terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Adeus

E quando ontem eu achava que estavas a surpreender-nos com uma novidade diariamente eis que hoje após alguma dor de dentes antes de dormir, os avós chegaram aqui a casa (sim Francisca, continuam a vir cá todos os dias ver-te) e tu começaste a fazer "adeus". Depois de alguma insistência todos os dias hoje a avó estava a mostrar-te a história de um ursinho no BabyTv que dizia adeus à mamã enquanto andava de bicicleta e tu começaste também a fazer adeus... E nós entusiasmados pedíamos-te que repetisses e tu repetias, "adeus mamã", "adeus papá" "adeus avós"!! E nós sorriamos os quatro, com um brilho nos olhos.

Antes de ir embora os avós disseram-te adeus e devolveste o gesto.

Tão bom*

O desmame - Parte II

Ao longo destes quase 18 meses a minha vida tenho "googlado" as coisas mais absurdas! O mais engraçado é verificar que já houve mais alguém, por vezes até muita gente com as mesmas dúvidas (parvas).
Se na altura em que te tinha na barriga as pesquisas passavam por sintomas, ou por curiosidade acerca do que se estaria a passar naquela fase da gravidez, desde que nasceste tenho tido muitas dúvidas que normalmente guardo só para mim. Ao inicio existiam menos dúvidas e tentava utilizar mais o meu instinto, com o passar do tempo e com o regresso ao trabalho comecei a questionar tudo, a temer (parvamente) ficar sem leite quando já te dei em exclusivo durante 6 meses e quando tive a coragem de extrair leite no trabalho dos 4,5meses até aos 7 meses. «E se não te der as 4 vezes leite hoje, será que amanhã tenho menos»... «mas.... tu agora mamas só 2m!? Será que comeste alguma coisa» Creio que a maioria das minhas "googlices" dos últimos tempos andaram à volta do tema desmame. 
Passei por esta crise quando fizeste 7 meses e comecei a convencer-me que era o princípio do fim e estou novamente a passar por ela. Ontem dei por mim a fazer a seguinte busca (rídicula, I know) "bebé 9 meses rejeita mama", tudo porque quando agora resolves despertar à noite, à 00h ou à 01h, não queres mamar e por vezes apenas trincas (sim, trincas OUCH) o mamilo e quando te coloco a chucha na boa adormeces, como quem só quer um aconchego. Isto já a conteceu umas três vezes e foi suficiente para ir com esta paranóia para a cama. Felizmente o ritmo de trabalho e o cansaço que alegremente nos dás, faz com que eu não possa pensar muito nisto quando chego à cama e é só fechar os olhos e zero insónias.Tal como das outras vezes em que entrei numa espécie de pânico com a questão do desmame, desta vez pensei "Tem calma, mesmo que fosse o fim já foi tão bom..."

Agora que terminei este desabafo, já o acho parvo e apetece-me apagá-lo... mas vou deixá-lo para que vejas que a mamã também tem medos e que nem sempre tem aquele sorriso na cara que tu conheces.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Palminhas

Na semana passada começaste a debruçar-te na cama de grades, apoiada nos teus joelhos, no domingo já te conseguias mover numa espécie de quero-gatinhar-mas-arrependo-me-e-volto-me-sempre-a-sentar e hoje depois de te pedirmos tantas vezes que batesses palminhas hoje foi o dia!
Quase todos os dias te agarro nas mãos quando vamos a caminho da escola para que as abras e para batermos palmas. Hoje, pela primeira vez, depois de dizer a célebre frase "palminhas, palminhas, palminhas", tu continuaste a bater ainda mais contente e nós também. 

Estás a crescer tão depressa Francisca.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

8 meses!

Com 8 meses já és uma comilona! 
Já gostas de tudo o que te oferecemos para comer, tanto gostas de sopa de legumes, como sopa de peixe ou borrego. Tanto gostas de comer papas, agora já com glúten, como iogurtes de bebé, como iogurtes naturais (de adultos!), como bolachas, como fruta! Sim, fruta! A pêra que parecia que era o teu calcanhar de Aquiles já é tão saborosa como a maça ou a banana e não importa a temperatura, importa sim que o prato esteja cheio.

Para além de comilona, já começas a fazer algumas birras com um choro tão credível que às vezes só depois de te socorrer é que me apercebo que não se passava nada de grave. Consegues fazer beicinhos que nos deixam enternecidos. E consegues enganar-me para que te vá buscar à tua cama todos os dias por volta das 5h e pouco.

Continuas a chorar muito, muito pouco e a rir cada vez mais e isso enche-me de orgulho. O teu sorriso é fantástico e contagia e espero que o transportes durante toda a tua vida.

Não temos a certeza se já disseste adeus ou se foi uma mera coincidência. As primeiras vezes que vimos algo do género foi na semana passada. A primeira, quando os tios Érica e Jorge saíram daqui de casa e levantaste o braço como se fosses fazer adeus. A segunda quando uma senhora (desconhecida) te fez adeus no centro comercial e tu respondeste. 

Já bates palminhas sozinha, mas apenas quando TU queres. Não o fazes quando pedimos. Ainda assim, é fantástico ver-te divertida a bater palminhas.

Foram 8 meses magníficos e continuo a achar que o melhor ainda está para vir. Parabéns minha Kiki.

No dia em que nasceste

Ontem nasceu o Guilherme, filho da Amélia.
Cada vez que agora alguém nasce, lembro-me do dia em que nasceste... tal e qual a avó fazia (creio eu). E o sentimento que tenho ao relembrá-lo é muito estranho. Recordamos, sentimos uma "felicidade" miudinha, queremos voltar àquele momento uma e outra vez e sentir "aquela" felicidade. De repente as dores ou receios daquele momento já não existem e a única coisa que aconteceu foi ter nascido o nosso maior amor. E esse momento é sempre mágico. Penso que mesmo quem tem teve experiências menos boas, olha para trás e imagina como foi maravilhoso aquele dia.
Na noite em que nasceste, olhei para ti centenas de vezes e tudo me parecia perfeito. Sei que tive muitas dores e por isso estava acordada, mas penso nisso porque sei que aconteceu, não porque me recordo de as ter tido. Naquele dia apaixonei-me por ti e pela nossa família. 

Hoje estou perdidamente apaixonada.