas no que respeita ao bacio (ver aqui)
A época do estarmos descansados todos os dias assim que acordamos porque vais logo ao teu bacio, já ficou para trás e não me parece que tão cedo possamos declarar vitória a essa guerra. No entanto, parece-me que a batalha da preocupação e da ansiedade foram ultrapassadas. A tua educadora e auxiliar avisam-me sempre que tratas do cócó na escola e eu tento ir controlando os dias que não fazes, sempre sem tocar muito no assunto ou sem mostrar qualquer tipo de preocupação. É claro que agora já o fazes em qualquer local, uma das últimas vezes foi no centro comercial. Mas felizmente em casa, já não é no bacio, é só na sanita. Portanto esse objetivo foi cumprido.

3) Pequeno-almoço na mesa da cozinha
Nas primeiras semanas sem o pai e até mesmo na época de natal tivemos o mau hábito de te dar o pequeno-almoço na sala e de te vestir enquanto vias tv. Para mim que estou sozinha é muito cómodo, porque fazes menos birras e estás distraída na sala a ver tv enquanto me preparo para sair de casa, mas não estava a gostar deste mau hábito. Na semana passada com muita calma ao fim-de-semana consegui mudá-lo e tiveste toda a semana a tomar o pequeno-almoço comigo na cozinha e a vestires-te no quarto e depois sim, foste ver tv ou mexer no tablet enquanto eu me despachava.

4) Dormir na tua cama 
Podia ter caído na tentação durante estas ausências do pai em deitar-te na minha cama ao meu lado, mas foste todas as noites para a tua caminha. Ainda que praticamente em todas elas me chamaste durante a noite para ires para a minha cama. Não consigo obrigar-te a dormir uma noite inteira na tua cama e se calhar também não quero. A meio da noite vou buscar-te e nem chegamos a estar acordadas 1m, é só ouvir-te chamares o meu nome, agarrar em ti, por-te na minha cama e dormir. É prático, faz-me descansar e por isso não sei se estou preparada para grandes métodos.

5) Gostar de tomar banho
É um facto desde que deixaste de ser bebezinha começaste a odiar o banho. Por ti nunca é dia de tomar banho. Tentei mudar este aspeto com a ajuda da espuma e a missão foi superada! Ainda não pedes para tomar banho todos os dias ao chegar a casa, mas cada vez que falo no assunto, basta lembrar-te da espuma que ficas logo muito contente e aceitas tomar banho sem nos chatearmos.

6) Tolerar birras e ultrapassá-las -  aprender a viver com elas
Depois de 2 ou 3 semanas infernais todas as manhãs, aprendi a gerir as birras de outra forma e se calhar tu também acabaste por crescer. Ou então, elas ficaram mais intensas com a partida do pai para o Peru, se bem que no Natal enquanto estávamos os 3 elas eram igualmente intensas.
Tento ser muito mais calma nessa altura e por em prática algumas dicas de Mindfulness que ando a ler. Tento abordar a questão de várias maneiras. Mas desengane-se quem achar que encontrei a fórmula da paz. Isto só está a resultar porque há um conjunto de fatores que o tornam mais fácil. Basta estarmos num dia com menos paciência que coincida com uma Francisca aborrecida com tudo e todos e sem qualquer tipo de vontade de me escutar e tudo vai por água abaixo, Por enquanto, nas últimas semanas houve paz.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

2 anos e 8 meses de ti!

  • Já não fazes birras todos os dias, apesar de me parecer que todos os dias tentas iniciar uma nova...
  • Quando acordas dizes: "Já é di dia? Bom dia mãããaaeeee!" (Dizes apenas mãe porque o papá não está em casa há um mês...)
  • Gostas muito de ver o Frozen na televisão, especialmente a parte das músicas "Já passou" e "Vem fazer bonecos de neve!Também gostas muito de ver a Cinderela de 1950, há dias que vemos o filme de dura hora e meia, mais que uma vez! (ninguém merece).
  • Continuas a adorar fazer plasticina e a brincar com os presentes que recebeste no natal quase todos os dias. Especialmente a fábrica de plasticinas da porquinha Peppa. 
  • Continuas a gostar de ver a porquinha Peppa na tv, mas gostas mais de dizer o nome com sotaque inglês "Peppa Pig"
  • Já sabes dizer os números em inglês (foi o YouTube que te ensinou), apesar de saltares quase sempre do three (que dizes com tanta pronúncia) para o five... e depois do six, inventas umas palavras com sotaque inglês até que dizes "ten".
  • Gostas de validar as escolhas de roupa que tenho para ti todas as manhãs e já houve um dia que tive que trocar o vestido que te tinha colocado por uma swet da GAP e umas calças de ganga.
  • Sempre que digo que não podes fazer algo porque já és grande, como por exemplo, estar de chucha fora do horários das sestas respondes com convicção: "Eu não xou gandi, eu xou pequenina, eu ainda não podi pintar as unhas".
  • Adoras comer tudo! E conheceste o prazer de comer chocolates há pouco tempo. Hoje em dia pedes quase todos os dias um pedacinho minúsculo de ovo Kinder.
  • Já não levantas a mão para bater quando estás zangada e contrariada e repetes como te ensinaram na escola que as mãos não são para bater.
  • Dormes sestas gigantes ao fim-de-semana, ao domingo adoras dormir 3h
  • Gostas muito dos teus Nenucos e a tua boneca favorita é a Matilde I, a única que não é um Nenuco e que está completamente sujinha porque anda sempre a ser arrastada no chão.
  • Adoras banhos de espuma e gostas de partilhá-lo com o "Teni" (Ken)
  • Adoras a prima Luísa e a tua amiga Mafalda, apesar de ela já não andar na mesma escola que tu desde agosto.
  • Gostas muito de pintar com pincéis.

