quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

A auto-pressão de ser mãe/mulher/dona-de-casa

Carlota, estás a ficar tão…. bonita, gordinha, grande, simpática.

Ontem choraste muito pouco (para aquilo que costumas chorar, especialmente ao final do dia).  Além disso quando saímos de manhã quiseste ir com ovo destapado a olhar para a rua. Felizmente estava menos frio. Não estranhaste nenhum ambiente, nem choraste quando pessoas estranhas se meteram contigo.

Já em casa, consegui colocar-te na espreguiçadeira por mais tempo. Ainda que não aguentes mais de 30m a olhar para os mesmos bonequinhos, já me parece fantástico até porque ainda és muito pequenina e sou eu que tenho que interagir contigo.

A frustração de não conseguir fazer nada em casa ainda não passou. Sinceramente achei que num segundo filho já não me auto-pressionasse tanto para trabalhar em casa e não deixar as coisas fora do sítio. Tenho que trabalhar nestas minhas expetativas. Não posso de repente desejar ser a pessoa mais arrumada do mundo e a melhor cozinheira. Vou trabalhar nisso. É assim que tenho que pensar. Sem pressões. Vou apenas trabalhar para ser cada vez mais organizada. Sem pressões. Vou apenas entusiasmar-me cada vez mais com a culinária e as receitas saudáveis que “andam tão na berra”. 
Quero viver o resto da licença de maternidade sem pressões, com mais descanso e menos sentimento de culpa.


Estou a ver-te dormir e estou cada vez mais apaixonada por ti.

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