terça-feira, 27 de outubro de 2015

O antónimo de fácil

Tenho vindo a reparar que nos últimos dias, sempre que tentas fazer algo mais complicado, já substituíste o “na conxégui” pela expressão sofrida “é muito faxil… na conxégui”. Em todas essas vezes explico-te o que significa fácil e difícil. Repetes logo a frase “é muito difíxil”, mas passados uns dias voltas a dizer o mesmo.

Ontem estavas a jogar lego (no tablet) e não estavas a conseguir passar o nível lá disseste: “Mamã, na conxegui, é muito fácil”.

domingo, 25 de outubro de 2015

A primeira ausência do pai

O pai foi para Lima, capital do Peru, no voo das 7:45 da Iberia. Ficaste esta noite com os avós para que não te incomodássemos ao acordar antes das 5:00. 
Os sintomas nestes casos são comuns a todos aqueles que passam pelo mesmo. Há uma fase de negação que acontece nos dias que antecedem as últimas 24 horas, onde achamos que não nos vamos emocionar, que não vai custar nada, que “oh por amor de Deus, são só duas semanas”, uma fase que “não mata mas mói” nas últimas 22 horas que estamos juntos. E uma fase que pode durar mais que isso, mas que por norma ocorre 2 horas antes do voo e que tem um pico quando se deixa alguém perto da entrada para as portas de embarque. Aí já não se contêm as lágrimas Francisca. Aí já se tem saudades de quem se ama. As saudades começaram ontem à noite… ainda o papá dormia ao meu lado. As saudades começam sempre antes da partida.
Vai passar rápido meu amor, duas semanas a pintar com “águas amarelas” e a moldar plasticina passam a voar. Mas custa. Custa-me não partilhar as tuas histórias ao vivo com o pai. Custa-me não nos ouvir a rir aos três ao mesmo tempo. Mas passa. E passa depressa. E vai passar depressa.


(Enquanto escrevia este post o Sporting marcou o 3.º golo no Estádio da Luz, quero berrar “Golo” mas não te quero acordar… vou aguentar-me)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Ai, ai digo eu!

Isto passou-se ontem à noite...

Eu:
- Ai, ai Francisca.

- Ai, ai digo eu! - respondeste-me tu.