Gosto cada vez mais de ti.


sábado, 30 de janeiro de 2016

- Mamã tu hoje não vais tabalhar?
- Não.
- E eu não vou pá' cola?
- Não.
- Tou tão feliz!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

As saudades do pai

Nos últimos dias não tens estado bem, não sei se se pode dizer que estás doente. Tiveste, na semana que passou, febre durante a noite que com o amanhecer passava sem recurso a antipiréticos. Mas tens estado mais carente e mais sonolenta. Apesar de tudo ontem passámos uma manhã fantástica às compras no supermercado. A tua boa disposição e os carinhos que trocas comigo compensam qualquer período de birras que tenhas passado há umas semanas ou os que ainda iremos passar.
Ontem adormeci-te com muita dificuldade, não tinhas sono, mas querias estar deitada e se possível comigo ao lado. Quando finalmente te consegui deixar sozinha na cama a dormir, passados poucos minutos ouvi-te a choramingar e fui até ao quarto, e quando pensava que me ias pedir para vir dormir para a minha cama disseste: - Mãe eu pexijo do pai! (“Mãe, eu preciso do pai”)

Não tenho palavras para comentar isto. Não demonstras umas saudades imensas do pai, nem queres falar com ele no telefone, mas as tuas atitudes e a tua carência de afetos, às vezes traduzem-se nestas frases, que me derrubam.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tou farta de estar bem, vou desistir do cócó... (Alerta post de cócós)

O pai está na 2ª missão no Peru, partiu ainda não fez uma semana e regressa de hoje a um mês. A mãe lida com uma média de 3 birras diárias, sendo que não é qualquer choro que é considerado birra. Não creio que haja uma ligação direta entre a ausência do pai e a tua arte de fazer birras, penso que se ele estivesse cá seria quase a mesma coisa. Tem a ver com a idade dizem…
Nesta fase as birras são o que menos me preocupa, nos últimos 10 dias fizeste mais vezes xixi na cama do que nos últimos 5 meses. E aparentemente não há razão. Ontem por exemplo fizeste antes de dormir, acordaste-me às 4h porque querias fazer e quando te deitei na minha cama a essa hora passado pouco tempo voltaste a fazer. Não sei se serão sonhos, não entendo esta regressão.
De repente, após o Natal criou-se toda uma aversão a qualquer assunto que tenha a ver com o bacio. O bacio já não faz parte da rotina. Tornou-se aquele tema chato que a mãe tenta impor todos os dias quando acordas. Já não és tu que te queres levantar às 7h para ires ao bacio e iniciares um novo dia. Já sou eu que te tiro a ferros da cama, depois de muita negociação, mimo e palavras tortas tuas e depois te tento impor o bacio, com mais negociação à mistura.
O tema é complexo, não duvides.

Para quem queira saber mais de obstipação funcional / retenção fecal propositada ou algo do género, vale a pena ler o que vem a seguir. Não há soluções, mas este é um relato de desespero de uma mãe.

  1. praticamente desde que nasceste que o assunto cócó não é tema para nós – até aos 10 meses fazias na fralda praticamente todos os dias e sem recurso a bébé gel e coisas desse tipo; perto dos 12 meses começaste a “despachar o assunto” todas as manhãs ao acordar no bacio enquanto brincavas
  2. Estivemos quase 15 dias de férias de Natal e as nossas rotinas foram alteradas, a partir do dia 25 apareceram no teu quarto todo um conjunto de brinquedos novos, que te fazia querer acordar e ir logo brincar sem parar sequer para fazer chichi. Nós deixámos um dia, deixámos no seguinte e começaste a criar este hábito parvo. Depois começámos a pedir-te que fosses para o bacio e tu negavas sempre, quando ias já era após 3 dias de insistência e recurso a um clister e fazias sem qualquer tipo de dificuldade. Já nos tinhas apercebido que o problema não era a dor, era psicológico, não estás para isto.
  3. Já percebemos que insistir é bem pior e não traz resultados, mas todas estas teorias vão por água abaixo quando percebemos que já passaram 3 ou 4 dias e que aí sim podes criar um problema sério, ou porque te vai passar a doer e aí vais ter razões para detestar este momento, ou porque podes adoecer (não sei se isto é verdade, mas tenho este medo, parece-me que estás farta de estar bem.) Portanto essa história de não mostrarmos ansiedade ou preocupação é muito bonita, mas há momentos que não resulta.
  4. Podíamos aproveitar esta altura para te habituar à sanita e largar o bacio de uma vez por todas.
Tenho confiança no meu trabalho e no trabalho das educadoras e tenho muita esperança que este tema seja algo que se vai resolver muito em breve.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Se por cada vez que fazes uma grande birra te contasse, acho que teria que escrever posts todos os dias.
Por outro lado se por cada vez que me surpreendes com a tua inteligência te contasse, também escreveria posts todos os dias.

Digamos que a balança entre o teu feitio peculiar (e “rabiteso” – adoro esta palavra) e a tua capacidade de sorrir, cantar, falar como um adulto está numa linha horizontal.