Quando comecei este blog, pensei em fazê-lo como se
estivesse a comunicar contigo, sendo tu ainda um bebé pequeno. No entanto, às
vezes dou por mim a falar-te de temas complexos, de coisas que tu ainda não
entendes nem irás entender nos anos que se avizinham.
E depois há as coisas que eu nem quero que entendas, nem que
conheças, mas preciso de transmitir-te o que sinto.
Tenho por norma o hábito de ser egoísta quando se trata de
partilhar páginas de ajuda no Facebook ou quaisquer outras redes sociais. Não é que
não me preocupe. Não é que seja indiferente. Sou egoísta e prefiro não saber o
que se passa. Nunca achei justo que bebés ou crianças adoecessem, parece-me uma
crueldade. A lei da vida não é essa. Não pode ser essa, caramba!
Ainda assim, e desde que fui mãe, sempre que notícias como a
de ontem se cruzam comigo tenho tendência a ficar muito emocionada e o
pensamento de que estás bem e és uma menina saudável torna-se numa imensurável
gratidão pela vida. E ao mesmo tempo um medo gigante invade o coração da mãe,
que fica muito apertadinho a desejar não ouvir falar mais na doença da moda
(como eu lhe chamo).
Não te quero assustar meu amor, quero apenas que saibas que
te amo tanto que me torno frágil.
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