segunda-feira, 6 de maio de 2013

Instinto de nidificação / Nesting Instinct / Instinto del nido

(assim em espanhol que é muito mais giro e a mamã gosta)
«El instinto del nido es, ni más ni menos, la necesidad que aparece en la madre de preparar el nido en el que las crías vivirán antes de su nacimiento. En los humanos sucede algo parecido. Unos días antes del parto, la mujer empieza a sentir que sus fuerzas físicas se multiplican y aparece la necesidad imperiosa de tenerlo todo preparado. Dicho vulgarmente: a punto de parir y te da por hacerlo todo.
Algunas mujeres dedican esas energías a dejar la casa más o menos lista, los bártulos preparados y la ropa ordenada. Otras en cambio sienten la necesidad de ir un poco más allá y no es extraño ver a algunas madres haciendo el fondo de los armarios de la cocina, rascando entre las baldosas o sacando brillo a los cristales de todo el piso....»

Não sei se é disto que se trata, ou se estou a passar por uma fase de energia atípica mas o que é facto é que só me apetece arrumar a casa e fazer muitas, muitas coisas (talvez trabalhar, fechos do mês, resolução de berbicachos aqui nos escritório e esse tipo de coisas não me apeteçam tanto…)
Este sábado decidi (finalmente) retirar toda a roupa do armário do quarto, aspirar o roupeiro, lavá-lo e em seguida arrumar apenas a roupa que visto, colocando aquela que ainda deverá estar apertada nos próximos tempos nas prateleiras mais acima.  Assim, no nosso quarto apenas falta lavar as paredes nos locais que têm pequenas manchas de bolor com lixívia e está pronto para receber o teu berço.
(respiro fundo…. Barriga dura…. Contração….uff… já passou)
Hoje estou cheia de vontade de limpar os armários da cozinha e reorganizar os espaços da dispensa para colocar os esterilizadores, biberons e outras coisas tuas. Por outro lado, torna-se mesmo necessário fazer a mala, não quer dizer que ande já na bagagem do carro, mas pelo menos que não sobre trabalho para o pai, caso decidas entretanto nascer. Para dizer a verdade filha, não me preocupa que a mala não esteja feita, aborrece-me o facto de depois ter que ouvir o pai a repetir que sou sempre a mesma coisa, que deixo tudo para a última, que agora não sabe o que colocar na mala, bla bla bla.
Tendo em conta que não sou uma mocinha muito dada a tarefas de casa, nem gosto muito de as fazer, nem tenho um jeito inato para as mesmas, acho mesmo que algo mudou. Até poder que um dia quando leias isto não me reconheças nestas palavras, porque na altura já poderei ser uma exímia dona de casa, super organizada, toda fã da Bimby e de revistas de culinária e daquelas que revira os olhos ao mínimo detalhe fora do lugar... sinceramente não me acredito muito nisto, mas nunca se sabe. Gosto da minha desorganização, gosto de ser despassarada (apercebi-me agora que nunca tinha escrito esta palavra na vida) e repito muy a menudo que a casa é para se viver, não é um museu para receber visitas.

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