domingo, 22 de junho de 2014

Viajar de avião com um bebé de 12 meses

E que tal? Como é viajar com um bebé de 12 meses pela primeira vez de avião?

A viagem correu de uma forma quase, quase perfeita. É verdade que é mais chato estar na fila para deixar a bagagem com uma criança que não quer estar parada, mas como os avós foram connosco até ao aeroporto, distraíram-te enquanto nós estávamos na fila. 

Primeiro ponto: o carro que iremos transportar até ao avião tem de ir connosco até ao balcão do check-in para levar um daqueles autocolantes. Este facto parece óbvio, mas teve de ser o rapaz da easyJet a perguntar-nos se levávamos algum carrinho de bebé porque nós desconhecíamos este ponto e tu andavas a passear pelo Terminal 2 com o avô. 

Segundo ponto: consoante a hora da viagem é importante pensar bem na questão da alimentação. Como acreditei que fosses mamar quando descolássemos queria apenas dar-te uma refeição ligeira antes de entrarmos para o avião. Esqueci-me das regras ridículas de segurança do aeroporto e que carregar um bebé numa viagem pode revelar-se quase tão perigoso como carregar uma bomba. Como és uma bebé gulosa, pensei em transportar alguns boiões de comida e fruta para te dar no avião, caso fosse necessário. Eu que sou tão cuidadosa com estas regras absurdas e que até costumo por tudo num saquinho transparente e repetir a dosagem a quem me pergunta cem vezes, desta vez esqueci-me que um dos teus boiões (aquele que eu estava a guardar para o avião) tinha mais de 100ml. E antes de passarmos pelos seguranças fui perguntar a uma pessoa da companhia se no caso dos bebés não haviam regras especiais. Claro que não!! Bebés?! Esses presumíveis terroristas de cara fofinha, nem pensar!! Tive que te dar o boião antes de passarmos pela segurança, como seria de esperar não te preocupaste nada e até foi bom dado o "estrafego" que levámos depois dos seguranças.... Mamã tira as sandálias de cunha, papá descalça os ténis, tira a bebé do carro, coloca a bebé no carro, tira o cinto, põe cinto, apalpa a mãe, o pai e a filha e voilá! Finalmente podemos ir para Nice. 

Terceiro ponto: o lugar no avião. Quando soubemos que a easyJet nos tinha colocado nos últimos lugares no avião ficámos logo aborrecidos  tratamos de falar com a nossa cunha para alterarmos o lugar. Ao chegar ao avião e apercebermo-nos que o lugar é super tranquilo, que afinal (também) dá para ver o céu e a paisagem pela janela e que na maioria das vezes até saímos pela porta da parte de trás do avião, aquele lugar que abominávamos antes de ter filhos passou a ser o melhor lugar no avião. Ao ponto de irmos falar com a hospedeira e dizer-lhe que não era necessário trocar de lugar.

Quarto ponto: Se os bebés ainda mamarem, é de todo recomendável que o façam quando o avião descola e quando aterra por causa da pressão nos ouvidos. É claro que tu, que nunca tinhas negado maminha a nenhuma hora do dia, resolveste negar quando nos avisaram que íamos descolar. Insisti, insisti e depois desisti. Coloquei-te a chucha na boa para que o efeito da pressão nos teus ouvidos fosse o menor possível. Adormeceste logo em seguida, ainda estávamos a descolar. 

Quinto ponto: Se todos os sites que consultámos, Accu Weather e outras apps dizem que está a chover no destino, normalmente... está mesmo a chover no destino. Apesar do sorriso de turista apaixonada, foi impossível disfarçar a tristeza que senti quando vi a Côte D'Azur parecia uma Côte Gris, dado que com o céu negro e a chuva o mar estava feio, cinzento.

