domingo, 27 de outubro de 2013

Amor incondicional

Aquela história do amor incondicional, aqueles exageros todos à volta da palavra mãe, aquela situação de gritarmos ao mundo que o nosso filho é o mais lindo do mundo, confere. É TUDO verdade!
Ainda há pouco enquanto te dava a última maminha da noite estava a olhar para ti, completamente apaixonada e a pensar que vais crescer, num instante. E que ao mesmo tempo o teu crescimento me fascina e me dá medo por passar tão depressa. Quero aproveitar tudo! Cada segundo! Cada gritinho de alegria! Cada gargalhada!
És uma bebé fantástica! És minha! 
Estou................. apaixonada!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quarta-feira, 9 de Outubro, 8h00 – Saímos de casa e nem me fui despedir de ti ao quarto. A avó já estava lá em casa, pronta a tomar conta de ti.
Quando fechei a porta de casa senti umas lágrimas a dirigirem-se ao canto do olho, respirei fundo e no elevador fiz um esforço por não me emocionar. Quando pensava naquela situação nem sequer me sentia triste então porque havia de chorar. A meio do caminho, ao passar nos campos das Lezírias, perguntei ao pai: «Se ainda não chorei até agora, provavelmente já não vou chorar, não é?». E mal acabei de dizer isto emocionei-me a pensar na tua cara e deixei cair umas lágrimas. O primeiro dia de trabalho foi fácil, organizar e planear trabalho, afinal estar mais de 4 meses fora do trabalho faz com que não hajam assuntos pendentes de resolução e com que comecemos do zero e isso é tão bom num trabalho como o meu. É bom cair naquela ilusão de que “agora é que é, vou ser mais organizada que nunca”! 
Quando cheguei à casa da avó, ao final do dia, estavas a dormir e tivemos que esperar para te dar um abraço. Quando me viste não sorriste, nem choraste… acho até que viraste a cara! Não há dúvida que não estava à espera daquela recepção, mas ainda és tão pequenina!

Nos outros dias que se seguiram reagiste quase da mesma forma, ainda que já comeces a sorrir quando nos vês ao final do dia e a avó diz que ficas triste e resmungona às 18h porque tens saudades minhas. Não sei se acredite nisso, acho que só me diz para que eu me sinta bem.
O fim-de-semana passado teve sem sombra de dúvida um outro sabor, passou depressa e tentei aproveitar-te ao máximo. Confesso que estou a gostar de regressar ao trabalho apesar de ao mesmo tempo querer abraçar-te a toda a hora, mas há tempo para tudo e nada tem o sabor daquele abracinho no final da tarde.
A questão da amamentação tem estado a correr muito bem até agora. Extraio o leite suficiente para beberes no dia seguinte e segundo me contaram tanto gostas do teu biberão quando eu não estou como gostas de mamar quando eu chego a casa. A mãe é que anda cansada com todo este ritmo! Ainda por cima agora é a grande cozinheira lá de casa com ajuda da nossa Bimby. Para além disso, eu e o pai assumimos o compromisso de sermos mais organizados na nossa casinha. Resumindo entre 5 extrações de leite por dia, 4 momentos de amamentação contigo, o teu banhinho, o jantar, lavar e estender roupa é difícil ter tempo para respirar.
Mas vale a pena Francisca... tu vales a pena.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Amanhã é o primeiro dia do resto das nossas vidas

Estou a menos de 10h de começar a trabalhar e de colocar a primeira mudança nesta nossa viagem, que parecia estar em ponto morto há mais de quatro meses. E que bem que nós estávamos assim Francisca. Acordávamos e brincávamos tanto! Íamos passear TODOS os dias! E dávamos muitos miminhos uma a outra. A partir de hoje (e nos próximos anos) apenas iremos ter os fins-de-semana, feriados e férias para usufruirmos uma da outra e isso... dói. Não estou a chorar, como pensava que iria estar. Apetece-me voltar ao ativo e voltar a ter alguma liberdade, mas... dói. Tenho vontade de voltar a pensar um pouco mais em mim e em preocupar-me com o meu aspeto físico, mas... dói.
Amanhã iniciam-se as três semanas que vais estar com a avó e sei que não podias estar melhor entregue. Estou curiosa com a minha postura amanhã. Todos dizem que se chora muito e eu (aparentemente) até estou bastante calma. 
Neste amor, tal como em todos os outros, não me sais da cabeça e estou sempre a pensar em ti.

Aleitamento materno em exclusivo

Diz a OMS que «as crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar-se nenhum outro alimento complementar ou bebida.»
Confesso que desde que nasceste que sempre me senti à vontade com o tema da amamentação. Acho que tivemos sorte Francisca. Colocaram-te ao meu peito na sala de recobro e agarraste-te muito bem ao meu peito, a ambos! Desde esse dia, e contrariamente à vontade das sras. enfermeiras, sempre mamaste quando quiseste e não quando te impus. E continuou a correr bem.
Ontem foi dia de pediatra e mal entrámos no gabinete da Dra. T. e ouvi logo o primeiro elogio, que parecias uma bebé de 6 meses, pela tua postura, altura e peso. Quando a médica te despiu ainda ficou mais espantada com os teus 6.600kg e os muitos refegos que tens nas perninhas e braços. Segundo a pediatra, devemos continuar com o aleitamento materno em exclusivo até o leite começar a escassear. Ou seja, vou ter muita força de vontade para extrair o leite diariamente 3 vezes no trabalho, à noite antes de me deitar e depois de mamares logo pela manhã para ver se consigo reunir os 600ml necessário. A tarefa parece-me bastante dificil, primeiro porque à excepção da madrugada nunca consigo tirar mais do que 60ml-100ml, depois porque o ambiente do trabalho em nada de assemelha ao do meu sofá e também porque os meus hábitos irão mudar bastante. Mas há que ter esperança!
Ainda assim pedi à médica que me indicasse já como seria o inicio das sopas e papas para estar preparada para a próxima fase.

Agora todos os dias te ris à gargalhada.... que prazer ouvir-te!!