segunda-feira, 20 de maio de 2019

Minha querida Carlota

Minha querida filha Carlota,
Que em momento algum ouses pensar que a falta de textos depois do teu nascimento é equivalente à falta de histórias dos últimos anos. Se existem dias, meses, anos com histórias para vos contar estes são os dias! Estes são os momentos! 

E é talvez por isso que eu os relate menos! Tenho vivido de uma forma tão intensa este nosso amor. Tenho vivido de forma tão saudosista estes "últimos" tempos enquanto ainda és bebé. Não me consigo abstrair do facto de seres a minha última bebé e destes tempos passarem tão depressa.
Tu és uma fonte de boa energia! Tu és gargalhadas, carinho, humor num corpo gorducho que dá vontade de apertar! Tu és caracóis perfeitos e olhar doce. Tu aparentas ser séria, tímida, discreta e és um palhacinho, uma brincalhona, uma chinesinha a rir... Uma menina crescida que sabe o que quer e se desenrasca destemida frente a qualquer obstáculo e uma bebé que não quer largar a maminha da mãe. Tu negas abracinhos e carinhos à Francisca quando acordas, mas não perdes uma oportunidade para me dar beijos repenicados e de me abraçar com toda a força do mundo. Tu não pronuncias bem as palavras e é difícil às vezes entender o que dizes e todos nós nos apaixonamos pela tua língua e jeito de falar.

Obrigada por existires e me fazeres tão feliz! A mim, ao pai André e à tua querida mana Francisca.


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