Chegámos uma hora depois do combinado à casa do Jeremie e da Arielle, uma casa simples num condomínio privado a um quarteirão da costa de Cagnes-sur-Mer. Fomos às compras ao marché Casino e enfiámo-nos em casa que chovia a potes.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A primeira (grande) viagem

Há cerca de um mês atrás já estava mais do que decidido e sem hipóteses de recurso que as férias seriam algures na costa espanhola, talvez na Andaluzia... ainda com alguma chance de conseguir negociar com o pai a zona de Alicante (que é mais longe, mas que não dominamos tão bem). Feitas as contas e depois daquela conversa de avós de que temos a vida pela frente e não precisamos de gozar já tudo, que devemos pensar em ti e escolher uma casa em frente à praia, que as férias de andar de mochilas às costas para trás e para frente já terminaram... adormeci a pensar no absurdo que é fazer umas férias contigo que não são bem aquilo que eu queria, ainda que fossem no país em que me sinto em casa e onde sou tão, tão feliz!

Quando acordei disse ao papá «e se fossemos até ao sul de França de avião e alugássemos um carro para conhecer aquela zona? É verdade que combinámos pensar numas férias deste género para o ano, mas sabemos lá como vai ser o próximo ano. Agora temos saúde, nós e os nossos, temos dinheiro, temos disposição... é agora que devemos ir». O pai aceitou a sugestão e decidimos focar as nossas pesquisas em apartamentos perto de Nice. 

Se o que mais gosto de fazer na vida é conhecer outras culturas e viajar de "mochila às costas" porque não partilhar este amor contigo? 
Partilhar "já" este amor contigo? Sim, para que nos vejas felizes, porque ainda que nos baste estar contigo para estar felizes, a viajar ficamos completos. Se depois temos que ajustar ou não a viagem, fazendo trajetos mais curtos, escolhendo restaurantes mais tradicionais, optando pelas ruas mais seguras, isso fica para decidirmos depois os "três". Por agora há que planear a viagem, os sítios que gostaríamos conhecer. O trajeto, esse decidimos no momento tal como fazíamos antes de nasceres. Vais perceber um dia Francisca, que viajar assim sem caminhos definidos é algo mágico e que mesmo quando as coisas não correm tão bem há uma história para contar aos amigos e umas gargalhadas quando recordamos o que nos aconteceu.

(Esta semana já estamos de férias e tens tido alguns episódios de febre, acreditamos que dos dentes. Não duvido que os ares mediterrâneos te vão fazer bem. Está quase meu amor.)


segunda-feira, 2 de junho de 2014

1 ANO de ti

… e uma paixão que parece que cresce a cada dia. Um ano de gratidão por tudo o que a vida me ofereceu, pela saúde dos que estão comigo, pela tua perfeição, pelos sorrisos que nos dás.

Um ano de um amor que parece infinito. 

A tua festa correu exactamente da forma como tinha planeado, à excepção das fotografias que deveriam ter sido muito mais. (Tinha planeado tirar-te uma foto com todos os convidados, vê lá do que te safaste!)
Estava tudo disposto da forma que tinha pensado e tu estavas com uma energia e simpatia contagiantes. Estavas igual a ti própria, no teu espaço, a brincar com todos os novos brinquedos e com os bebés que vieram festejar connosco. Éramos 32 adultos e 9 crianças.
Recebeste tantas prendas e creio que ainda só viste metade delas. Desde o cavalinho que ofereceu a titi Érica, ao carro que ofereceu a Susi, ao jogo de cubos que ofereceu a Babá, à casinha para colocar formas que ofereceu o Nuno Duarte, ao baldinho de praia da Madalena e às outras (muitas) prendas que neste momento se encontram espalhadas no chão do teu quarto… só coisas giras que trazem mais cor e alegria à nossa casa.

De um momento para o outro passaste a querer estar mais tempo de pé, a querer andar de um lado para o outro, a movimentares-te sozinha em pé agarrada às coisas. Quase como se fosse preciso fazer um ano para começares a andar. Mudaste tanto nos últimos dois dias… tanto! Sinto que vais começar a andar dentro de pouco, quando ainda na semana passada me parecia que ia demorar meses. Dizes “já tá” inúmeras vezes, gostas muito de carros, adoras animais e livros, adoras dançar ao som de qualquer música.

És feliz e eu sou feliz por isso.