segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Filhos, essa dependência (boa)

No sábado fomos ao restaurante do costume almoçar com os avós, depois decidimos que irias ficar com eles à tarde para ires brincar com a prima Maria Luísa e para os animares.
Fomos para o sofá para o dolce fare niente e ainda não havia passado meia-hora e eu já estava cheia de saudades... até das birras. Como se estivesse sempre a desejar ter tempo para mim e para as minhas coisas, mas não me conseguisse concentrar ou ter vontade de as fazer quando tu não estás. Para piorar este sentimento filho-dependente o pai convidou-me para jantar a sós, em Lisboa. Aceitei sem hesitar. Desde que nasceste que foram muito poucos os momentos em que saímos só os dois, muito menos para jantar fora e é importante que eles continuem a existir. Fomos ao meu restaurante favorito e tu não me saías da cabeça, que parvoíce, que dependência... Quase que estava triste por estar sem ti. Pensei em ligar para a avó vinte vezes, mas liguei "apenas" duas. Não me queria tornar nisto, mas não consigo evitar.
Estava a ponderar fazer uma viagem sem ti no final do ano a uma capital europeia, agora já começo a ver esse projeto de uma forma mais preocupante. Há tantos pais que o fazem! E que fazem bem! 
Ainda por cima temos a sorte de estares tão bem com os avós como estás connosco, nem sequer sentes a nossa falta. Não há necessidade de estar/ser assim. 
Fomos buscar-te às 22h e assim que nos viste abanaste a cabeça e começaste a dizer que "não" e a abanar a cabeça, não querias sair da casa dos avós.

Perdoa-me o desabafo Francisca.

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