sábado, 30 de janeiro de 2016

- Mamã tu hoje não vais tabalhar?
- Não.
- E eu não vou pá' cola?
- Não.
- Tou tão feliz!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

As saudades do pai

Nos últimos dias não tens estado bem, não sei se se pode dizer que estás doente. Tiveste, na semana que passou, febre durante a noite que com o amanhecer passava sem recurso a antipiréticos. Mas tens estado mais carente e mais sonolenta. Apesar de tudo ontem passámos uma manhã fantástica às compras no supermercado. A tua boa disposição e os carinhos que trocas comigo compensam qualquer período de birras que tenhas passado há umas semanas ou os que ainda iremos passar.
Ontem adormeci-te com muita dificuldade, não tinhas sono, mas querias estar deitada e se possível comigo ao lado. Quando finalmente te consegui deixar sozinha na cama a dormir, passados poucos minutos ouvi-te a choramingar e fui até ao quarto, e quando pensava que me ias pedir para vir dormir para a minha cama disseste: - Mãe eu pexijo do pai! (“Mãe, eu preciso do pai”)

Não tenho palavras para comentar isto. Não demonstras umas saudades imensas do pai, nem queres falar com ele no telefone, mas as tuas atitudes e a tua carência de afetos, às vezes traduzem-se nestas frases, que me derrubam.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tou farta de estar bem, vou desistir do cócó... (Alerta post de cócós)

O pai está na 2ª missão no Peru, partiu ainda não fez uma semana e regressa de hoje a um mês. A mãe lida com uma média de 3 birras diárias, sendo que não é qualquer choro que é considerado birra. Não creio que haja uma ligação direta entre a ausência do pai e a tua arte de fazer birras, penso que se ele estivesse cá seria quase a mesma coisa. Tem a ver com a idade dizem…
Nesta fase as birras são o que menos me preocupa, nos últimos 10 dias fizeste mais vezes xixi na cama do que nos últimos 5 meses. E aparentemente não há razão. Ontem por exemplo fizeste antes de dormir, acordaste-me às 4h porque querias fazer e quando te deitei na minha cama a essa hora passado pouco tempo voltaste a fazer. Não sei se serão sonhos, não entendo esta regressão.
De repente, após o Natal criou-se toda uma aversão a qualquer assunto que tenha a ver com o bacio. O bacio já não faz parte da rotina. Tornou-se aquele tema chato que a mãe tenta impor todos os dias quando acordas. Já não és tu que te queres levantar às 7h para ires ao bacio e iniciares um novo dia. Já sou eu que te tiro a ferros da cama, depois de muita negociação, mimo e palavras tortas tuas e depois te tento impor o bacio, com mais negociação à mistura.
O tema é complexo, não duvides.

Para quem queira saber mais de obstipação funcional / retenção fecal propositada ou algo do género, vale a pena ler o que vem a seguir. Não há soluções, mas este é um relato de desespero de uma mãe.

  1. praticamente desde que nasceste que o assunto cócó não é tema para nós – até aos 10 meses fazias na fralda praticamente todos os dias e sem recurso a bébé gel e coisas desse tipo; perto dos 12 meses começaste a “despachar o assunto” todas as manhãs ao acordar no bacio enquanto brincavas
  2. Estivemos quase 15 dias de férias de Natal e as nossas rotinas foram alteradas, a partir do dia 25 apareceram no teu quarto todo um conjunto de brinquedos novos, que te fazia querer acordar e ir logo brincar sem parar sequer para fazer chichi. Nós deixámos um dia, deixámos no seguinte e começaste a criar este hábito parvo. Depois começámos a pedir-te que fosses para o bacio e tu negavas sempre, quando ias já era após 3 dias de insistência e recurso a um clister e fazias sem qualquer tipo de dificuldade. Já nos tinhas apercebido que o problema não era a dor, era psicológico, não estás para isto.
  3. Já percebemos que insistir é bem pior e não traz resultados, mas todas estas teorias vão por água abaixo quando percebemos que já passaram 3 ou 4 dias e que aí sim podes criar um problema sério, ou porque te vai passar a doer e aí vais ter razões para detestar este momento, ou porque podes adoecer (não sei se isto é verdade, mas tenho este medo, parece-me que estás farta de estar bem.) Portanto essa história de não mostrarmos ansiedade ou preocupação é muito bonita, mas há momentos que não resulta.
  4. Podíamos aproveitar esta altura para te habituar à sanita e largar o bacio de uma vez por todas.
Tenho confiança no meu trabalho e no trabalho das educadoras e tenho muita esperança que este tema seja algo que se vai resolver muito em breve.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Se por cada vez que fazes uma grande birra te contasse, acho que teria que escrever posts todos os dias.
Por outro lado se por cada vez que me surpreendes com a tua inteligência te contasse, também escreveria posts todos os dias.

Digamos que a balança entre o teu feitio peculiar (e “rabiteso” – adoro esta palavra) e a tua capacidade de sorrir, cantar, falar como um adulto está numa linha horizontal.