O teu crescimento cognitivo continua a ter uma evolução
exponencial e deixar de contar as novidades neste espaço acaba por pôr em causa
algumas memórias que vão acabar por desaparecer. Se num dia dizes uma palavra
de forma “abebezada”, passados dois ou três dias já a dizes como nós e eu nem
tenho tempo de recordar como era engraçado ouvir-te a aprender a falar. Mas o
teu crescimento tem sido assim… Enorme e rápido. Muito rápido. Entre os 18 e os
21 meses deixaste de ser um bebé para seres uma menina pequenina, ou uma bebé
grande.
Tento ir para trás no tempo e escrever algumas poucas coisas
que ficaram dos últimos dias, mas não deixam de ser poucas face à quantidade de
mudanças no teu comportamento e linguagem. Onde está a minha bebé?
Continuas com uma enorme dependência da mamã quando estás em
casa, fazendo com que o simples facto de ir à casa de banho seja uma tarefa
quase impossível para mim. Sempre que chegamos a casa do infantário queres que
eu esteja agarrada a ti a dar-te beijinhos e a fazer-te as vontades todas. E eu
dou muitos beijinhos, muitos mesmo… mas também quero orientar a nossa casa para
que nos sintamos confortáveis, mas parece-me impossível. Já basta o tempo
que te estou a adormecer, que destrói qualquer tipo de planos que eu tenha para
essa noite. Não me vale de nada ter planos para os dias úteis depois do
trabalho. Antes do jantar o meu tempo é todo teu, após o jantar adormeço-te e durante
esse tempo ou adormeço também ou fico com tanto sono, que o ir para o sofá
dormitar é o único plano possível.
Depois de ter uma recém-nascida que me deixou dormir noites
e noites de seguida, eis que me surge uma menina de 21 meses que só adormece com
a mãe ao lado e que me chama 20 vezes durante a noite, desde que está na sua
nova caminha. É claro que se me deitar ao teu lado, já não me voltas a chamar. Por ti dormíamos as duas juntas todos os dias. Tento lutar contra isso da forma
que sei, mas ao mesmo tempo tento desvalorizar pois sempre que estás com os
avós ou na escola adormeces sozinha na cama sem problemas. Além disso estar
agarradinha a ti a pensar na vida é das coisas mais aprazíveis que existem.
Que
paz! Que prazer! Mas… onde está a minha bebé?
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